Scania

Scania desenvolve caminhão elétrico com capacidade para transportar 64 toneladas

Scania desenvolve caminhão elétrico com capacidade para transportar 64 toneladas

O bruto de 3 eixos totalmente sustentável é mais um exemplo de inovação da montadora

A Scania, grande fabricante de veículos pesados, chamou a atenção ao fazer o lançamento de um veículo elétrico na linha de caminhões pesados movidos a bateria para 2023. A montadora entregou um caminhão 25P, totalmente elétrico, para a empresa Wibax, fornecedora de produtos químicos, da Suécia. Equipado com tração 6×2, o caminhão irá operar com um implemento tanque de quatro eixos distanciados e com um cavalo-mecânico elétrico, com capacidade para 64 toneladas de PBTC.

Para a montadora, o veículo é inovador e representa mais um exemplo no avanço da eletrificação do transporte, que segue a passos largos, pelo menos nas estradas europeias. O modelo - movido exclusivamente à bateria - vai operar na frota da Wibax, como uma solução menos poluente para contribuir com o cumprimento de suas metas climáticas - a empresa almeja reduzir em até 35% sua emissão de carbono. .

Além disso, permite reunir inúmeras informações que serão muito úteis para a montadora, que tem planos de expandir seus modelos elétricos e a bateria dentro do mercado, que já está com tudo no Velho Continente. O cavalo-mecânico de três eixos operará em rota no Norte da Suécia, entre as cidades de Piteå e Skellefteå, onde o desempenho e a capacidade de carga do caminhão são possibilitados pelo desenvolvimento de um motor elétrico consideravelmente mais forte.

Segundo a Scania, para preservar desempenho e permitir a capacidade de carga, a montadora aplicou motor elétrico com mais potência que os atuais, embora não tenha revelado as especificações técnicas: “Este é o primeiro equipamento de 64 toneladas totalmente elétrico que colocamos nas operações do cliente. Passo a passo, estamos demonstrando que as soluções elétricas estão acontecendo muito rapidamente e para basicamente todos os segmentos”, diz Fredrik Allard, chefe de E-mobilidade da Scania.

 

 

Como parte de uma parceria de longo prazo, a Scania e a Wibax vão trabalhar juntas e cair de cabeça nos projetos para aprimorar o uso do veículo, o que inclui carregamento, duração da bateria e planejamento de rota. O desenvolvimento ainda contribuirá nos planos da Wibax, que pretende adicionar mais caminhões elétricos em sua frota. A ideia é não só melhorar o modelo para novas versões, mas também, estudar a sua utilização para outras finalidades.

A ideia da parceria com a Scania para a produção de um caminhão elétrico surgiu quando a empresa identificou que o transporte de sua frota é o que mais gera impacto ambiental. Com o objetivo de reduzir as emissões de combustível, o caminhão elétrico é uma solução para garantir que suas operações não impactem negativamente no clima: “Durante a vida útil deste caminhão, a Wibax reduzirá as emissões de CO2 em até 1,4 mil toneladas”, resume em nota Jonas Wiklund, CEO do Grupo Wibax.

O executivo entende que o avanço dos elétricos já está acontecendo há algum tempo, e também, não nega a importância da mudança para o mei ambiente. Mas conta porque só foi possível aderir a essa opção após a parceria com a Scania: “Caminhões eletrificados mais leves já estão disponíveis no mercado há algum tempo, mas, para nós, isso só importa agora quando podemos eletrificar nossas cargas de 64 toneladas”, afirma Wiklund.

Scania anuncia grande lançamento de novo caminhão elétrico para 2030

Além do lançamento do elétrico para suprir as necessidades da Wibax, a montadora anunciou um projeto audacioso para o futuro. O veículo que está sendo produzido conta com capacidade para 40 toneladas de carga e autonomia para rodar 4 horas em uma velocidade determinada em grandes rodovias.

A bateria terá o carregamento completo em aproximadamente 45 minutos, tempo perfeito para o caminhoneiro descansar e depois seguir viagem. Segundo a empresa, o caminhão terá um preço um pouco mais elevado do que um semelhante a combustão que já podemos encontrar nas estradas,  mas o fabricante garante que o custo de operação será bem menor.

O veículo poderá ser comercializado no Brasil, mas o líder global de sustentabilidade da companhia, Andreas Follér, garante que falta infraestrutura para o Brasil conseguir que o caminhão seja lançado no país: “O que eu peço ao governo brasileiro é que construa a infraestrutura de recarga”, afirma o líder. “A transição para o transporte elétrico vai acontecer de qualquer maneira”, confirma Andreas.

 

 

 

Direto da Redação do Planeta

Comentarios


x

INSCREVA-SE

Preencha os dados abaixo para se inscrever nos cursos do Planeta Caminhão
Ao clicar em Registrar, você concorda com os Termos e Condições estabelecidos por este site, incluindo nosso Uso de Cookies. leia aqui.