O modelo chinês chega para competir com o Tesla Semi e surpreende por sua tecnologia

A empresa italiana Pininfarina projetou em sua unidade de Shangai, um caminhão que promete mudar a ideia de elétricos que o atual mercado possui. Com o objetivo de competir com o Tesla Semi, o DeepWay Xingtu é um caminhão elétrico autônomo de 300 km que chega ao mercado com tecnologia da empresa Baidu.

O caminhão é dotado de direção inteligente para a DeepWay, uma empresa do grupo Baidu, conhecido como o Google da China. E claro que a tecnologia embarcada é o que mais impressiona. O veículo conta com 11 câmeras a bordo, um detector infravermelho, radar de ondas milimétricas e um sensor LIDAR (para escanear o ambiente).

Além dessas tecnologias, o brutão elétrico projetado pela Pininfarina representa um novo passo para os elétricos da empresa no país, já que sua autonomia supera as desenvolvidas até então: 300 km de autonomia. Para Simone Tassi, gerente geral da Pininfarina Shangai, o projeto “representa um marco significativo para ambas as empresas”.

A Baidu também reconhece que o momento pede que o mercado chinês inove nessa área e se orgulha de contribuir com o projeto. De acordo com o vice-presidente e gerente geral de tecnologia de direção autônoma da empresa, Yunpeng Wang, para alcançar o sucesso comercial “a direção autônoma deve usar tecnologia avançada que crie novos produtos que ofereçam a melhor experiência possível”.

De acordo com executivos da Pininfarina Shangai, os caminhões pesados estão evoluindo rapidamente e, assim como em outros segmentos, novas tecnologias permitem que veículos inteligentes e conectados forneçam mais segurança e performance no trabalho diário. A primeira geração do caminhão elétrico oferece quatro pilares principais: inteligência, desempenho, design e espaço.

O DeepWay Xingtu está equipado com o Highway Intelligence System (HIS) baseado na tecnologia de direção autônoma do Baidu. Juntamente com as câmaras, o detector infravermelho, o radar de ondas milimétricas e o sensor LiDAR, o HIS é configurado com algoritmos avançados voltados para uma condução autônoma completa. Um décimo de segundo é o bastante para detectar uma situação e tomar determinada execução.

Alta velocidade na recarga

Já quanto ao seu design, o caminhão elétrico projetado pela Pininfarina oferece redução de resistência ao vento. Algo que segue um DNA aerodinâmico da empresa italiana, além das linhas elegantes. Referência na Ásia, o China Automobile Research Institute simulou testes que mostraram um coeficiente de resistência ao vento de 0,35 – o que reduz o consumo geral de energia

A autonomia de 300 km é garantida por uma bateria de 450 kWh do Xingtu, com uma carga de 49 toneladas (PBT), que pode ser recarregada em apenas uma hora. A DeepWay também desenvolveu uma solução de troca rápida de bateria: em seis minutos o brutão pode receber um novo pacote totalmente carregado.

E não é só o externo que chama atenção. O espaço interior do brutão também recebeu uma grande atenção da empresa, tanto que para o DeepWay Xingtu foi criada uma cabine inteligente, que funciona como uma “segunda casa” para viagens de longa distância. Além disso, foram adotados diferentes espaços para direção, lazer e trabalho, além de uma assistente de voz na cabine e camas confortáveis.

Até o momento não existe uma data de lançamento prevista para o modelo no mercado convencional e também não está claro ainda se o Xingtu vai entrar na produção em alta escala.  Porém, a DeepWay, com o apoio da Baidu, planeja continuar os trabalhos e fabricar caminhões com tecnologia autônoma e trens de força eletrificados.

Os veículos elétricos já são realidade e a expectativa não é quando vão fazer parte do dia a dia das estradas, mas sim, com qual grau de tecnologia e autonomia. Isso de fato representa um novo momento para o transporte rodoviário de cargas, que só tende a evoluir. E o que você achou dessa novidade da Pininfarina? Acredita que esse modelo tem chance de ser comercializado? Participe aqui com a gente e não deixe de compartilhar com seus amigos.

Direto da Redação Planeta Caminhão