Os caminhões controlados remotamente das minas australianas.

Já falamos sobre caminhões de mineração, se lembra? Se você ainda não viu, reveja em nosso Papo de Torque do Caterpillar 797.

É sabido também que dirigir uma máquina destas não é para qualquer um. Nas minas do Chile, as picapes de apoio tem que ser vermelhas e andarem com bandeiras presas a longas antenas para que possam ser vistas pelo parabrisa do supercaminhão. Caso contrário, a picape vira panqueca.

Manobrar ele também não é exatamente o mesmo que manobrar uma Daily. Um gigante como esse dá bastante trabalho para manobras difíceis.

Por isso a Rio Tinto, a companhia dona das minas de Yandicoogina e Nammuldi, começou a trabalhar com esses caminhões controlados remotamente. Os primeiros caminhões foram incorporados em 2012, e desde então, a produtividade melhorou em 12%. São as primeiras minas do mundo a mover todo o minério de ferro usando caminhões autônomos, em Pilbara, Austrália Ocidental.

Na verdade eles não são exatamente autônomos, como o Freightliner Inspiration Truck e o Mercedes Future Truck 2025, que tomam decisões e administram várias situações na rodovia sem intervenção do motorista.

Neste caso, eles são controlados remotamente pelo centro de operações em Perth, a 1.200 quilômetros de distância. São no total 69 caminhões sem motoristas, ou melhor, com central de controle e motoristas à distância.

A mina foi completamente mapeada e o sistema é responsável pela operação remota desses caminhões. Eles podem funcionar 24 horas por dia, 365 dias por ano. Na mina, a estimativa é que o caminhão controlado à distância trabalhe até 500 horas a mais que um convencional. A outra argumentação é que a empresa tira trabalhos perigosos e reduz custos operacionais.

O caminhão roda somente pela rota pré-estabelecida e faz as operações programadas. A sala de controle é similar à uma torre de controle de aeroporto.

Enquanto vagas para motoristas estão sendo reduzidas, por outro lado os profissionais estão cuidado de outras áreas, tal como manutenção, otimização do sistema, controle remoto das unidades, empregos que não existiam há cinco anos, segundo a empresa. "Temos papéis que estão sendo criados, como um controlador central e um controlador de pit que são essenciais para a execução do sistema autônomo."

Veja no vídeo abaixo (está em inglês, mas as imagens ajudam), o Caterpillar sem motorista:

Ou no vídeo abaixo, que mostra mais sobre a Rio Tinto e sua automatização. Também está em inglês, mas a partir do minuto 2:08 você os verá em operação também, de forma autônoma.

A empresa diz que a automatização deve alcançar também trens não tripulados e equipamentos de mineração com brocas robô.

Fonte: ABC Australia Crédito foto: Tecnoblog