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Scania celebra 65 anos no Brasil e estima produção de 130 mil unidades em 2022

Scania celebra 65 anos no Brasil e estima produção de 130 mil unidades em 2022

O ano de 2021 foi de muitos desafios para o segmento de transportes. Praticamente todas as montadoras e outras empresas ligadas ao setor precisaram se adaptar ao momento de pandemia, idas e vindas de medidas sanitárias e crises como a dos componentes e alta de combustíveis. Com a Scania não foi diferente. A empresa precisou reaprender diversas coisas nestes dois anos de pandemia, mas conseguiu superar expectativas e obteve um 2021 de muito sucesso.

Os bons resultados obtidos fazem a empresa manter a perspectiva de crescimento. No ano em que completará 65 anos de Brasil - especificamente no dia 2 de julho - a Scania  apresenta otimismo moderado e resultados mais que satisfatórios nos mercados em que atua. Nesta sexta-feira (18), realizou uma coletiva de imprensa onde apresentou os balanços de 2021, seus planos de investimentos e perspectivas de crescimento para 2022. A montadora mais uma vez mostrou ótimos números com os caminhões pesados e se destacou no aumento dos serviços exclusivos de manutenção.

O mercado de caminhões vem passando pelos anos de pandemia com quantidades expressivas de vendas, mesmo enfrentando ao mesmo tempo uma forte crise de componentes. Em 2021, a Scania figurou na lista de mais vendidos e teve um volume consistente, o que fez a empresa ganhar quatro pontos percentuais de participação total no setor. De acordo com os números apresentados, para os caminhões pesados, o agronegócio - assim como será em  2022 - foi o principal impulsionador da demanda, emplacando cerca de 15 mil unidades de caminhões.

No ranking 2021 da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) e do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam) dos 10 caminhões mais emplacados, figuram três caminhões Scania. O primeiro Scania que aparece na lista é o R 450, que vem crescendo ano a ano na missão de substituir o R 440, o mais vendido da história da marca. Em 2021, reassumiu a vice-liderança nos pesados com 6.772 unidades emplacadas – quase o dobro das 3.576 de 2020 – e 10% de participação, seu melhor desempenho desde a chegada em 2019. 

O R 450 desbancou com propriedade o principal concorrente na mesma faixa de potência e foi o segundo caminhão mais vendido da indústria em 2021. Ele segue se destacando no seguimento e o que mais chama a atenção dos clientes é a sua versatilidade em operações diversas e a economia num imbatível custo total de operação. caminhão foi considerado o veículo comercial mais eficiente em consumo de combustível e o mais ambientalmente amigável da sua categoria.

Já o R 540, vem subindo no ranking de forma madura. Em 2020, havia vendido cerca de mil unidades. Mas em 2021, devido às melhorias realizadas na versão 6x4, triplicou seus emplacamentos com 3.501 modelos. “Ouvimos os clientes, especialmente do agro, e colocamos em prática seus pedidos. A evolução já mostrou os resultados”, destaca Silvio Munhoz, diretor de Vendas de Soluções da Scania no Brasil. Em uma prova de consumo realizada na Europa, o Scania R 540 foi o modelo mais econômico analisado, recebendo o prêmio Green Truck 2020.

O terceiro Scania da lista é o R 500, com 1.898 unidades vendidas em 2021, que se mantém entre os 10 mais desde a sua chegada em 2019.  Este é outro modelo da Scania que tem feito sucesso nas vendas, principalmente por causa da demanda por caminhões no agronegócio. Ele tem sido muito utilizado no transporte de grãos, especialmente em composições de bitrem e bitrenzão, na configuração 6×4. O setor agropecuário foi o que mais trouxe mais demanda de pesados (40%), seguido de carga geral.

De acordo com a Anfavea, o mercado total de caminhões vendeu 128.700 unidades, alta de 43,5% sobre as 89.700 unidades de 2020. Nos pesados, foram 66.144 modelos ante os 44.293 de 2020, acréscimo de 49,3%. Já a Scania, na categoria dos pesados, emplacou 15.702 unidades, crescimento de 80,7% – quase o dobro das 8.690 de 2020. Houve aumento de quatro pontos percentuais na participação (de 19,6% para 23,6%). Com o volume, a fabricante superou as 40 mil unidades vendidas da Nova Geração.

Tratando-se do segmento off-road, em 2021 o volume Scania chegou a 1.007 unidades vendidas e é esperado mais um ano forte na mineração, cana, construção-civil e madeira. Em 2021, no mercado fora de estrada, as versões com tração 6×4 e 8×4, que tiveram maior demanda neste segmento, também passaram por aprimoramentos significativos, que as tornaram ainda mais aptas para atender as necessidades dos clientes.

