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A importância de parar de fumar

Cigarro, vida e volante não combinam

A gente sabe que o hábito de fumar é muito comum nas estradas, entre os caminhoneiros, e, mesmo que isso esteja diminuindo com o tempo, é muito importante que a gente toque nesse assunto aqui e mostre pra você como é importante parar de fumar e o quanto a sua saúde precisa disso. Segundo a Organização Mundial de Saúde, o tabagismo mata, todos os anos no mundo, 6 milhões de pessoas, sendo 600 mil vítimas do fumo passivo, ou seja, aquelas que estão perto de quem fuma. Até 2030, este número deve aumentar para 8 milhões. A entidade afirma que as doenças relacionadas ao cigarro matam mais que tuberculose, AIDS e malária juntas. De acordo com o INCA (Instituto Nacional de Câncer José de Alencar Gomes da Silva) no Brasil, o número de fumantes diários caiu de 29% para 12% entre homens e de 19% para 8% entre mulheres, porém o país possui um  número absoluto de tabagistas muito alto com o total de 18 milhões de fumantes. O oncologista Tiago Kenji Takahashi, médico especialista em câncer de pulmão no Instituto de Oncologia do Hospital Santa Paula (IOSP), o risco de câncer de pulmão em um ex-fumante será sempre maior quando comparado a alguém que nunca tenha fumado. "Comparados aos não fumantes, os tabagistas têm cerca de 20 a 30 vezes mais risco de desenvolver o câncer de pulmão. Geralmente os sintomas aparecem apenas quando a doença já está avançada como: tosse frequente, mudança no padrão da tosse, tosse com sangue, rouquidão, chiado no peito, falta de ar e dor no tórax", explica o especialista. O câncer de pulmão pode ser classificado em I, II, III ou IV. O estágio I representa os tumores iniciais, II os tumores um pouco maiores, mas restritos aos pulmões, III os tumores avançados dentro do tórax, e IV são os tumores que já se disseminaram pelo organismo. O tratamento é feito com cirurgia, radioterapia e quimioterapia. Para quem convive com fumantes, o médico Takahashi aconselha evitar ao máximo o contato com o cigarro, estipulando a área externa como o único ambiente possível para quem quiser fumar. O médico afirma que o simples fato de ser fumante passivo já aumenta em 30% o risco de ter câncer de pulmão. "O tabagismo é uma doença crônica e transmissível, basta olhar alguém fumando para sentir vontade. É por isso que 85% dos tabagistas começam a fumar aos 16 anos. De 80% que tentam parar, apenas 3% conseguem", afirmou. Além do câncer de pulmão, o cigarro pode causar cerca de 50 outras doenças, especialmente problemas ligados ao coração e à circulação. Cada tragada é responsável pela inalação de aproximadamente 4,7 mil substâncias tóxicas. As principais são a nicotina, associada aos problemas cardíacos e vasculares (de circulação sanguínea); o monóxido de carbono (CO), que reduz a oxigenação sanguínea no corpo; e o alcatrão, que reúne vários produtos cancerígenos, como polônio, chumbo e arsênio. Entre os principais danos ao corpo estão:
  • Boca: mau hálito, irritação da gengiva, aparecimento de cáries, alteração nas papilas gustativas (que afeta o paladar) e aumento do risco de câncer de boca.
  • Cérebro: A dificuldade de circulação sanguínea pode comprimir os vasos e aumentar a pressão arterial, resultando em um derrame cerebral.
  • Coração: aumento do colesterol total, da pressão arterial e da frequência cardíaca, que pode subir até 30% durante as tragadas. Além disso, todo fumante é mais propenso a ter infarto.
  • Corrente sanguínea: o fumante está mais sujeito a problemas relacionados à circulação como aneurisma, trombose, varizes e tromboangeíte obliterante, que afeta as extremidades do corpo, podendo levar à amputação de membros.
  • Estômago: náuseas e irritação das paredes do estômago. As substâncias tóxicas do cigarro também podem gerar gastrite, úlcera e câncer no estômago.
  • Fígado: a nicotina é metabolizada no fígado e, consequentemente, aumenta a chance de desenvolver câncer no órgão.
  • Pulmão: os tecidos dos pulmões perdem a elasticidade e são destruídos aos poucos. A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma dessas doenças e manifesta-se de duas maneiras: enfisema pulmonar e bronquite crônica. Das mortes provocadas por esses problemas, 85% estão associadas ao cigarro. Ela geralmente se desenvolve depois de muitos anos de agressão aos tecidos do pulmão por causa das toxinas do cigarro.
Benefícios para quem para de fumar
  • Após 20 minutos sem fumar a pressão sanguínea volta ao normal;
  • 3 semanas sem cigarro resultam em uma circulação sanguínea adequada;
  • De 5 a 10 anos, o risco de infarto é o mesmo de uma pessoa que nunca fumou;
  • Pessoas que param de fumar aos 30 anos podem viver até dez anos mais;
  • Quem para de fumar se torna menos ansioso e diminui o risco de calvície.
Sete dicas para abandonar o vício:
  1. Em média, é na terceira tentativa que a interrupção definitiva é alcançada pelo paciente.
  2. Existem vários grupos de apoio antitabagistas para orientar os pacientes que desejam parar de fumar. As pessoas se reúnem em grupos de autoajuda no mínimo uma vez por semana. Em alguns casos essa frequência pode ser ajustada para mais dias por semana.
  3. No Brasil, o tratamento farmacológico é o mais conhecido e inclui o uso de adesivos e goma de mascar.
  4. O indivíduo deve evitar bebidas alcoólicas e café, pois essas bebidas estimulam a vontade de fumar.
  5. A abstinência é normal e dura somente alguns minutos. Neste momento, é aconselhável beber água, mascar chiclete ou comer algum doce.
  6. A prática de exercício físico contribui muito na melhora respiratória. As atividades mais indicadas são natação, caminhada, corrida e ciclismo.
  7. Se o tabagista está em tratamento é importante que a família e amigos saibam lidar com as possíveis recaídas.
  Um abraço! Boa viagem!

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