Com o aumento da mistura para 15%, o diesel exige mais cuidado com filtragem e armazenamento; Cresce o número de relatos de falhas na alimentação e entupimentos no sistema; o que realmente causa o problema?
Você já ouviu alguém dizer que “depois que aumentaram o biodiesel, o caminhão começou a dar problema”? Pois é, essa reclamação tem se tornado cada vez mais comum nas estradas e nas oficinas. Desde que o percentual de biodiesel na mistura nacional chegou a 15% (B15), transportadores, caminhoneiros e até donos de picapes a diesel começaram a notar um aumento nos casos de filtros entupidos, borra nos tanques e falhas na alimentação.
Mas será que o biodiesel é realmente o culpado por tudo isso? Ou estamos falando de um problema de manutenção e armazenamento que se intensificou com a nova composição do combustível? A resposta, segundo especialistas e fabricantes de componentes do sistema de alimentação, é clara: o biodiesel não é o vilão, mas exige cuidados que muitos ainda não adotaram. Por ser um combustível de origem vegetal, ele é mais higroscópico, ou seja, absorve mais água do ambiente, e tem maior sensibilidade à contaminação.
Essa característica torna o biodiesel mais suscetível à formação de micro-organismos, que se desenvolvem justamente na interface entre o combustível e a água. Essa colônia de bactérias e fungos, conhecida popularmente como “borra do biodiesel”, se acumula no tanque e pode se soltar, entupindo o filtro de combustível e prejudicando o funcionamento da bomba injetora.
Outro ponto crítico é a degradação natural do biodiesel ao longo do tempo. Diferente do diesel fóssil, ele tem um prazo de validade menor e sofre oxidação quando armazenado por longos períodos, especialmente se o tanque não estiver limpo e bem vedado. Essa oxidação gera partículas sólidas que também podem obstruir filtros e bicos injetores.
O resultado aparece na prática: motor falhando, consumo mais alto, perda de potência e luz de anomalia acesa no painel. Muitos motoristas associam isso à “má qualidade” do combustível, mas o problema, na maioria das vezes, está na falta de limpeza e filtragem adequada durante o manuseio e armazenamento.
Para entender melhor, basta observar o comportamento dos veículos que operam em frotas bem gerenciadas. Transportadoras que seguem um controle rigoroso de abastecimento e limpeza de tanques relatam índices de falha muito menores, mesmo com o uso contínuo de diesel B15. Isso reforça que a qualidade da gestão é tão importante quanto a do combustível.

Outro ponto importante é o uso de filtros adequados e de alta eficiência, especialmente nas etapas de pré-filtragem. Filtros especiais, como os da Ecofiltro, foram desenvolvidos justamente para esse novo cenário, onde o biodiesel demanda filtragem mais precisa e resistência à contaminação por água.
Esses filtros utilizam materiais que separam o combustível da umidade e retêm partículas menores, aumentando a durabilidade dos componentes e protegendo o sistema de injeção. Além disso, ajudam a manter a pressão correta de alimentação, evitando falhas que poderiam parecer problemas de bomba ou bico, mas na verdade são causadas por sujeira.
A manutenção também deve mudar com o novo cenário. O ideal é que os caminhoneiros e gestores de frota reduzam os intervalos de troca de filtro e adotem um cronograma de limpeza de tanques a cada 6 meses, especialmente em veículos que ficam longos períodos parados ou que operam com abastecimento fora de grandes redes.
Outro cuidado é o abastecimento em postos de confiança, que mantenham tanques limpos e sigam as normas de armazenamento da ANP. Um biodiesel contaminado desde a origem se degrada rapidamente, e nenhum sistema de filtragem será capaz de corrigir totalmente o problema. É importante lembrar que o aumento da mistura de biodiesel faz parte da estratégia nacional de descarbonização, reduzindo as emissões de gases de efeito estufa no transporte rodoviário.
Isso significa que, longe de ser um retrocesso, a medida é um avanço ambiental, mas que exige adaptação técnica por parte de quem vive na estrada. Com o B15, o Brasil dá mais um passo rumo à transição energética no setor de transporte, mas essa transição também passa por educação técnica e manutenção preventiva. O combustível é apenas um dos fatores da equação, o resto depende da forma como ele é cuidado.
Portanto, antes de culpar o biodiesel, vale revisar todo o sistema de alimentação: filtros, bombas, tanques e, principalmente, o hábito de manter o combustível limpo e renovado. Um simples descuido na filtragem pode gerar prejuízos que vão muito além de um tanque contaminado. No fim das contas, a pergunta “biodiesel estraga o motor?” tem uma resposta direta: não, desde que o motorista faça a parte dele. O biodiesel exige mais atenção, mas entrega um transporte mais limpo e eficiente, desde que o sistema esteja preparado para ele.

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