Considerada uma das mais movimentada do Brasil, unidade alfandegária pode passar a receber 2 mil caminhões por dia, se tornando o maior da América Latina; Investimentos podem passar de R$ 500 milhões 

Foz do Iguaçu está prestes a alcançar um novo patamar no setor logístico brasileiro com a construção do Novo Porto Seco, considerado um dos maiores investimentos logísticos do país em 2025. A obra, liderada pela Multilog — uma das maiores operadoras de logística integrada do Brasil — foi oficialmente lançada com a instalação da pedra fundamental no dia 4 de agosto. O novo complexo promete aumentar em 30% a capacidade de movimentação da atual estrutura, consolidando a cidade como referência na logística da Tríplice Fronteira.

Com aporte de R$ 500 milhões, o projeto visa a movimentação diária de até 2 mil caminhões, o que tornará a unidade a maior do gênero na América Latina, além de uma das maiores do mundo. Ao todo, estima-se que cerca de 3 mil empregos diretos e indiretos sejam gerados durante e após a implantação do novo terminal alfandegado, fortalecendo também a economia local.

Segundo Djalma Vilela, presidente da Multilog, o projeto foi concebido considerando as demandas atuais e futuras da logística nacional e internacional. “Quando fizemos o plano, olhamos as necessidades de crescimento dos nossos parceiros comerciais, incluindo Brasil, Paraguai e Argentina. Queremos um terminal à altura da importância da Tríplice Fronteira para o comércio exterior”, destacou.

A nova estrutura ocupará uma área de 550 mil m², com espaço para um moderno terminal de contêineres. A primeira fase da construção, que já teve início, contará com investimento inicial de R$ 240 milhões, destinados à infraestrutura do pátio de caminhões, garantindo eficiência no recebimento e despacho de cargas.


Além da ampliação da capacidade, o Novo Porto Seco contará com equipamentos de última geração. Serão implementadas balanças de alta precisão, scanners para inspeção, câmeras de vigilância avançadas, docas climatizadas e sistemas automatizados de identificação e pesagem de veículos. O projeto também prevê áreas de descanso e serviços voltados aos motoristas, melhorando a segurança e o conforto no transporte de cargas.

A escolha do local para o novo porto seco também foi estratégica. A área, localizada fora do perímetro urbano de Foz do Iguaçu, permitirá reduzir o tráfego de caminhões pesados nas principais avenidas da cidade, minimizando congestionamentos e melhorando a mobilidade urbana.

O governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior, participou do evento por meio de vídeo e celebrou o investimento. Segundo ele, a nova unidade trará “mais tranquilidade, segurança e eficiência no escoamento de cargas no Paraná, além de modernizar a fiscalização e facilitar o comércio internacional na região da Tríplice Fronteira”.

O projeto também foi enaltecido por autoridades locais. O prefeito de Foz do Iguaçu, General Joaquim Silva e Luna, afirmou que o empreendimento representa “um novo tempo para a cidade”, elevando seu protagonismo no cenário logístico nacional e internacional. Já Felipe Mendes Morais, auditor fiscal da Receita Federal, destacou que a atual unidade já movimenta quase 200 mil caminhões por ano e cerca de R$ 9 bilhões em mercadorias. Com a nova estrutura, a expectativa é de crescimento expressivo.



O terminal de Foz do Iguaçu é hoje considerado o mais movimentado do Brasil em volume de cargas liberadas. Com a nova estrutura, a cidade passará a ter ainda mais relevância no comércio exterior, atraindo novos investimentos e aumentando sua competitividade no cenário global.

Para os transportadores — especialmente caminhoneiros autônomos e empresas frotistas — a ampliação traz a expectativa de maior fluidez na liberação de cargas, menos tempo parado e mais segurança na operação. O novo complexo também pode melhorar a logística de exportação de produtos do Sul do país e reduzir gargalos operacionais.

Por fim, com a promessa de modernidade e integração logística, o Novo Porto Seco de Foz do Iguaçu se consolida como peça-chave na transformação do setor de transporte de cargas no Brasil. A iniciativa coloca o país em sintonia com os grandes centros logísticos internacionais, valorizando a região da Tríplice Fronteira como um dos eixos mais estratégicos do comércio sul-americano.

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