Fabricante sueca inova com o X-gas, uma solução ainda mais adequada ao mercado brasileiro; marca também anuncia que potência de 460cv a gás chegará ao longo de 2024

A Scania está há alguns anos investindo na transição energética e nesta quarta,  surpreendeu o mercado ao apresentar o Scania X-gas, o primeiro caminhão do Brasil com autonomia de 900 km movido a gás natural veicular e/ou biometano. A montadora também anunciou novidades para os clientes que se preocupam e se interessam pela descarbonização do setor. 

O Scania X-gas é um modelo G 410 8x2, com chassi rígido. Seu motor dispõe de 410 cavalos de potência e desenvolve um torque de 2.000Nm. O projeto do caminhão é brasileiro, e de forma pioneira, a empresa também confirma que ao longo de 2024, chegará ao país mais uma opção para a família a gás: o motor de 460 cavalos de potência.

Chamando a atenção pelo tamanho e imponência, o pesado foi pensado para atender as mais diversas áreas do transporte brasileiro. A distância entre-eixos é de 6.950mm, o que permite acomodar nas laterais da longarina 16 cilindros de gás, oito de cada lado. São oito cilindros com capacidade de 118l e outros oito de 95l. 

Para se ter ideia de comparação com o atual caminhão a gás disponível, o entre-eixos é de 3.750mm (ou 3.950mm) com oito cilindros, quatro de cada lado nas laterais da longarina, com opção de 118l ou 95l, que propiciam um volume total de 226 metros cúbicos ou 182 metros cúbicos, para uma autonomia entre 400 a 500 km.

O volume total suporta impressionantes 406 metros cúbicos de gás, o que possibilita o propulsor a levar o produto por cerca de 900 km. A composição poderá carregar até 30 pallets, seguindo a lei, com implementos do tipo Romeu e Julieta (caminhão trucado (6x2) mais um reboque) – com capacidade de até 56 toneladas – ou na configuração de rodas 8x2 com 29 t de peso bruto total combinado (PBTC).

Marcelo Gallao, diretor de Desenvolvimento de Novos Negócios da Scania Operações Comerciais Brasil, afirma que o novo caminhão é uma mudança para a transição energética no país: “O Scania X-gas é um orgulho para a engenharia brasileira da marca e um projeto que pretende mudar o perfil do transporte mais sustentável no país. Já estamos fazendo sucesso com os modelos de 410cv, vendidos desde 2019”. 

O executivo destaca que , a partir do último trimestre de 2023, este novo modelo já poderá ser vendido, seguindo todas as normativas de homologação. Porém, reforça que depois de apresentado, é o momento de receber encomendas:  “Desde o lançamento da linha movida a gás, ouvimos pedidos dos clientes para uma opção com maior autonomia. Está chegando este momento”. 

Gallao comenta que os próprios clientes pediam uma solução semelhante a essa para poder operar em rotas mais longas e ganhar maior flexibilidade no abastecimento, já que o fornecimento do gás está avançando a cada ano. O diretor analisa que a cadeia do biometano, combustível 100% sustentável, também está se expandindo, porém em passos mais curtos: “A Scania é quem começou a puxar esta tendência, e segue protagonista desde 2014, atraindo cada vez mais parcerias com clientes, embarcadores, poder público e distribuidores e produtores de gás e biometano”, salienta.
 

Caminhões a gás e/ou biometano: ‘Aqui e Agora’ para a realidade brasileira

Uma das fabricantes líderes no desenvolvimento de soluções para uma melhor transição energética, a Scania segue firme em seu propósito de desenvolver um sistema de transporte mais sustentável. Na visão da empresa, os veículos elétricos são o futuro, mas a passagem do modal diesel deve ter a solução a gás como intermediária, da mesma forma como tem sido na Europa. No Brasil, a Scania é pioneira na introdução de caminhões movidos a gás natural veicular (GNV) ou liquefeito (GNL) e/ou biometano e já vendeu cerca de 700 modelos, desde 2019.

Os motores já são Euro 6 desde a chegada ao país junto da Nova Geração, em 2018. Suas potências não mudaram. As apostas continuam sobretudo na potência de 410cv e também na opção de 340cv. O R 410 6x2 e o P 340 4x2 podem transferir cargas de até 58 toneladas em médias e longas distâncias em conjuntos de três ou quatro eixos.

Os pioneiros Scania movidos a gás têm motores Ciclo Otto (o mesmo conceito dos automóveis), são movidos 100% a gás natural e/ou biometano, ou mistura de ambos, não são convertidos do diesel para o gás, têm garantia de fábrica, tecnologia confiável e desempenho consistente e força semelhante ao diesel. Além de serem mais silenciosos. A segurança é total em caso de acidentes ou explosão. 

Os cilindros e válvulas são certificados pelo Inmetro (em conformidade com a lei). São três válvulas (vazão, pressão e temperatura) que liberam o gás em caso de anomalia em um destes três quesitos. Os cilindros são extremamente robustos (o material é de ogivas de mísseis). Em caso de incêndio ou batida o gás é liberado para a atmosfera e se dissolve sem perigo de explosão ao contrário de um veículo similar abastecido a diesel que é mais perigoso, pois o líquido fica no chão ou em cima do caminhão.

Com presença em mais de 100 países, o propósito da Scania, que faz parte do Grupo Traton, é conduzir a mudança para um sistema de transporte e logística sustentável, contribuindo para um mundo melhor para os negócios, para a sociedade e para o meio ambiente. Por isso, a Scania vem desenvolvendo soluções inovadoras e se tornado uma das referências mundiais em soluções de transporte sustentável, além de ser uma das principais fabricantes de caminhões pesados, ônibus e de motores industriais.

Fomos convidados pela Scania para conhecer de perto essa nave monstra. Conversamos com o Marcelo Gallao, que nos explicou detalhes do veículo, requisistos de segurança, melhores aplicações para ser utilizado, entre outras coisas importantes. Se você gosta de caminhões Scania, e se interessa pelo assunto da transição energética, esse vídeo é para você. Dê um play, confira a conversa e não deixe de comentar o que achou. 

O que achou do caminhão? Acredita que seja mais um passo para a expansão de caminhões a gás no Brasil? Participe com a gente e fique ligado em nossas redes sociais.