Planeta Mais

A HISTÓRIA DO PNEU

São quase 200 anos na busca por resistência e segurança no transporte.

Transportar cargas nunca foi uma tarefa fácil para o homem. Desde sua origem até hoje são realizados estudos para aprimorá-la e o pneu é protagonista dessa história.

O pneu de borracha possibilitou ao homem transportar cargas pesadas de um jeito mais prático e seguro. Mas, antes de se tornar borracha ele era produzido a partir de aro de ferro e madeira.

A questão é que esses materiais tinham baixíssima durabilidade e isso dificultava bastante o transporte. Logo, passou-se a usar a borracha, entretanto surgiu outro problema: ela derretia facilmente no calor e endurecia no frio.

Em 1839, o filho de um inventor de ferramentas, chamado Charles Goodyear buscou soluções para resolver o problema da borracha. Foi ele quem descobriu que o processo de vulcanização da borracha misturada com enxofre mantinha condições de elasticidade tanto no calor como no frio. Dois anos mais tarde, Goodyear patenteou o processo de vulcanização da borracha.

Além disso, permitiu que o pneu ganhasse uma cobertura mais robusta, pois essa mistura aumentava a segurança e diminuía a trepidação durante o deslocamento dos veículos.

charles

Ah, não pense que foi Charles ou Amasa (seu pai) que abriram a famosa marca de pneus Goodyear. Foi Frank Sciberling, um empresário e também americano que deu à sua empresa o nome em homenagem ao inventor do processo de vulcanização da borracha.

Em 1845, os irmãos Michelin foram os primeiros a patentear o pneu. As etapas iniciais deste desenvolvimento ainda passaram pelo feito do inglês Robert William Thompson que, dois anos mais tarde, colocou uma câmara cheia de ar dentro do pneu para deixá-lo mais resistente, resultando também em maior conforto.

Outra curiosidade bacana: sabe aquele mascote da Michelin? Ele se chama Bibendum e foi criado após os irmãos Michelin olharem para uma pilha de pneus que, de longe, parecia uma pessoa... Interessante não?

bibendum

Os primeiros modelos de pneus popularmente conhecidos como diagonais surgiram por volta de 1904.  Eles eram reforçados com lonas de algodão com faixas sobrepostas o que dava mais estabilidade e conforto ao motorista. Mas, sua durabilidade até então era considerada muito baixa.

pneu de caminhão

Curiosidade: Você sabia que nesta época era comum levar em viagens de quatro a seis estepes?

Ah, outro detalhe... Os caminhões que ficavam estacionados durante a noite sofriam devido à variação de temperatura interna dos pneus. Isso provocava uma deformação, além de uma baita trepidação que era sentida quando o motorista dirigia novamente o caminhão.

Aqui no Brasil, a produção de pneus iniciou-se na década de 30 após a implantação do plano rodoviário ser concretizado em 1936 com a instalação, no Rio de Janeiro, da Companhia Brasileira de Artefatos de Borracha, mais conhecida como Pneus Brasil, que em seu primeiro ano, produziu mais de 29 mil pneus, segundo dados divulgados pela Anip – Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos.

Mas a coisa pegou mesmo no final da década de 30, quando as grandes fabricantes internacionais começaram a produzir seus pneus aqui no Brasil. Segundo a Anip, o resultado da expansão é que no final da década de 1980, o país já tinha produzido mais de 29 milhões de pneus.

Em 1938, a Goodyear decidiu apostar em outro material para reforçar os pneus: as fibras sintéticas, mais conhecidas como raiom e o nylon. Estas eram mais resistentes e esquentavam menos do que as lonas de algodão.

MICHELIN X Multi Z  (1)

O tempo foi passando e os caminhões se tornaram cada vez mais potentes e pesados. Entretanto, o que ainda os limitavam eram os pneus. Os finos e altos eram ótimos na chuva e na lama, mas deixavam a desejar em velocidades. Já os baixos e largos mostravam bons no asfalto, mas eram escorregadios na lama e em dias chuvosos. Em 1946, nasceu na fábrica da Michelin o primeiro pneu radial. Ao invés de ter faixas sobrepostas, o pneu tinha uma estrutura ao longo de seu raio, sem sobreposições, o que gerava menos calor e aumentava a sua resistência no asfalto. Isso também permitiu a criação de pneus com altura de seção mais baixa e com banda de rodagem mais larga. Quer mais saber mais detalhes sobre o pneu diagonal e radial? Encontramos um vídeo que explica as características de cada um, veja abaixo! (É um vídeo sobre pneus de moto – mas o conceito é o mesmo).

Nos últimos 30 anos o pneu evoluiu bastante, e grande parte dos pneus saem direto das fábricas sem a famosa câmara de ar. Mas, ainda tem aplicações que o pneu com câmara ainda seja querido. Em operações fora-de-estrada pesadas, por exemplo. Um impacto lateral no pneu com câmera não o esvazia imediatamente como o sem câmara. 1306439683_1Atualmente, o Brasil tem dezenas de fábricas de pneus instaladas. A invenção do pneu é sem duvida algo revolucionário para o transporte. E pelo visto, vem muito mais inovação por aí.

Fontes: ANIP, Rede Rodar e Quatro Rodas

Comentarios


x

INSCREVA-SE

Preencha os dados abaixo para se inscrever nos cursos do Planeta Caminhão
Ao clicar em Registrar, você concorda com os Termos e Condições estabelecidos por este site, incluindo nosso Uso de Cookies. leia aqui.