A estimativa da empresa é de um crescimento de até 9% na venda de caminhões pesados, uma ordem de 130 a 120 mil unidades em 2022, de acordo com as previsões da fábrica. Os caminhões da Nova Geração, com até 20% de economia de combustível sobre a gama anterior, tem sido um sucesso e gera boas expectativas nos executivos. Além disso, são mais um motivo da celebração da marca: 3 anos do lançamento dos modelos totalmente modernos e mais econômicos, que alavancou as vendas da marca.

Além dos modelos R 450 e R 540 que seguem se destacando, as soluções de serviços apoiam os números de forma impecável. Do total de veículos novos, 55% saíram com um programa de manutenção e a conectividade vem transformando a gestão dos clientes.

Eficiência do PMS - Programa de Manutenção Scania

Não há nada mais incômodo para um transportador do que um caminhão parado. É perda de dinheiro, de faturamento e de tempo. E a Scania acredita que a solução ideal seja aquela que atende o transportador no momento que ele mais precisa. Focando sua atenção para as questões de sustentabilidade e a rentabilidade, lançou o Programa de Manutenção Scania (PMS), focado na disponibilidade máxima do caminhão e em reduzir o impacto de um caminhão parado em uma operação. Através da conectividade, o programa melhora a performance do veículo, gerando menor desgaste das peças e economia de combustível, além de contribuir com a prevenção de quebras, evitando gastos e paradas inesperadas.

O programa oferece atendimentos ágeis e otimizados, serviços expressos, em até 2h30, mais disponibilidade do veículo: um aumento de 30%. Ou seja, as manutenção são realizadas de forma estratégica, o que significa menos tempo de caminhão parado e mais rentabilidade. Menor tempo de parada corresponde a até 250 mil horas disponíveis, o que gera mais rentabilidade para o cliente. Para acompanhar tudo isso, a Scania utiliza ferramentas que determinam o tempo desde que o caminhão deu entrada na oficina até o momento que ele é liberado.

Em 2021 a Scania bateu o número de 54 mil caminhões conectados, 24 mil com gestão completa de dados, um plano premium. Isso representou um crescimento de 30% do portfólio de PMS da empresa. Através desse serviço, é possível ajustar o caminhão Scania para rodar da forma mais eficiente e sustentável possível, evitando a descarga de combustível no ar sem necessidade, além disso, a queima de combustão do veículo ́e menor, o que gera uma economia de 288 mil toneladas de CO2 e 110 milhões de litros de diesel no meio ambiente.

A empresa apresentou também um serviço PMS totalmente voltado para o setor canavieiro. O PMS para cana de açúcar foi desenhado para operações off-road, mais pesada, típica do setor canavieiro. O sistema considera alguns fatores operacionais específicos, como as características do caminhão canavieiro, o terreno de tráfego e o peso da carga. Tudo isso é observado para chegar até as condições operacionais certeiras, para a aplicação da operação selecionar os momentos de manutenção mais adequados.

Para a mineração e transporte rodoviário, por exemplo, os caminhões têm planos de manutenções específicas e totalmente diferentes do setor canavieiro, ou seja, são levados em consideração os ciclos de produção, tempo de rodagem, tempo de desgaste para criar um plano ideal para cada segmento.

Caminhões movidos a gás e primeiro caminhão GNL do país

Os caminhões Scania continuam se destacando no mercado por meio da eficiência energética. O patamar de 20% de economia de combustível, por exemplo, é um número imbatível no mercado. Por isso, a evolução da agenda da sustentabilidade no setor de transportes segue em foco para a marca, que superou os 600 caminhões a gás comercializados, metade está rodando e a outra metade será entregue em 2022.

A venda de veículos a gás ainda representa um percentual pequeno, mas o Brasil já está na metade do caminho ou até um pouco mais, se comparado com o desenvolvimento de motores a gás na Europa. A empresa destaca que o número representa praticamente a mesma participação em um mercado onde o gás está bastante desenvolvido.

A Scania apoiou um estudo relacionado à mudança da matriz energética nos sistemas de transporte e tornou o gás natural e biometano focos da empresa para reduzir a pegada de carbono. A empresa também acaba de anunciar a venda dos primeiros veículos movidos 100% a GNL (gás natural liquefeito) da história do Brasil para a Morada Logística, uma operadora logística com 60 anos de atuação, ampla experiência em transporte de cargas dedicadas e focada em ter uma frota mais sustentável.

