
Imagine a seguinte situação: um grupo de amigos se reúne e de repente surge uma ideia, do nada, de fazer um filme. Sim, um filme. Foi o que Emílio Dalçóquio e seus amigos fizeram. E isso tudo, em uma época em que a tecnologia era muito limitada, na década de 80 e 90, conta o catarinense sobre o primeiro e único filme totalmente amador da região.
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O filme Conexão Paraguai, que foi filmado nas cidades de Balneário Camboriú, Itajaí, Navegantes e Penha, todas essas cidades do estado de Santa Catarina, sempre aos fins de semana, conta a história de caminhoneiros e suas experiências pessoais vividas na região da fronteira Brasil e Paraguai. Assaltos, política, traições e tudo que um filme estilo “cowboy do asfalto” pode ter.
Em entrevista para o Planeta Caminhão, Emílio conta que a vivência é um fator que traz a naturalidade da obra “Tinha vezes que o pessoal ia virado da balada. E também pra gravar, uns tomavam um whisky pra ficar legal e poder filmar”.
E os caminhões presentes eram cedidos por amigos. Alguns até faziam uma troca: ceder o empréstimo do caminhão para a filmagem pela participação na história.
Diversos fatos bem curiosos também não podiam faltar “teve uma cena em que eu estava debaixo de um caminhão, segurando uma arma (naquela época todo mundo andava armado), e aconteceu de chamarem a policia.” Afirmou o catarinense, relatando que a polícia, ao se deparar com situação, acabou pedindo para se juntar ao elenco.
Isso tudo, sendo filmado por apenas UMA câmera. Acreditem, toda essa produção, com diversos cortes, em apenas um único aparelho. “Na mesma cena a gente repetia em vários ângulos, então quem assiste, pensa que foi filmado com várias câmeras” – completou. E ele também garante que tudo foi feito com autorização das autoridades, afinal de contas, era preciso parar em lugares públicos para realizar as filmagens.

A edição foi feita na cidade de Brusque, em Santa Catarina, em um estúdio que pertencia a uma empresa chamada Fialho Video Produções. Em um processo longo, já que o trabalho era demorado e cada minuto do filme levava cerca de 1 a 2 horas para ser acertado com o editor.
Pouco mais de 30 anos depois, Emílio pensa em realizar a parte 2, com a mesma pegada amadora, sem nenhum ator profissional. Contudo, houve alguns empecilhos para o início da produção, dentre eles, a morte de sua prima (Angela Dalçoquio, que interpretou uma vilã e têm uma homenagem ao fim dos créditos) e o fim de seu casamento. Mas isso não será motivo para desistir, ele confirma que está finalizando o roteiro e pretende iniciar as filmagens do segundo filme no começo de 2022.
Para o caminhoneiro raiz que ainda não assistiu e gostaria de apreciar, Conexão Paraguai – A fronteira da Morte, está disponível no YouTube.
E aí? Curtiu? Conte pra gente o que achou dessa obra de arte e compartilhe com a galera!
REDAÇÃO PLANETA CAMINHÃO.
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