Após ocuparem a Ponte Estaiada, donos e instrutores de autoescolas fazem carreata até a Alesp em defesa da formação obrigatória de condutores. Setor teme perda de empregos e riscos à segurança no trânsito
A manhã e tarde desta quinta-feira (23) foram marcadas por um grande protesto de donos e funcionários de autoescolas em São Paulo. O grupo iniciou a manifestação com carros parados na Ponte Estaiada, na Zona Sul da capital, e, em seguida, partiu em carreata até a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), em um ato contra as possíveis mudanças no processo de obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
A mobilização é uma resposta direta à decisão do Governo Federal que autorizou o início de um processo de consulta pública que pode encerrar a obrigatoriedade das aulas em autoescolas para quem deseja tirar a CNH. A proposta, elaborada pelo Ministério dos Transportes, pretende flexibilizar as regras de formação de condutores no país.
Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), cerca de 200 veículos participaram do ato. O protesto foi organizado pela Federação Nacional das Autoescolas e Centros de Formação de Condutores (Feneauto) e pelo Sindautoescola.SP, com apoio de empresários e instrutores de todo o estado:“O movimento é legítimo e necessário. Estamos defendendo a segurança nas ruas e o emprego de mais de 300 mil instrutores em todo o Brasil”, afirmou a entidade em nota.
A categoria critica a consulta pública aberta pelo governo, alegando que a proposta ameaça a qualidade da formação dos motoristas e coloca em risco a segurança viária. Atualmente, todas as aulas práticas e teóricas são obrigatoriamente realizadas em Centros de Formação de Condutores (CFCs), sob regulamentação do Contran.
Entre as mudanças em estudo está a possibilidade de que as aulas práticas possam ser feitas sem vínculo com uma autoescola, tanto para carros e motos quanto para categorias profissionais. Para os representantes do setor, essa alteração poderia gerar um aumento no número de motoristas mal preparados e menos conscientes das normas de trânsito.
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O presidente da Feneauto, Ygor Valença, afirmou nas redes sociais que o setor pretende pressionar o Congresso e acionar a Justiça para suspender o processo. Ele também defende a criação de um projeto de lei que impeça o fim da obrigatoriedade das aulas: “Não somos contra o debate, mas ele precisa ser feito com diálogo. A formação de condutores é uma questão de segurança pública, não de burocracia”, disse Valença.
A carreata seguiu por cerca de oito quilômetros, saindo da Ponte Estaiada, no Morumbi, em direção à Alesp, próxima ao Parque Ibirapuera. Durante o percurso, agentes da CET e da Polícia Militar acompanharam o comboio, isolando a faixa da direita para garantir a fluidez do trânsito. Apesar da intensa movimentação, não houve bloqueios totais nem registros de ocorrências.
De acordo com os organizadores, o protesto é também uma tentativa de alertar a população sobre os impactos sociais e econômicos que a medida pode causar. A estimativa do setor é de que centenas de autoescolas fechem as portas, o que afetaria diretamente milhares de famílias que dependem do segmento.
Além das preocupações trabalhistas, entidades como o Instituto Nacional de Mulheres pelo Trânsito destacam que a formação de condutores nas autoescolas é essencial para reduzir acidentes e mortes nas vias brasileiras: “Permitir que qualquer pessoa aprenda a dirigir sem acompanhamento técnico é um retrocesso perigoso. Isso afeta não só o trânsito, mas também a segurança das comunidades”, afirma Danielly Donadelli, representante do instituto.
A consulta pública sobre o tema ficará disponível até o dia 2 de novembro. Após essa fase, as sugestões e opiniões coletadas serão analisadas pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que decidirá os próximos passos. Até lá, o setor promete seguir mobilizado e manter a pressão política em Brasília e nas Assembleias Legislativas dos estados.
Mais do que uma discussão burocrática, o debate sobre o fim da obrigatoriedade das autoescolas mexe com questões de segurança, emprego e responsabilidade social. O resultado dessa consulta pública pode redefinir o futuro da formação de motoristas no Brasil, e os profissionais da área querem garantir que ele não saia dos trilhos. Qual a sua opinião sobre esse tema? Comente sua opinião"

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