Agência alerta que, com queda de 8,2% nas vendas em setembro e retração de 7% no mercado de reposição, setor enfrenta concorrência de importados e alerta para risco de colapso produtivo
A indústria de pneus instalada no Brasil atravessa um momento de retração e alerta. Segundo dados da Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (ANIP), as vendas totais caíram 2,7% nos nove primeiros meses de 2025, somando 29,03 milhões de unidades, contra 29,83 milhões no mesmo período do ano passado. A queda reflete um cenário de concorrência desleal com produtos importados e uma desaceleração no mercado de reposição, que historicamente sustenta o setor.
De acordo com a ANIP, o mercado de reposição foi o mais afetado, registrando uma queda de 7% no acumulado do ano, com 18,87 milhões de pneus vendidos, ante 20,3 milhões em 2024. O segmento é o principal termômetro da demanda por pneus no país, atendendo transportadoras, frotistas e consumidores finais. Já as vendas para montadoras tiveram alta de 6,6%, totalizando 10,16 milhões de unidades, o que indica uma recuperação da produção de veículos novos, mas insuficiente para compensar a retração geral.
Em setembro, o recuo foi ainda mais expressivo. O setor registrou uma queda de 8,2% nas vendas totais, com 3,21 milhões de pneus comercializados, frente 3,5 milhões no mesmo mês de 2024. O mercado de reposição voltou a liderar as perdas, com queda de 12%, enquanto as vendas para montadoras caíram 1,1%. Entre os tipos de pneus, o segmento de passeio recuou 7,8%, o de carga caiu 10,5% e o de motocicletas ficou praticamente estável.

Para o presidente da ANIP, Rodrigo Navarro, o setor vive um cenário desafiador. “Enfrentamos uma concorrência desleal de pneus importados, que muitas vezes chegam ao Brasil com preços abaixo do valor de mercado internacional, sem o mesmo rigor técnico e ambiental exigido da indústria nacional”, alerta. Navarro reforça que a situação pode comprometer toda a cadeia produtiva, que envolve fabricantes de borracha natural, aço, produtos químicos e têxteis. “Estamos trabalhando junto ao governo para criar condições mais equilibradas e evitar um colapso industrial”, afirmou.
A entrada de pneus estrangeiros, principalmente de origem asiática, tem pressionado os preços internos e dificultado a competitividade das fábricas brasileiras. Muitos desses produtos chegam ao país com custos subsidiados e sem a devida certificação de desempenho e sustentabilidade, o que gera um desequilíbrio de mercado e ameaça empregos no setor. A ANIP defende que sejam adotadas políticas de controle e fiscalização mais rigorosas, além de incentivos à inovação e à reciclagem no mercado nacional.
O levantamento da entidade, que compila dados de fabricantes e distribuidores associados, mostra que os pneus de carga, essenciais para o transporte rodoviário, também registraram retração de 5,2% no ano, caindo de 5,1 milhões para 4,84 milhões de unidades. A queda no mercado de reposição foi de 7,6%, enquanto as vendas às montadoras tiveram leve alta de 1,2%. Já o segmento de motocicletas foi um dos mais atingidos, com redução de 11,5% nas vendas para reposição.

A ANIP também destaca que o desempenho do setor é um reflexo direto do baixo ritmo econômico, do encarecimento do frete e da volatilidade dos preços do petróleo e da borracha natural. Além disso, o aumento das importações e a ausência de medidas de incentivo à indústria nacional ampliam a vulnerabilidade do setor frente à concorrência global.
Apesar do cenário desafiador, o setor ainda vê oportunidades. O avanço dos pneus de baixa resistência ao rolamento, o uso de materiais sustentáveis e o crescimento de frotas eletrificadas e híbridas devem abrir espaço para inovações nos próximos anos. “O futuro do pneu passa pela tecnologia e pela sustentabilidade. É nisso que a indústria nacional precisa apostar para continuar competitiva”, conclui Navarro.
E você, que vive o transporte na prática, já sentiu o peso dessa crise no bolso ou na operação da sua frota? A queda nas vendas e o avanço dos importados levantam uma questão importante: até que ponto o Brasil está preparado para proteger sua indústria e manter a qualidade e segurança dos pneus que rodam nossas estradas? Deixe sua opinião nos comentários e participe do debate: o futuro do transporte também depende de quem está sobre as rodas.

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