Mesmo nos seminovos houve alta nas vendas. Commodities impulsionou a busca por agilidade
A resposta para essa pergunta pode estar nas commodities. A combinação de safra recorde e alta do dólar, além das diminuições das taxas de juros que incentivaram a renovação de frotas, foram os fatores que impulsionaram as vendas de caminhões durante esse ano, mesmo com a crise de semicondutores que afetou toda a indústria automotiva.
Durante todo o ano, a indústria automotiva apresentou números bem animadores em relação a vendas de caminhões comparado ao ano anterior, cheio de incertezas devido a pandemia. Nos primeiros sete meses de 2021, o setor já havia registrado um crescimento de 58% nas vendas. Foram 236.188 unidades. Enquanto no mesmo período de 2020, 149.489 mil unidades haviam sido vendidas. De janeiro a novembro de 2021, a venda de caminhões novos somou 115.376 unidades; Por marca, a Mercedes-Benz lidera e, por modelo, o Volvo FH 540
Mesmo sob o receio com a crise dos semicondutores, a venda de caminhões novos cresceu 45,06% no Brasil em 2021. Segundo a Fenabrave, – Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores, de janeiro a novembro foram vendidos 115.376 unidades. Ou seja, 35.841 a mais que no mesmo período de 2020. Entretanto, na comparação do mês passado (10.559 vendas) com outubro (11.086), houve queda de 4,75%. Mas, na comparação com novembro de 2020, a venda de caminhões novos teve alta de 17,06%.
As vendas de caminhões usados também se manteve em alta, principalmente por causa da redução da oferta de novos no mercado. Ou seja, o aquecimento nas vendas do 0-km, que foi puxado sobretudo pela indústria do agronegócio e o aumento de caminhoneiros autônomos, justificou o crescimento dos caminhões usados e seminovos. A venda de caminhões pesados representa 50,80% do mercado total. Logo depois vêm os semipesados, com 26,37%. Em terceiro lugar estão os leves, com 9,49% e, em quarto, os médios, com 8,81%. Por fim, os semileves fecham a lista com 4,53% dos emplacamentos.
O período mais baixo de vendas em 2020 foi causado pela pandemia. Entre o final de março até julho, as vendas ficaram paralisadas em função das restrições causadas pelo Coronavírus e a incerteza de como seguiria a produção no setor. Porém, neste ano, apesar da falta de componentes para produção, houve uma recuperação das atividades, as linhas de montagem voltaram a operar com máxima capacidade, e já existem encomendas com entregas previstas para junho de 2022 em algumas montadoras.
Além das vendas totais estarem em alta e a todo vapor, muitas montadoras também já ultrapassaram o total vendido até o final do ano passado. Volkswagen/MAN, Volvo, Scania, Iveco, DAF, Hyundai, JAC, entre outras, apresentam resultados melhores do que os registrados em 2020. A Mercedes-Benz, marca que mais vende caminhões no Brasil, tem obtido uma média superior às 3 mil unidades mensais e é responsável pela venda de um em cada três caminhões novos no Brasil, desempenho semelhante ao das transações de caminhões usados.
Direto da Redação do Planeta Caminhão
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