Apenas 8% dos motoristas no Brasil estão na faixa etária até 30 anos: cenário preocupa o Sindicato das Empresas de Transportes de Carga e Logística no Rio Grande do Sul (SETCERGS)
A profissão de caminhoneiro no Brasil enfrenta um desafio crescente: a falta de renovação da mão de obra. Com uma população de motoristas cada vez mais envelhecida e a pouca adesão dos jovens à atividade, o setor de Transporte Rodoviário de Cargas (TRC) acende um sinal de alerta. O país vive uma crescente urgência em atrair jovens para essa profissão essencial para o transporte de cargas no país.
De acordo com pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) em 2019, a faixa etária predominante é de 40 a 49 anos (29,6%). O perfil de motoristas com até 29 anos representa apenas 8,9% do total. Porém o que também preocupa é um grande volume de profissionais nas faixas etárias mais avançadas e que se encaminharão para o processo de aposentadoria dificultando a renovação da força de trabalho no setor.
Entre os principais fatores que afastam os jovens da profissão estão as condições de trabalho, a falta de infraestrutura nas estradas e os altos custos para obter a habilitação e as certificações necessárias. Diferente de outras gerações, os jovens de hoje buscam maior qualidade de vida e oportunidades em setores com melhores condições de trabalho. Além disso, a insegurança nas rodovias, com altos índices de roubo de cargas, também pesa na decisão de não ingressar na carreira.
Gustavo Krás, coordenador do núcleo COMJOVEM Porto Alegre, atribui essa escassez de novos motoristas também a fatores como as mudanças nas profissões ao longo do tempo e o desinteresse da juventude pela atividade: “A juventude atual tem um pensamento diferente. Para ser motorista, é necessário ser desprendido, pois a profissão exige viagens longas, distantes da família e dos amigos. A fase jovem está muito voltada para os entretenimentos, e isso faz com que a profissão perca apelo”, analisa Krás.
O presidente do SETCERGS, Delmar Albarello, salienta outro aspecto crítico: as mudanças na legislação que afetam diretamente a profissão, como a lei que estabelece o descanso obrigatório no sétimo dia de trabalho: “Essa mudança imposta pela Lei do Motorista dificulta a possibilidade de descanso do profissional, que, muitas vezes, não pode mais aproveitar o tempo com a família. Isso pode resultar em desmotivação e dificuldades para atrair novos motoristas no futuro”, destaca.
Para tentar reverter esse cenário, algumas transportadoras e entidades do setor têm investido em programas de capacitação e incentivo para jovens motoristas. Iniciativas como cursos profissionalizantes, parcerias com autoescolas e subsídios para a obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) categoria E começam a surgir como alternativas para atrair novas gerações. Algumas empresas também têm apostado na modernização da frota, incorporando caminhões mais confortáveis e tecnologicamente avançados para tornar a profissão mais atrativa.
Gustavo Krás defende que a profissão de caminhoneiro continua sendo uma boa oportunidade. Apesar das dificuldades impostas pela legislação, a profissão ainda oferece bons salários, principalmente para quem não tem curso superior ou uma formação básica. Para motoristas sem qualificações específicas, os ganhos podem ser muito bons, o que pode ser atrativo para muitos jovens que buscam uma carreira sólida e bem remunerada. Ele acredita que, para o setor se fortalecer e conseguir atrair mais jovens, é fundamental começar a mudança desde a base.
Outro ponto crucial é a valorização financeira e social da categoria. Apesar da importância vital dos caminhoneiros para a economia, os salários e os benefícios oferecidos muitas vezes não condizem com a responsabilidade da função. Políticas de incentivo, como redução de tributação para caminhoneiros autônomos e melhores condições de trabalho, poderiam atrair mais jovens para o setor e garantir a continuidade da atividade.
“Precisamos implementar projetos nas escolas para mostrar aos jovens as vantagens da profissão, os benefícios financeiros e a qualidade de vida que ela proporciona. A sociedade precisa entender que ser caminhoneiro pode ser uma escolha de carreira muito interessante”, afirma Gustavo Krás
Outro ponto importante destacado é o avanço tecnológico no setor. Hoje em dia, muitos caminhões são equipados com tecnologia de ponta, tornando a profissão mais atraente. Os motoristas têm à disposição ferramentas modernas e confortáveis, o que transforma o trabalho em uma experiência mais agradável e menos árdua.
Se medidas não forem tomadas com urgência, o Brasil pode enfrentar uma crise de escassez de caminhoneiros em um futuro próximo, impactando diretamente o abastecimento de produtos e a economia nacional. O momento exige ação coordenada entre governo, transportadoras e entidades do setor para tornar a profissão mais acessível, segura e valorizada para as novas gerações.
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