Entenda como a nova alteração no índice da mistura impacta no bolso do caminhoneiro, no motor do caminhão e no transporte pesado no Brasil. Medida passa a valer dia 1º de agosto
A mistura de biodiesel no diesel comum vai mudar novamente. O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) anunciou que a mistura obrigatória de biodiesel no diesel S-10 vai subir de 14% para 15% a partir de 1º de agosto de 2025. A medida, conhecida como B15, faz parte da estratégia do governo brasileiro para reduzir a dependência do petróleo e reforçar a segurança energética, principalmente diante do cenário global instável causado por novos conflitos no Oriente Médio. Mas a grande pergunta é: como essa mudança afeta o dia a dia de quem está na estrada?
Na prática, significa que a cada 100 litros de diesel S500 ou S10, 15 litros serão de biodiesel, um combustível renovável produzido, em sua maioria, a partir de óleo de soja. O (atualmente é B14, ou seja, 14 litros de biodiesel para cada 100). Isso reduz as emissões de gases poluentes, como o CO₂ e o material particulado, ajudando o setor a cumprir metas ambientais e se alinhar às novas exigências globais de sustentabilidade.Para frotistas e transportadoras que atuam com contratos internacionais ou ESG, essa é uma carta na manga. Já para o caminhoneiro autônomo, o que pesa mesmo é o impacto no bolso e no motor.
Do ponto de vista mecânico, a notícia é boa com ressalvas. O biodiesel tem um poder lubrificante maior, o que ajuda a preservar bombas e bicos injetores. No entanto, ele também é mais higroscópico, ou seja, absorve mais água, o que pode gerar borra no tanque e entupimento, principalmente em caminhões mais antigos ou com manutenção negligenciada. Quem roda com frequência e faz revisões em dia, provavelmente não vai sentir grandes mudanças. Mas para quem deixa o diesel parado por muito tempo ou roda pouco, vale ficar de olho nos filtros e no calendário de troca.
Percentual de biodiesel no diesel comum vem aumentando desde 2005. Nos últimos 10 anos, o aumento foi de 13%. Tendência é que aumento siga gradualmente nos próximos anos. Fonte: teccom10
E quanto ao custo do combustível? A variação do preço final depende de vários fatores — desde o preço da soja até a cotação do petróleo. O biodiesel costuma ser mais caro para produzir do que o diesel mineral, mas a lógica do B15 é diminuir a dependência de importações, o que pode equilibrar os preços a médio prazo. Segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), o custo do biodiesel no mix do B14 representava cerca de R$ 0,12 por litro, o que pode aumentar ligeiramente com o B15. Ou seja: pode subir centavos por litro, mas com impactos diluídos, principalmente se o barril de petróleo seguir em alta.
Outro ponto importante é a logística do abastecimento. Com a obrigatoriedade do B15, postos de combustíveis, distribuidoras e refinarias precisarão ajustar estoques e infraestrutura. É esperado que haja um esforço coordenado para manter a qualidade do combustível na ponta, mas o risco de encontrar diesel com problemas de mistura mal feita ainda existe em regiões mais remotas. A dica para o caminhoneiro é abastecer em postos confiáveis e acompanhar possíveis alertas da ANP ou do fabricante do veículo.
Em resumo, a chegada do B15 é um passo importante na transição energética do país, mas exige atenção redobrada do setor. Para o caminhoneiro, o impacto será sentido no tanque, na manutenção e no bolso — ainda que de forma moderada. A boa notícia é que é possível reduzir o “sofrimento” do o motor com o novo diesel, desde que a manutenção esteja em dia e o caminhoneiro utilize filtros de qualidade. O Brasil segue na dianteira da mistura de biodiesel entre os países produtores, e o transporte pesado, mais uma vez, carrega nas costas (e nos eixos) a responsabilidade de mover a economia com menos emissões.
O que muda na prática para transportadoras, caminhoneiros e motoristas autônomos?
O aumento para B15 exige mais atenção à manutenção preventiva. Para quem roda muito, o impacto é pequeno, mas quem deixa o caminhão parado pode enfrentar entupimentos e formação de borra. Transportadoras precisam ajustar protocolos de inspeção e abastecimento. Já o autônomo deve se preocupar em manter filtros e tanques limpos e abastecer em locais confiáveis. A questão é que do ponto em que estamos em relação à mistura do biodiesel, não há mais retorno. Ou seja, a tendência é que essa porcentagem de mistura cresça cada vez mais.
Em relação a novos veículos, as montadoras vão desenvolver soluções para que o veículo se adapte a diferentes misturas de diesel (o que já existe no Brasil com o novo Volvo FH B100). E as empresas de peças de reposição terão de criar produtos - em especial filtros, bicos, bombas, etc - para atuação com diferentes percentuais de misturas, para que os veículos mais antigos possam fazer manutenções nesses pontos.
Já o impacto financeiro direto deve ser pequeno, entre R$ 0,01 e R$ 0,02 por litro. No entanto, esse valor pode variar conforme os custos da cadeia do biodiesel (principalmente o óleo de soja) e o mercado internacional do petróleo. Apesar disso, a promessa do governo é que o B15 ajude a conter aumentos maiores no futuro.
Os principais desafios técnicos e operacionais do uso de biodiesel em frotas, especialmente no transporte rodoviário de cargas, está na exigência de um cuidado maior com armazenamento (para evitar absorção de água), limpeza de tanques e troca de filtros com mais frequência. Em locais com baixa rotatividade ou infraestrutura precária, o risco de mistura mal feita também é maior, exigindo mais vigilância dos gestores de frota e dos motoristas.
♦ Recomendações práticas para o caminhoneiro:
- Abasteça em postos de confiança - Hoje em dia, as avaliações no Google ajudam muito a saber se um posto é confiável ou não. Enquanto prepara a rota, dê uma pesquisada nos melhores postos do caminho.
- Não deixe diesel parado por muito tempo - O biodiesel absorve água e pode formar borra. Se for deixar o caminhão parado por mais de 5 dias, evite abastecer até a boca. Diesel com biodiesel se deteriora mais rápido.
- Trocar filtros no prazo recomendado - Siga sempre as orientações de vida útil dos produtos e prefira marcas com filtros especiais para biodiesel
- Verificar tanques e bicos em manutenção preventiva - Não deixe de fazer a manutenção preventiva do caminhão e certifique dos prazos para limpeza do tanque
- Acompanhar boletins da ANP e orientações do fabricante - Esteja sempre informado sobre as notícias relacionadas a combustíveis, em especial, aumento e queda do diesel.
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