Em 1958, a Chevrolet deu um passo importante no Brasil. Lançou a picape 3100, primeiro modelo produzido no País, com capacidade de carga de 735 kg. Por este motivo, foi batizada de Chevrolet 3100 Brasil, ou simplesmente Chevrolet Brasil. Um mapa do Brasil dentro da gravata Chevrolet corroborou ainda mais para isso.

A picape era fabricada na planta de São Caetano do Sul (SP), e contava com índice de nacionalização de 54% do peso do veículo em peças, uma exigência da época imposta pelo GEIA (Grupo Executivo da Indústria Automobilística) para o desenvolvimento da indústria automotiva brasileira.

A Chevrolet Brasil foi a terceira geração de picapes modelo Advanced Design, apelidada no Brasil de Chevrolet Boca de Sapo. Foi lançada em 1948 e era montada no sistema CKD (Completely Knock-Down). Só a caçamba era produzida localmente. 

A segunda geração, chamada de ‘Task Force’, estreou em 1955, e ficou conhecida como Chevrolet Marta Rocha, em homenagem à Miss Brasil Marta Rocha, que no ano anterior, reza a lenda, era favorita ao título de Miss Universo, mas ficou em segundo lugar por apresentar duas polegadas a mais de quadril. 

Em 1958 a Chevrolet do Brasil decidiu então fabricar a picape localmente. A versão brasileira era uma mistura do modelo Advanced Design com a frente da série Task Force. Inicialmente, vinha com motor importado, mas logo em seguida, ainda em 1958 recebeu o motor seis cilindros em linha, Jobmaster 261, 4.3l, 144 cv, fabricado em São José dos Campos (SP). Acoplado ao motor, uma transmissão manual de 3 marchas, na coluna. 

Curiosidade: Apesar de a fábrica de motores de São José dos Campos ter sido oficialmente inaugurada em 10 de março de 1959, em 4 dezembro de 1958, entrega o primeiro motor Chevrolet fundido, forjado e usinado na planta, ainda em construção.

Apresentada inicialmente em uma única versão, com cabine simples e duas portas, a 3100 Brasil media 4,5 m de comprimento, com 2,90 m de entreeixos e tração traseira. Em 1959, ganhou uma versão SUV, a Amazona, e em 1961 a Alvorada, com cabine dupla, e o furgão Corisco. 

Em 1963, um ano antes de ser substituída pelo modelo C10, ganhou reestilização com faróis duplos na frente e novo desenho do teto da cabine, e sem ‘orelha de padre’, luz direcional que ficava na coluna da porta. 

Direto da redação do Planeta Caminhão