Característica da pista goiana exige muito das pastilhas de freios dos trucks

A quarta etapa da Copa Truck será quente em Goiânia, e não vai ser só pelo motor dos pesados acelerando. Neste final de semana, a previsão do tempo aponta máxima de 32 graus, com umidade relativa do ar em apenas 35%. O resultado: Sol e calor impactam na temperatura da pista e na eficiência da frenagem na etapa da Copa Truck, onde o poder dos freios é fundamental.

O Autódromo Internacional Ayrton Senna, em Goiânia (GO), vai ser palco de mais uma disputa apertada pela liderança da tabela, com Beto Monteiro apenas dois pontos à frente de Wellington Cirino, e apenas 14 à frente de Felipe Giaffone, o terceiro colocado. As corridas do fim de semana começam a partir das 12h10, com transmissão ao vivo de Band, canais SporTV e YouTube oficial da categoria.

O circuito de 3.835 metros é conhecido por ser bastante exigente com os freios. Sua longa reta principal, de mil metros de extensão, obriga os pilotos a uma forte frenagem para a primeira curva do traçado, para a qual os caminhões reduzem em 200 metros a velocidade de 190 para 100 km/h – os bólidos chegariam a cerca de 230 km/h ao final da reta, não fosse pelo radar no qual os pilotos têm de passar a 160 km/h, uma medida imposta pelo regulamento para a redução de emissões.

O miolo do circuito também é bastante técnico, com a freada da última curva do traçado, que antecede a reta, em que os pilotos reduzem de 170 para 80 km/h em apenas cinco segundos e 180 metros. A exigência é tanta, que as pastilhas podem chegar a picos superiores a 900 graus em regime de prova.

Para garantir um espetáculo seguro, a Fras-le, maior fabricante de materiais de fricção da América Latina e um dos líderes mundiais, é a fornecedora oficial de pastilhas de freio para a Copa Truck, e que de acordo com os pilotos e engenheiros, proporciona eficiência e segurança nas frenagens dos caminhões mais rápidos do planeta.

José Augusto Dias, o Jô, piloto do Volkswagen 81 da R9 Competições, e que compete na classe Super Truck, falou sobre sua experiência com a pista: "A pista de Goiânia é mista, com uma das maiores retas do calendário e um miolo bem travado, com curvas de baixa. Alcançamos até 230 km/h, e com uma freada muito forte no fim da reta e na entrada do miolo, onde dependemos da qualidade das pastilhas de freio, que são submetidas a altas temperaturas”, explica. 

O piloto ressalta que a pastilha precisa ser de boa qualidade e desde que passou a usar o material da Fras-le, a durabilidade e a qualidade da frenagem melhoraram muito: “É uma pastilha que dissipa o calor muito bem e isso foi um ótimo ganho para a categoria. Ano passado os caminhões perderam potência por força do regulamento, mas graças as pastilhas da Fras-le nós conseguimos superar isso e os tempos de volta são iguais aos que tínhamos antes com mais potência, porque estamos freando mais próximos das curvas. A capacidade de frenagem melhorou muito, especialmente durante as corridas", destacou 

Nas três etapas realizadas até agora, em Santa Cruz do Sul (RS) e em São Paulo (SP), o vice-líder Wellington Cirino foi quem mais venceu corridas, com três vitórias; Roberval Andrade, Paulo Salustiano e o líder Beto Monteiro venceram uma cada. Monteiro (Volkswagen) soma 103 pontos, contra 101 de Cirino (Mercedes-Benz) e 89 de Giaffone (Iveco).

A programação prevê dois treinos livres para sexta-feira (3) e uma sessão livre mais a classificação às 13h30 de sábado (4). No domingo (5), a primeira largada acontece às 12h10 com transmissão ao vivo pela Band, SporTV e pelo YouTube oficial da Copa Truck.

Roberval Andrade, ASG Motorsport, que corre com o Mercedes-Benz #15, falou das características dessa etapa: "A pista de Goiânia tem uma das maiores retas do Brasil, onde o Truck alcança 230 km/h, com uma freada muito brusca para a primeira curva”, conta o piloto.

Para ele, as pastilhas são fundamentais para as performances dos pesados: “As pastilhas da Fras-le nos trazem segurança em poder parar cinco toneladas em 200 metros. Temos ótima potência com os motores Mercedes, mas para usar toda essa velocidade, ter um bom conjunto de freios é tão essencial quanto”, explica Roberval. 

A pista de Goiânia na ótica da FRAS-LE

"O circuito de Goiânia tem como principal fator o de possuir uma das maiores retas do Brasil, que mesmo com o radar de 160 km/h, ainda permite o desenvolvimento de velocidades de até 220 km/h”, conta Roger Lusa dos Santos, Engenheiro de Aplicação da Fras-le. De acordo com o engenheiro,para que se alcance essas velocidades, os freios precisam estar 'em dia' para fazer essa frenagem mais 'brusca' e garantir o contorno seguro da curva 1. 

Roger explica que as demais curvas, combinadas com o clima quente de Goiânia, irão dificultar o resfriamento do sistema, porém, as pastilhas da Fras-le darão conta do recado e irão garantir a performance, durabilidade e segurança a todos os pilotos. 

Veja mais informações da próxima etapa em Goiânia:

4ª Etapa – Copa Truck 2022
 

Autódromo Internacional de Goiânia

Extensão: 3.835 metros

Curvas: 12 (7 à direita e 5 à esquerda)

Inauguração: 1974

Previsão climática: Mínima de 17ºC e Máxima de 32ºC; com clima majoritariamente ensolarado, sem previsão de chuvas e baixa umidade relativa do ar (alerta amarelo).

PROGRAMAÇÃO DA ETAPA

Sábado, 4 de Junho

09h50: Treino Livre 3

13h30: Classificação

Domingo, 5 de Junho

08h10: Warmup

12h10: Corrida 1

12h45: Corrida 2

Classificação extra-oficial do campeonato (Top-10):

1. Beto Monteiro, 103 pontos

2. Wellington Cirino, 101

3. Felipe Giaffone, 89

4. Debora Rodrigues, 74

5. Paulo Salustiano, 72

6. Roberval Andrade, 56

7. Luiz Lopes, 53

8. Adalberto Jardim, 49

9. Regis Boessio, 46

10. Jaidson Zini, 42

Veja em nosso Instagram um vídeo exclusivo com uma explicação bem detalhada do principal ponto de frenagem, narrado pelo piloto Roberval Andrade.