A onda de automatização das transmissões dos caminhões atualmente tem dividido opiniões entre os caminhoneiros mais experientes. Afinal, câmbio automatizado é bom mesmo para o transporte? E caminhoneiro de verdade é aquele que trabalha com câmbio manual? Bom, vamos aos fatos: o câmbios manuais fizeram a história do transporte, com sua simplicidade e controle à mão, sendo preferência entre muitos caminhoneiros. Acontece que o tempo e o momento da troca da marcha no giro correto são fatores muito importantes para o consumo de combustível e para a vida útil do caminhão e de seus componentes. O ser humano nem sempre consegue fazer todas as trocas perfeitas, o braço cansa, a pessoa pode se distrair e, por fim, é fisicamente extenuante trocar marchas o dia todo. Por isso o conceito do câmbio automatizado tem ganhado tanto espaço no transporte atualmente. Primeiramente nos caminhões extrapesados, a automatização veio com a necessidade de maior controle nas trocas, maior torque nas reduzidas e maior economia de diesel. Depois vieram os semipesados e hoje já existem caminhões nas linhas leves com câmbio automatizado. Em regra, um câmbio automatizado é um câmbio manual com um sistema robotizado que realiza as trocas sozinho, seguindo a programação do software pré-estabelecida, e dando um grande número de possibilidades para que a engenharia crie funcionalidades em cima dele. O câmbio automatizado permite controle de arrancada em rampa, banguela eletrônica e controlada, controle máximo das trocas e economia de combustível. Claro que haverá sempre os caminhoneiros que preferem o câmbio manual, tradicional, mas a tendência dos automatizados veio para ficar. Em nome do conforto, da economia e da produtividade. Boa viagem!