Duplicação da Serra do Cafezal finalmente é entregue
No final de dezembro, depois de muitos atrasos, foram abertos ao público os últimos trechos duplicados da Régis Bittencourt, que liga São Paulo a Curitiba. A reforma acaba com um título triste, que já foi muito atribuído à estrada: o de rodovia da morte.
“O traçado foi rigorosamente feito, o trajeto em cima do maior respeito ao meio ambiente, a preservação. E foi uma obra construída com a rodovia viva. Com a rodovia em circulação”, disse Francisco Pires, da Arteris, concessionária da via.
Dos 39 viadutos e pontes, que podem chegar a mais de 50 metros de altura. Por isso vai contar com um equipamento para ajudar em caso de acidente. Um cesto que leva os socorristas e equipamentos e iça as vítimas.
A Régis Bittencourt é o principal corredor do Mercosul, liga Curitiba a São Paulo. Boa parte do que é produzido na Argentina, Uruguai e Paraguai e no Sul do Brasil passa pela estrada para chegar ao resto do país. A duplicação dos 30 quilômetros da serra levou cinco anos e custou R$ 1,3 bilhão.
Em 2011, problemas com licença ambientais pararam as obras de duplicação, o que fez com que a Régis continuasse registrando altos índices de acidentes graves no trecho da Serra do Cafezal. Em 2012, finalmente a licença ambiental foi concedida e as obras para o trecho da Serra do Cafezal puderam ser iniciadas em 2013.
Naquele ano, morreram 175 pessoas na rodovia. Em 2017, já com a duplicação em diversos trechos, o número de acidentes caiu para 76, o que ajudou a tirar da Régis Bittencourt o apelido de “Rodovia da Morte”. Ainda assim, o trecho da Serra do Cafezal causa preocupação e apreensão aos caminhoneiros. Muitos só se atrevem a acessá-lo se tiverem certeza das condições de dirigibilidade por lá. Agora, com a conclusão das obras, essa será uma preocupação à menos para todos.
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