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Frete rodoviário recua em agosto e média nacional cai para R$ 7,36 por quilômetro, diz pesquisa

Frete rodoviário recua em agosto e média nacional cai para R$ 7,36 por quilômetro, diz pesquisa

Após alta em julho, Índice de Frete Rodoviário da Edenred aponta queda de 0,54% no valor médio do transporte no Brasil.

O preço do frete rodoviário voltou a recuar no mês de agosto. Segundo o Índice de Frete Rodoviário da Edenred (IFR), baseado em dados da plataforma Repom, o valor médio por quilômetro rodado no País caiu de R$ 7,40 em julho para R$ 7,36 em agosto, registrando retração de 0,54%. O resultado indica uma leve correção no mercado, após o aumento observado no mês anterior.

A redução reflete principalmente a desaceleração de alguns setores da indústria, que já vinham mostrando sinais de retração nos últimos meses. A política tarifária adotada pelos Estados Unidos também contribuiu para diminuir a demanda por transporte de cargas, assim como a valorização do real frente ao dólar, que ajudou a aliviar os custos de importação de insumos e peças.

Apesar da queda, fatores internos evitaram um recuo ainda maior. Entre eles, o escoamento da segunda safra de milho, que manteve a procura por transporte em alta, o impacto do reajuste da tabela do frete mínimo realizado em julho e a variação no preço do combustível. Em agosto, o diesel comum subiu 0,65%, sendo vendido em média a R$ 6,19, enquanto o diesel S-10 avançou 0,81%, chegando a R$ 6,22 por litro.

Segundo Vinicios Fernandes, diretor da Edenred Frete, os números de agosto refletem um equilíbrio de forças. “A menor atividade da indústria pressionou os preços para baixo, enquanto a safra de milho, a tabela de frete e o aumento do diesel impediram uma redução mais acentuada”, explicou.

O cenário macroeconômico também influenciou. A manutenção da taxa básica de juros em 15% ao ano trouxe estabilidade para o setor financeiro, enquanto a queda do dólar ajudou a equilibrar parte dos custos do transporte. Mesmo assim, a pressão por insumos e o comportamento do diesel seguem como fatores-chave na formação do preço do frete.

A expectativa para os próximos meses é de pequenas oscilações no índice. Variáveis como o preço do combustível, a movimentação do câmbio e possíveis alterações regulatórias devem ditar o ritmo do mercado até o fim de 2025. Transportadoras e embarcadores, portanto, precisam manter atenção redobrada ao comportamento desses indicadores.

O IFR é considerado uma das principais referências do setor de transporte rodoviário de cargas. O índice é construído com base em 8 milhões de transações anuais de frete e vale-pedágio administradas pela Edenred Repom, que há três décadas atua no gerenciamento e no pagamento de despesas para o transporte no Brasil.

O levantamento ajuda empresas e motoristas a planejarem suas operações com maior precisão, servindo de termômetro para identificar tendências e movimentos no preço do frete em diferentes regiões e setores da economia.

Ainda que a queda de agosto tenha sido pequena, especialistas lembram que qualquer variação no preço do frete impacta diretamente a competitividade das transportadoras e a margem de lucro dos motoristas. Por isso, acompanhar o IFR se torna cada vez mais essencial para entender o rumo do mercado.

Continue ligado no Planeta Caminhão para acompanhar todas as novidades sobre o mercado de transporte, os movimentos do frete rodoviário e as tendências que impactam motoristas, frotistas e embarcadores em todo o Brasil.

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