Falta de suprimentos e retração econômica do país têm sido obstáculos para a indústria chilena

Na última coletiva de imprensa realizada pela ANFAVEA para falar sobre os números da indústria automotiva no Brasil, os diretores do órgão foram muito claros em relação ao impacto que a falta de suprimentos e a crise econômica que o país passou na produção e venda de veículos. Mas, esses problemas não são exclusivos do Brasil. A América do Sul como um todo vem enfrentando momentos de altos e baixos na indústria. 

O Chile é um exemplo disso. Em consequência da retração da economia que o país passou a enfrentar neste segundo semestre, o mercado de veículos comerciais sofreu uma queda na comercialização.  Segundo dados da ANAC (Associação Nacional Automotriz do Chile), foram 1.795 unidades comercializadas em novembro, contra 1.946 unidades no mesmo mês de 2021, com queda de 7,6%.

Afetado por esse momento complicado, o mercado de caminhões registrou, em novembro, queda de vendas de 29,9% com 1.219 unidades em comparação com os 1.740 veículos registrados em novembro de 2021 e 10,6% abaixo dos 1.363 caminhões registrados em outubro último. A queda só não foi maior porque o segmento de ônibus foi o único que apresentou crescimento e compensou em parte a queda do setor de caminhões. Foram 576 unidades contra 206 no mesmo mês do ano passado, com um incrível aumento de 179,6%.

Marcopolo segue intensificando suas atividades no mercado internacional e ampliando suas exportações para diversos países, sobretudo os da América do Sul, como o Chile. Venda de ônibus apresentou um grane aumento, enquanto que mercado de caminhões apresentou queda. 

Em vendas acumuladas, o mercado chileno de veículos comerciais manteve, até novembro, elevação, com crescimento de 3,0% em relação ao período de janeiro a novembro de 2021, com 17.402 unidades, contra 16.888, graças ao forte aumento na entrega de ônibus, que atingiu 2.687 unidades, 61,6% acima dos 1.663 veículos vendidos no mesmo período de 2021. Essa marca ainda é 17,5% inferior ao resultado de 2019 quando, de janeiro a novembro, foram vendidos 3.257 veículos.

O segmento de caminhões sofreu retração de 3,3% em vendas acumuladas de 14.715 unidades, em comparação com os 15.225 veículos vendidos em igual período do ano passado. Segundo a Anac, o grande impulsionador das vendas de ônibus foi o sistema de transporte coletivo urbano de Santiago, o Red Movilidad, que demandou este ano 1.028 novas unidades, contra apenas 24 no mesmo período de 2021.

No mercado geral de caminhões, a Scania liderou as vendas com 1.836 veículos e também no segmento de pesados, com 1.834 unidades. A JAC comandou as vendas no segmento de caminhões leves, com 387 unidades. E a Hino, com 848 veículos, liderou o segmento de médios.

A Scania Chile mantém a liderança em vendas de caminhões pesados, com 293 unidades acumuladas e 20,2% de market share no segmento. Créditos: Autocosmos/Chile

Por segmento, foram as seguintes as empresas que mais se destacaram:
 

Segmento leve:

1 – JAC, 387 unidades

2 – Foton, 289

3 – Hino, 270 unidades

Segmento médio:

1 – Hino, 848 unidades

2 – Chevrolet, 831

3 – Fuso, 731

Segmentos pesado:

1 – Scania, 1.834 unidades

2 – Mercedes-Benz, 1.713

3 – Volvo, 1.642 unidades

Marcas                                   

1 – Scania, 1.836 unidades

2 – Mercedes-Benz, 1.813                            

3 – Volvo, 1.642                               

4 – Volkswagen, 1.492                                 

5 – Hino, 1.275

6 – Chevrolet, 1.158

7 – Fuso, 876

8 – JAC, 713

9 – Foton, 646

10 – Freightliner, 554 unidades

Mercado de ônibus

1 – Volvo, 655 unidades

2 – Mercedes-Benz, 581

3 – Scania, 524

4 – Foton, 256

5 – Fuso, 138

6 – Yutong, 74

7 – Volkswagen, 46

8 – Agrale, 38

9 – Hyundai, 34

10 – King Long, 33 unidades

Fonte: https://www.truckandbusbuilder.com.br/no-chile-aumenta-venda-de-onibus-e-cai-de-caminhoes/