Foram cinco unidades compradas da Scania com programação de entrega ao longo de 2022. As atividades com o novo caminhão começaram em fevereiro numa, rota dedicada no interior de São Paulo. A Morada também adquiriu outros 25 caminhões Scania para abastecer com gás (natural e/ou biometano). A principal vantagem do GNL é dar mais autonomia ao caminhão, a autonomia pode chegar a 1200 ou 1300 km. Cargas de larga distância deverão ser os principais mercados a adotar o GNL.

Hoje os principais desafios do caminhão a gás estão nos pontos de abastecimento. No caso dos caminhões da Morada Logística, o abastecimento é feito através de parceria com um fornecedor que disponibiliza GNL para a empresa, que montou um ponto de abastecimento em sua própria estrutura, possibilitando que o equipamento seja utilizado em rotas específicas.

Investimento também na conectividade

O ciclo de investimentos referentes aos últimos resultados são os realizados de 2021 a 2024, no valor de 1.4 bilhões de reais. O ano de 2021 trouxe números que correspondem o que está sendo investido, mas a empresa ainda quer mais. Em 2022 a empresa pretende realizar investimentos para modernização da fábrica, preparação da linha de produção e da fábrica para o Euro 6, mudanças no parque industrial.

Outra parte do investimento vai para as redes de concessionárias da Scania, que possui uma rede cativa e uma rede independente, onde serão feitos investimentos para a expansão da rede, equipamentos, instalações nas oficinas e estruturas de atendimento Existe também um investimento em treinamentos, em equipamentos de sistemas de gestão que serão feitos para assegurar o atendimento de primeira qualidade, pronto e com veículos de retorno.

A conectividade já é um ponto de atenção da Scania há algum tempo, quando lançou ainda em 2018 o PMS, que se mostrou certeiro após 4 anos de utilização. Os resultados de economia e performance dos caminhões com o sistema apontam até 30% de redução nos custos de transporte. O investimento em atendimento será para aprimorar a competência, capacitação técnica e força de execução de toda a rede, que mantém as equipes preparadas e bem treinadas, para que o cliente seja atendido o mais rápido possível e da melhor maneira possível.

Expectativas para 2022

A Scania terá grandes desafios em 2022 e com certeza o principal deles será sedimentar o terreno para a chegada das linhas de caminhões e ônibus com tecnologia para atender aos requisitos da fase P8 do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve), ou Euro 6, a partir de 1.º de janeiro de 2023. Por isso, a empresa se prepara há bastante tempo nas adaptações na fábrica e acelera os processos de homologações de produtos. Do ponto de vista do mercado de caminhões, em especial nesse momento histórico e especial , em que completa também três anos da  Nova Geração, a fabricante acredita num otimismo moderado e continua animada com o desempenho dos caminhões movidos a biometano.

Os 65 anos da Scania no Brasil, maior mercado da fabricante em todo o mundo,  trazem diversas memórias de linhas históricas de caminhões marcados por gerações. A força do passado e a confiança atual de oferecer excelentes soluções de transporte, projetam a empresa a um futuro ainda mais promissor, com a nova linha P8, ou Euro 6, e a liderança na transição para um sistema de transporte mais sustentável.

Com a introdução da gama P8, a empresa terá novidades na soluções de produtos e serviços para continuar a oferecer alta rentabilidade por meio do menor custo total da operação (via grande redução de consumo de combustível e de gastos de manutenção), além de superior disponibilidade e, consequentemente, proporcionando o aumento do faturamento do cliente.

“Teremos em 2022 um dos períodos mais importantes da marca no país. Um dos presentes de aniversário de 65 anos é que o Brasil acaba de se tornar uma região independente dentro da estrutura comercial global da Scania. Ou seja, passamos a responder diretamente para a Suécia separadamente da América Latina. Teremos muito mais responsabilidades, o que nos motiva demais nesta gestão”, afirma Fábio Souza, novo vice-presidente e diretor-geral das Operações Comerciais da Scania no Brasil.

Nos motores há tendência de alta para o segmento industrial e de manter o mesmo patamar de 2021 nos propulsores de geração de energia, com aumento da procura por soluções a gás. Já em Serviços, um novo ano recorde nas vendas dos programas de manutenção Scania (PMS) e alta de 30% nos veículos conectados (70 mil).

Em sua coletiva a Scania deixou claro que pretende estar presente com os clientes, com os fornecedores, se aproximando novamente das pessoas. Então informou que tem a intenção de participar de feiras, como a Fenatran, onde já acenou a participação. A empresa também prepara ações durante o ano para celebrar essa data tão importante para sua história no Brasil.

por Pamela Emerich

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