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História da rodovia dos imigrantes

Uma das ligações entre a Região Metropolitana de São Paulo e a Baixada Santista, a Rodovia dos Imigrantes é uma das mais importantes do Brasil, tem o pedágio mais caro de todos e empregou uma série de tecnologia e muito trabalho para ser construída. A história da formação das estradas para ultrapassar o grande bloqueio da Serra do Mar é bem antiga. O primeiro caminho ligando São Paulo a Santos foi construído pelo Padre José Anchieta no Século XVI. Era uma trilha bem íngreme, onde só se podia transitar a pé e era necessário subir agarrando as raízes das árvores para vencer o caminho. Levava dias para subir a Serra do Mar e a estrada exigia muita habilidade. Um século depois, com a melhoria da trilha, já era possível fazer a subida e a descida com a ajuda de burros e outros animais. A estrada ficou assim por séculos e ajudou muito a desenvolver a economia do Brasil. A motorização chegou somente no século XX e com a vinda dos carros e primeiros caminhões, era necessário construir uma estrada de verdade entre São Paulo e o mar. Foi em 9 de junho de 1939 que Adhemar de Barros, então interventor de São Paulo, deu ordem para o início da construção de uma estrada que ligasse a capital paulista ao porto de Santos. Com o passar o tempo, nos anos 1970, a rodovia Anchieta ficou saturada, pois o movimento de veículos não parava de aumentar. O governo iniciou então um plano para construir uma segunda rodovia para dar vazão ao tráfego futuro. Surgiu então a Rodovia dos Imigrantes, entregue em 1976. Suas obras foram divididas em etapas: primeiro, uma estrada de serviço foi aberta, para dar acesso à serra; uma estrada de 39 quilômetros de extensão foi construída, em concreto e asfalto, com 300 metros de pontes metálicas. Trabalharam nela 15 mil operários, 100 engenheiros e muitas máquinas. Para proteção do solo, um milhão de metros quadrados de grama foi plantado. Mesmo nos anos 70, a preservação ecológica foi levada em conta, por isso arbustos e gramas acompanharam toda a via. Os locais que serviam para acampamento das obras tornaram-se bairros e, até os dias de hoje, abrigam famílias. É o caso da Cota 400, em Cubatão. Em 2002, quando a rodovia já estava sob concessão de uma empresa particular, a Imigrantes ganhou a tão falada segunda pista para descida, que não permite a utilização pelos caminhões. Muita tecnologia e trabalho árduo foram empregados para a construção da via, que tem longos trechos em concreto, pistas com qualidade e diversos túneis. Hoje, a Imigrantes, junto com a Via Anchieta, é uma das principais rodovias do Brasil.

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