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Grandes brasileiros: Iveco Powerstar, o "Darth Vader"

Grandes brasileiros: Iveco Powerstar, o

Um Iveco peso pesado, bicudo e, para muitos, o caminhão mais feio do mundo. Esse é o Powerstar, modelo desenvolvido pela Iveco Austrália que fez muito sucesso no país dos cangurus, mas é um caminhão raro no Brasil.

No final do século XX, a Iveco planejou voltar para o Brasil. A montadora já produzia na Argentina e a lógica dizia que o caminho mais curto era melhor. Assim, a planta de Ferreyra, em Córdoba, produziu 121 unidades do Powerstar 450E370, somente para exportação ao Brasil e Venezuela.

Sob a plataforma do EuroTech 450E370, o Powerstar teve vida breve no Brasil, de 2001 a 2004, em uma única geração. Na Austrália, durou mais tempo, ganhou reestilizações mas deixou de ser produzido em 2018.

Com uma grade frontal enorme em formato trapezoidal, conjunto óptico de três elementos redondos (dois faróis e luz de seta) formando um triângulo em um paralamas cheio de curvas, não demorou muito para associarem o Powerstar à figura de Darth Vader, o vilão da franquia Stars Wars (Guerra das Estrelas).

Estranho seria a palavra mais correta, ainda mais com a cabine alta e o quebra-sol; parecia que o caminhão usava um boné. Mas, além da aparência, o Powerstar era um caminhão de vocação pesado, para trabalhos que exigem força e robustez.

Sob o capô, o motor Iveco 8210,42 K Euro II, o mesmo utilizado no EuroTech, um seis cilindros em linha de 13798 cc (14 litros), com turbo e intercooler, de 370 cv de potência máxima a 1900 rpm e torque máximo de 175 kgfm a 1100 rpm, injeção direta com bomba injetora Bosch, taxa de compressão de 16:1, diâmetro e curso de 137 x 156 mm.

Acoplado ao motor, uma transmissão manual ZF 16S-1650 sincronizada com overdrive, de 16 marchas à frente e duas à ré. 

Mesmo com poucas unidades no Brasil, o Powerstar é um produto bem avaliado pelos usuários. Na Austrália, onde foi desenvolvido e comercializado em larga escala, o modelo ganhou popularidade por contar com a potência dos motores norte-americanos e o conforto das cabines européias.

A terceira e última geração do caminhão na Austrália era bastante diversificada, em três opções de modelos: 6400, 7200 e 7800. O primeiro podia vir com motores de 450 cv, 500 cv e 560 cv, acoplado a transmissão ZF EuroTronic de 12 ou 16 marchas, ou uma Eaton manual de 18 marchas. 

Já o 7200 era propício para puxar bi-trens, com capacidade para 120 toneladas. Contava com motor Cummins ISX de 15 litros de 550 cv e opção de transmissão ZF EuroTronic II de 16 marchas ou a Eaton de 18 marchas, manual.

Por fim, o “rei das estradas” 7800, com capacidade de carga de 140 toneladas, com motor Cummins ISX de 15 litros de 600 cv e transmissão Eaton de 18 marchas, manual. Destaque para a cabine grande e confortável, uma vez que este modelo sofria grande concorrência de caminhões norte-americanos importados.

Direto da Redação do Planeta Caminhão

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