A redução das emissões veiculares para proteger o ar que respiramos e a preocupação com o impacto ambiental de um caminhão levam os pesquisadores e governantes a olhar cada vez mais de perto para a indústria de motores a diesel e o resultado disso é a criação de regras cada vez mais severas para esses impactos.
Em 2012, entrou em vigor no Brasil uma nova legislação de emissões, a Euro 5, que já estava em vigor lá na Europa, e que mudou o mercado, com caminhões mais ecologicamente amigáveis, poluindo menos por emitir menos material particulado e gases nocivos e trazendo cada vez mais tecnologia nos motores.
Lá na Europa, a norma Euro 6 já está em vigor e ela é bem mais severa e restritiva do que a Euro 5. Além de apertar mais o cerco contra os poluentes no ar, a norma também ataca os níveis de barulho e ruído dos caminhões, que precisam ser cada vez mais silenciosos.
Quais as mudanças trazidas pelo sistema EURO 6?
Em comparação com a norma vigente no Brasil, o sistema EURO 5, o EURO 6 prevê uma redução ainda maior no nível de emissão de poluentes.
No caso da emissão de hidrocarbonetos, o sistema EURO 6 estabelece um limite de 0,09 gramas para cada cavalo de potência do motor por hora de funcionamento. Isso representa uma redução de 72% no limite da norma anterior, que permite a liberação de até 0,34 gramas.
Também há significativas reduções na emissão de óxido de nitrogênio (NOx), que passa a ter um limite 80% menor, com emissão máxima de 0,29 g/cv, e de enxofre, passando de 0,02 ppm (Partes por milhão) para 0,01 ppm Quais as tecnologias utilizadas pelo sistema EURO 6?
O sistema EURO 6 utiliza as mesmas tecnologias que foram desenvolvidas para atender ao sistema EURO 5: a Redução Catalítica Seletiva (SCR) e a Recirculação de Gases da Exaustão (EGR).
A diferença é que a nova regulamentação exige o uso das duas tecnologias ao mesmo tempo. Vamos lembrar como cada uma delas funciona.
Redução Catalítica Seletiva (SCR)
O sistema SCR converte os gases poluentes que sairiam pelo escapamento em nitrogênio e vapor de água, que são inofensivos ao meio ambiente. Para que isso ocorra, é necessário o uso do reagente ARLA 32.
O ARLA 32 é composto por água e ureia e é obrigatório para os motores diesel que utilizam o sistema SCR.
Recirculação de Gases da Exaustão (EGR)
No sistema EGR, a redução da emissão de poluentes se dá por meio recirculação dos gases e da diminuição da temperatura interna da câmara de combustão. Desse modo, é possível diminuir a formação e liberação dos gases poluentes.
Esse sistema dispensa o uso do reagente ARLA 32.
Outras exigências do sistema EURO 6
Além do uso integrado das duas tecnologias, também prevê regulamentações sobre a aerodinâmica do caminhão, distribuição do peso da carga e práticas de condução eficiente por parte do motoristas.
Também é obrigatório o uso de diesel com teor reduzido de enxofre. No mercado brasileiro existem duas opções que atendem a essa exigência: o diesel S-50 e o S-10.
É altamente recomendável a escolha pelo diesel S-10, que é a opção de combustível mais limpa e ecológica, além de ajudar no desempenho do motor.
Apesar de ainda não estarem em vigor no Brasil, as regras da EURO 6 já são uma realidade lá fora.
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