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Falta de componentes reduz produção de caminhões

Falta de componentes reduz produção de caminhões

Indústria automotiva diminuiu a produção devido a falta de semicondutores

É fato que ninguém esperava por uma crise tão forte, como a trazida pela pandemia da Covid-19, que trouxe também várias consequências para muitos setores da economia. Na indústria automotiva, segundo a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), entre 100 mil a 120 mil veículos deixaram de ser fabricados nos seis primeiros meses do ano, devido a falta de componentes.

Para o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, esse problema afeta todos os países produtores e tem impedido a plena retomada do setor automotivo. No caso desse setor, o primeiro declínio foi na produção em relação à demanda. Com as incertezas sobre como as coisas iriam funcionar, comprar veículos novos definitivamente não era a ideia principal. Com o passar do tempo e a adaptação dos setores às condições atuais, houve o início de uma recuperação econômica, mas logo na sequência, outro impacto negativo e queda.

Os impasses na logística internacional, geraram inúmeros atrasos nas entregas e também dificultaram o transporte no mercado interno. A queda que ocorreu em setembro, devido especialmente à atual crise de fornecimento dos semicondutores, teve impacto na fabricação de veículos no mundo todo. Ao todo, 173,3 mil unidades foram produzidas no último mês, o que corresponde a uma diminuição de 21,3% sobre setembro do ano passado, que alcançou as 220,2 mil. Nos nove meses deste ano, a indústria fabricou 1,649 milhão de unidades, uma expansão de 24% em relação ao 1,330 milhão produzido no ano passado.

Mesmo com o número positivo no acumulado, o resultado ainda está bem abaixo do desejado e esperado. O volume fabricado até setembro foi puxado pelos veículos comerciais leves (+46,5%) e pelos caminhões (+103,7%). Ao final de 2021, a produção total brasileira deve fechar com 2,129 milhões de veículos fabricados, um aumento de 6% a 10% no comparativo com o ano anterior.

Vendas de caminhões aponta alta

Enquanto a venda de veículos leves não decola, a produção e venda de caminhões tem se destacado como o ponto positivo do setor automotivo. A produção de 74,7 mil unidades no primeiro semestre é a melhor desde 2014 nesse período, assim como as 58,7 mil unidades licenciadas de janeiro a junho. De acordo com a Anfavea, o que favorece o desempenho dos caminhões é o agronegócio e o e-commerce, atividades que cresceram durante o período de pandemia.

O segmento mais representativo é o de caminhões pesados, com 6.334 unidades em setembro e 57.738 no acumulado do ano, seguidos pelos semipesados, com 4.338 unidades em setembro, e 34.126 no ano. Em terceiro lugar ficam os leves, com 2.088 unidades no mês passado e 19.077 nos nove meses de 2021.

Ainda de acordo com a Instituição, em setembro, o Brasil fabricou 13.816 caminhões em 2021, número 7,7% menor do que a quantidade produzida em agosto, quando haviam sido fabricadas 14.963 unidades. Mesmo com a redução no comparativo entre setembro e agosto, comparando esse mesmo período no ano passado, onde foram produzidas 9.430 unidades, o crescimento foi de 46,5%.

Direto da redação do Planeta Caminhão 

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