A categoria protesta principalmente pela redução dos preços dos combustíveis
Os caminhoneiros tanqueiros, que transportam os combustíveis no Brasil, estão paralisados hoje, em 6 Estados brasileiros. A greve foi anunciada ontem (20), e reivindica um possível desabastecimento por cortes da Petrobras a distribuidoras, além da redução dos preços do diesel, gás de cozinha, gasolina e outros derivados do petróleo.
De acordo com o presidente da associação das empresas transportadoras de combustíveis e derivados do petróleo do Rio de Janeiro (Associtanque-RJ), Ailton Gomes, a paralisação ocorre em toda a região sudeste do país. A categoria reivindica redução no preço do diesel e pede redução de impostos federais e estaduais, alegando que os governos jogam a responsabilidade um para o outro e o preço não é reduzido.
Os grupos de caminhoneiros autônomos têm ensaiado novas paralisações desde o primeiro semestre, em meio a reivindicações de direitos para os motoristas independentes e diminuição do preço dos combustíveis. A Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Autônomos (ABRAVA) comunicou, em nota, que a redução de combustíveis nos postos afetarão diretamente os trabalhadores autônomos, com novas altas nos preços. A frente parlamentar dos caminhoneiros alertou o presidente Jair Bolsonaro na última terça-feira (19) em um ofício que acusa a Petrobras de medidas anticompetitivas que prejudicam os motoristas.
A maior concentração de caminhoneiros é no Rio de Janeiro, com aproximadamente 1.500 veículos parados de 300 companhias. Os protestos se concentram próximos à Reduc (Refinaria de Duque de Caxias). Há expectativa de paralisação também nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Goiás e parte da Bahia, coordenados pelos sindicatos empresariais. Em território paulista, manifestações de trabalhadores devem se dar na região da Replan (Refinaria de Paulínea) e no Porto de Santos.
Além da reivindicação da diminuição do preço do diesel, os caminhoneiros reivindicam também a "defesa da constitucionalidade do Piso Mínimo de Frete" e o retorno da aposentadoria especial após 25 anos de contribuição ao INSS. A greve não é apoiada pela Abcam (Associação Brasileira dos Caminhoneiros).
Grupos de caminhoneiros anunciaram para 1º de novembro uma greve geral, que, segundo o diretor da CNTTL (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística), Carlos Alberto Litti Dahmer, deve abranger 70% do setor, caso as reivindicações da categoria não sejam atendidas pelo governo federal.
Para o presidente da Associtanque, a paralisação será o estopim dos protestos contra os reajustes dos preços dos combustíveis, pois segundo ele, as empresas estão acumulando prejuízos e os preços dos alimentos continuam aumentando por causa do encarecimento do transporte.
O grupo que decidiu pelo estado de greve conta com a CNTTL (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística), o CNTRC (Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas) e com a Abrava (Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores).
Greve geral está prevista para dia 1° de novembro e expectativa é de abranger 70% do setor
Direto da redação do Planeta Caminhão
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