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Caminhoneiros no Canadá entram no 12° dia de greve contra regras de vacinação

Caminhoneiros no Canadá entram no 12° dia de greve contra regras de vacinação

Capital do país declarou estado de emergência após relatos de desordem e prisões

Há 12 dias, as autoridades canadenses trabalham para tentar controlar o protesto de caminhoneiros que ocorre em várias cidades do país, contra as restrições impostas como parte do combate à pandemia. A greve paralisa a capital Ottawa desde 29 de janeiro e ameaça virar uma crise cada vez maior. O primeiro-ministro Justin Trudeau, se mostrou bastante incomodado com a repercussão dos protestos, exigindo o fim imediato da manifestação.

Protestos acontecem em todo o país pela segunda semana, principalmente contra a obrigatoriedade da vacina da Covid-19 para motoristas, que diariamente circulam pela fronteira do país com os Estados Unidos. De acordo com estimativas, entre 400 e 500 caminhões bloquearam o centro da cidade de Ottawa, capital do Canadá.

As manifestações começaram como forma de insatisfação com a criação de um “passaporte de vacina”, que exige imunização completa para os caminhoneiros que entram no Canadá vindos do Estados Unidos. Além disso, definiu que todos que não estiverem imunizados devem passar por quarentena para entrar no país. Isso gerou uma série de críticas entre os caminhoneiros que optaram por não se vacinar, criando uma grande manifestação.

O prefeito de Ottawa, Jim Watson, pediu ao governo federal que nomeasse um mediador para dialogar com os manifestantes e encontrar uma maneira de acabar com os protestos, que já causam problemas aos moradores, com constantes brigas, incessantes buzinas, desordens e muita fumaça. De acordo com o prefeito, a cidade está "completamente fora de controle", por isso, solicitou o envio de 1.800 policiais adicionais e declarou estado de emergência.

No final de janeiro, as estradas da cidade foram bloqueadas e manifestações consideradas perigosas pelas autoridades locais, com registro de incidentes de agressão, ofensas e prisões. Em Toronto, caminhões bloquearam um grande cruzamento por horas, impedindo até mesmo socorristas de transitarem. Outros protestos também foram registrados em Winnipeg, Vancouver e Quebec.

Apesar da preocupação das autoridades, a adesão à paralisação caiu bastante ao longo da semana e das cerca de 15 mil pessoas nas ruas de Ottawa no pico da manifestação, pouco mais de 200 caminhões ainda ocupam o centro de Ottawa nesta quinta-feira (9), em frente ao parlamento. Mas novas manifestações estão previstas para os próximos dias em Toronto, cidade mais populosa e principal centro financeiro do Canadá.

Chamado de "Comboio da liberdade", o movimento que começou em Ottawa já virou pedra no sapato do governo canadense. Os caminhoneiros afirmam perder viagens com a parada obrigatória e defendem que o passaporte da vacina dificulta o crescimento do mercado. Eles também protestam por diversas restrições do governo canadense em relação à pandemia e além da obrigatoriedade da vacina, criticam regras de testagem e a utilização do uso de máscaras.

De acordo com o Serviço de Polícia de Ottawa, 20 manifestantes foram presos desde a sexta-feira e os policiais prometem intensificar as negociações com os caminhoneiros. As autoridades aconselharam repetidamente aos manifestantes para “não entrarem em Ottawa e irem para casa”. Oficiais responderam a mais de 650 pedidos de serviço em relação às manifestações desde o início, disse a polícia no domingo.

Direto da Redação Planeta Caminhão

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