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Repressão contra roubos nas estradas

O roubo de cargas é um dos principais problemas do transporte brasileiro atualmente. Somente no ano passado, foram roubados mais de R$ 1,2 bilhão em cargas em todo o Brasil, de acordo com as associações que representam os transportadores, e o problema tem se agravado a cada ano. As abordagens estão ficando cada vez mais ousadas, cada vez mais motoristas estão ficando em poder de quadrilhas organizadas e a polícia tem trabalhado fortemente para reverter este quadro, com ações de inteligência e repressão contra o crime organizado. O Estado de São Paulo conta com o Procarga, que é um programa de inteligência policial que trabalha dentro do DEIC, nas delegacias especializadas de repressão ao roubo de cargas. Esses núcleos policiais são formados por civis e militares, além do apoio de federais, para a troca de informações e a integração de forças para combater o crime. A Polícia Rodoviária Federal também conta com um aparato contra o roubo de cargas, com equipes de inteligência à paisana que trafegam pelas rodovias federais para dar informações às equipes de ação para pegar as quadrilhas. Cada vez mais, o uso dos rastreadores e dos procedimentos de gerenciamento de risco estão ajudando no combate ao roubo de cargas, pois o número de cargas recuperadas pelas empresas de gerenciamento e pela polícia tem aumentado sensivelmente. Os estados do Brasil que concentram o maior número de ocorrências de roubo de cargas são Rio de Janeiro e São Paulo, com mais de 50% dos casos. Em São Paulo, a Região Metropolitana tem mais de 60% dos casos, que acontecem em sua maioria, nas rodovias de grande circulação. Existe no Congresso Nacional uma proposta para a criação do Sistema Nacional de Combate ao Roubo de Cargas, com diversas diretrizes e verbas para este fim, mas, desde 2004, ele espera votação e tramitação. O problema para este projeto, segundo parlamentares, é a criação do fundo para financiar o sistema, com dinheiro que viria do perdimento dos bens de quem fosse flagrado com cargas roubadas, o que, segundo alguns juristas, é constitucionalmente inviável no Brasil. Resta o transportador contar com o gerenciamento de risco e com as forças policiais para evitar os roubos.

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