A Rodovia Índio Tibiriçá, também conhecida como SP-31, é uma das principais vias de acesso à Suzano, ABC Paulista e à Estrada Velha de Santos, sendo uma das principais para o escoamento de mercadoria por transporte terrestre e escoamento de produtos para o interior do país saindo da capital paulista.
Ela leva o nome de um importante líder indígena da região que vive há alguns séculos e que lutou muito pelos moradores daquele território. Para conhecer mais sobre a rodovia e sobre o indivíduo do qual ela leva o nome, continue lendo essa matéria.
Sobre a rodovia
A Rodovia Índio Tibiriça foi inaugurada em 13 de março de 1970 e conta com 37 km de extensão, passando por diversos municípios da região metropolitana de São Paulo. Ela é uma rodovia transversal administrada pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de São Paulo (DER-SP) e passa por trechos urbanos, trechos de Mata Atlântica e também conta com espaço para ciclistas se exercitarem nas margens da pista.
Em 2019 a rodovia recebeu um investimento de mais de R$19 milhões de reais a fim de realizar algumas obras e melhorias na via. As intervenções beneficiam 1,9 milhão de habitantes do entorno e mais de 16 mil motoristas que utilizam a via diariamente.
A obra foi entregue já em 2020 e neste período foi feito recuperação da pista com aplicação de microrrevestimento, em uma extensão total de 37,2 quilômetros ao longo de quatro municípios e ainda incluiu nova sinalização, com tachões refletivos e equipamentos de segurança como defensas e muretas de concreto.
Quem foi Tibiriçá
O nome da rodovia é uma homenagem ao índio tupiniquim Tibiriçá, que teve papel destacado nos eventos relacionados à fundação da atual cidade de São Paulo, em 1554. De acordo com registros históricos, Tibiriçá foi o principal líder indígena do Planalto de Piratininga, sendo identificado como cacique da aldeia de Inhapuambuçu.
Segundo historiadores, ele teria sido convertido ao catolicismo e batizado pelo padre português José de Anchieta ainda na época da chegada dos colonizadores. Depois disso ele passou a ser chamado de Martim Afonso Tibiriçá, em homenagem ao fundador da Vila de São Vicente, Martim Afonso de Sousa.
Escultura do Cacique Tibiriça, na cidade de Suzano. Foto: Divulgação
Tibiriçá também teria colaborado nas fundações da Vila de São Paulo dos Campos de Piratininga, atual capital paulista, em 1553, e do Colégio dos Jesuítas, em 1554, sendo que depois disso ele teria se estabelecido onde hoje está localizado o Mosteiro de São Bento.
Ele também foi um dos personagens que defendeu a vila dos jesuítas no “cerco de Piratininga”, em 1562, quando outros povos indígenas atacaram o local por não concordarem com a aproximação dos estrangeiros. Tibiriçá e seus aliados saíram vitoriosos desse embate.
Apesar disso, no mesmo ano o líder indígena faleceu em São Paulo e foi sepultado na Catedral Metropolitana de São Paulo, localizada na Praça da Sé.
O batismo da rodovia veio somente em 1983, no projeto de lei nº. 215, como uma forma de homenagear toda a população indígena do país. O PL foi aprovado e converteu-se na lei 3.931 de 2 de dezembro de 1983 e colocou oficialmente o nome de Tibiriçá nessa via tão importante para a cidade.
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