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Atividades de transporte e entrega lideraram entre os MEIs: 20.645 novos registros em 2025

Atividades de transporte e entrega lideraram entre os MEIs: 20.645 novos registros em 2025

Transporte rodoviário de cargas e entregas por aplicativo puxam crescimento de novos CNPJs no Brasil

O Brasil registrou um avanço significativo na formalização de trabalhadores autônomos nos últimos anos, especialmente nas áreas de transporte rodoviário de cargas e serviços de entrega. De acordo com os dados mais recentes, apenas em 2025, o transporte de cargas liderou entre os Microempreendedores Individuais (MEIs), com 20.645 novos registros de CNPJ, o equivalente a 7,1% de todos os MEIs abertos no ano. Logo em seguida, aparecem as atividades de malote e entrega, com 20.527 registros, também representando 7,1% do total.

Esses números refletem a força do setor logístico no Brasil e a crescente busca por alternativas de renda formalizada, principalmente diante do avanço do comércio eletrônico, do transporte regionalizado e das plataformas digitais de intermediação. A categoria MEI tem se mostrado uma porta de entrada para a formalização de transportadores autônomos, oferecendo acesso a benefícios previdenciários e menor carga tributária.

Nos últimos três anos, o número de MEIs ligados ao transporte de cargas teve um crescimento expressivo. Segundo levantamento consolidado com base nos dados da Receita Federal e do Sebrae, entre 2022 e 2025 foram abertos mais de 65 mil CNPJs apenas na atividade de transporte rodoviário de cargas. Esse aumento mostra o quanto o setor está em expansão e como os motoristas autônomos vêm buscando regularização para atuar de forma mais segura e estruturada.

As principais categorias dentro do transporte de cargas que concentram MEIs são: transporte rodoviário de carga intermunicipal, interestadual e internacional; transporte de carga municipal; entregas rápidas com motocicleta ou bicicleta; e atividades de apoio logístico, como coleta e entrega de pequenos volumes. O destaque vai para os motoristas que atuam com veículos leves e pesados, desde vans até caminhões 3/4, tocos e truck.

Além disso, as atividades mais exercidas pelos MEIs de transporte incluem: frete urbano, transporte de produtos alimentícios, materiais de construção, medicamentos, insumos agrícolas e até mudanças residenciais. Muitos desses profissionais também atuam como agregados a transportadoras, aproveitando a flexibilidade da categoria para oferecer serviços sob demanda, com contratos mais ágeis e menos burocráticos.

A facilidade de abrir um MEI, com custo reduzido e poucos requisitos, tem sido um fator decisivo para a escolha da categoria. Com um teto de faturamento anual de R$ 251,6 mil (e projeto em tramitação que pretende elevar esse valor para R$ 400 mil no caso de transportadores), muitos motoristas conseguem manter sua operação legalizada, com CNPJ ativo, emissão de nota fiscal e acesso a crédito facilitado em instituições financeiras.

Esse crescimento também representa uma oportunidade para o setor de transporte e logística como um todo. Empresas que contratam MEIs conseguem ampliar suas frotas com mais flexibilidade, enquanto os trabalhadores autônomos têm a chance de se profissionalizar, construir reputação no mercado e até expandir seus negócios futuramente. A formalização via MEI também estimula o investimento em qualificação, manutenção adequada dos veículos e mais responsabilidade no trânsito.

À medida que o transporte urbano, intermunicipal e interestadual se torna mais integrado ao sistema logístico nacional, a tendência é que a formalização via MEI continue crescendo, especialmente com políticas públicas de incentivo e educação empreendedora. O Brasil caminha para um cenário onde mais motoristas poderão operar de maneira legal, sustentável e competitiva no mercado de transporte de cargas.

 

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