De acordo com a empresa, o preço do litro do combustível no atacado passará de R$ 4,51 para R$ 4,91, um aumento de R$ 0,40 a partir de amanhã (10) - Foto: Divulgação Petrobras

A Petrobras, a maior empresa de fornecimento de derivados de petróleo do país, anunciou nesta segunda-feira (09 de maio), o aumento de quase 9%, - 8,87% para ser mais preciso - no preço do diesel para as distribuidoras, o que deve refletir em um aumento de aproximadamente R$0,40 por litro, com o preço final para o consumidor chegando próximo aos R$ 5,00 por litro.

A mudança deve começar a valer a partir do dia 10 de maio e aconteceu, segundo a empresa, depois de mais de 60 dias sem nenhum tipo de reajuste. Com o reajuste, a mistura obrigatória de 90% de diesel A e 10% de biodiesel passará a custar para a distribuidora R$ 4,42 por litro, em vez dos atuais R$ 4,06, uma alta de R$ 0,36. Enquanto isso, a gasolina e o gás GLP não sofreram alterações nos preços.

Vale lembrar que esse aumento é referente aos valores repassados às distribuidoras, sem somar a margem de lucro e outras despesas dessas empresas, que também vão repassar os valores aos clientes, que podem ser bem maiores do que esses R$0,40.

Foto: Divulgação Petrobras

Justificativa da Petrobras

A empresa justifica o aumento informando que o balanço global de diesel está sendo impactado, nesse momento, por uma redução da oferta frente à demanda. “Os estoques globais estão reduzidos e abaixo das mínimas sazonais dos últimos cinco anos nas principais regiões supridoras. Esse desequilíbrio resultou na elevação dos preços do diesel no mundo inteiro, com a valorização deste combustível muito acima da valorização do petróleo. A diferença entre o preço do diesel e o preço do petróleo nunca esteve tão alta”, informa a empresa na nota divulgada à imprensa.

A mistura obrigatória de 90% de diesel A e 10% de biodiesel passará a custar para a distribuidora R$ 4,42 por litro, em vez dos atuais R$ 4,06, uma alta de R$ 0,36. - Foto: Unsplash

Eles ainda informam que suas refinarias estão operando próximo ao nível máximo e que o refino nacional não tem capacidade de atender a toda a demanda do país. “Dessa forma, cerca de 30% do consumo brasileiro de diesel é atendido por outros refinadores ou importadores. Isso significa que o equilíbrio de preços com o mercado é condição necessária para o adequado suprimento de toda a demanda, de forma natural, por muitos fornecedores que asseguram o abastecimento adequado”, explica a Petrobras na nota.

Impacto para os caminhoneiros

Aumento incomoda caminhoneiros, pois impacta diretamente nos custos finais do transporte. Foto: Unsplash

E o aumento dos combustíveis nos últimos anos vem sendo a principal motivação para caminhoneiros autônomos deixarem a profissão, segundo um levantamento da Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT). Ainda de acordo com eles, há cinco anos, o Brasil tinha 919 mil caminhoneiros sem vínculos com transportadoras, e no último ano a agência estima que o número caiu para 696 mil motoristas.

Para evitar ainda mais essa evasão, o Governo Federal está estudando algumas mudanças nas regras de compensação dos preços dos combustíveis em contratos de afretamento de transporte rodoviário.

A intenção é deixar o modelo brasileiro mais parecido com o que é feito nos Estados Unidos, garantindo o preço do frete para o caminhoneiro pelo preço final, quando da entrega da mercadoria.

Nova alta do preço do Diesel preocupa caminhoneiros. Altos custos com o transporte tem feito um grande número de caminhoneiros autônomos deixarem a profissão. Foto: Divulgação.