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Saiba quais são e onde estão os 10 piores trechos rodoviários do Brasil

O Brasil tem uma malha rodoviária gigantesca, no entanto, qualidade não é o principal atributo dessas vias. Muito pelo contrário, segundo a 23ª edição da Pesquisa CNT de Rodovias, divulgada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) e pelo SEST SENAT, 59% das rodovias brasileiras apresentam problemas.

Piores trechos

A pesquisa, que rodou por 108.863 quilômetros de vias em todo o país identificou 797 pontos críticos nas rodovias brasileiras. Por conta desses problemas, o custo do transporte no Brasil é, em média, 28,5% mais alto do que deveria. Contudo, dependendo do estado de conservação da via, esse custo pode ser até 91,5% maior.

Isso tudo influencia diretamente na vida do motorista profissional, que, muitas vezes, é prejudicado pela situação das vias, avariando seu caminhão e, em casos mais graves, se envolvendo em acidentes e, até mesmo, perdendo a vida.

Confira quais são os 10 piores trechos rodoviários do Brasil

10º - Uberaba (MG) – Barretos (SP)

O trecho que liga Minas a São Paulo, através da BR-364, MG-427 e SP-326 é considerado regular no geral.

Em relação à pavimentação e sinalização, o trecho também possui avaliação regular. No entanto, a geometria da via (atributos que afetam as condições de segurança viária por conta da construção da pista) é considerada ruim.

Dessa forma, o trecho está em 100º lugar na lista da CNT, que lista 109 corredores no país.

9º - BR-101 (BA) – Teófilo Otoni (MG)

O trecho que liga a cidade mineira de Teófilo Otoni à porção baiana da maior rodovia do país, a BR-101, é feita pela BR-418 e também é considerada regular pela avaliação da CNT.

Piores Trechos

O grande problema da via está no lado mineiro da rodovia, que deixa de ser federal e se torna estadual no trecho. Ela apresenta problemas na pavimentação, que é considerada ruim, o que reflete diretamente na geometria da pista, considerada péssima pelo estudo, colocando em risco a segurança daqueles que por ela rodam. Por fim, a sinalização é regular.

Já no trecho baiano, a via volta a ser federal e consegue ganhar até uma classificação geral boa, com pequenos problemas em relação à geometria e pavimentação. No entanto, os problemas mineiros fazem com que o trecho conquiste a nona posição no ranking de piores rodovias do Brasil.

8º - São Vicente do Sul (RS) – Santana do Livramento (RS)

O corredor gaúcho atravessa a BR-158 e as estaduais RS-241 e RS-640 e é uma das principais rotas de motoristas que transportam mercadorias para o Uruguai, já que Santana do Livramento fica na divisa com a cidade uruguaia de Rivera.

O trecho, com cerca de 180 km, possui uma série de problemas de geometria, principalmente no trecho da rodovia estadual, onde existem muitas curvas e ausência de acostamento. De São Vicente do Sul, até Rosário do Sul, a geometria é considerada péssima, no restante do trecho, já na BR-158, ela é considerada regular.

O trecho estadual do corredor também é considerado péssimo no quesito pavimentação. Com muita irregularidade, a via cria condições de insegurança aos motoristas que, por vezes, precisam fazer manobras perigosas para evitar os buracos na pista. Além disso, o trecho da RS-640 é avaliado como ruim no quesito sinalização.

O trecho de rodovia federal tem a avaliação um pouco melhor, dando uma qualificação final de regular para a via e deixando ela em oitavo lugar entre as piores rodovias do Brasil.

7º - Curvelo (MG) – Ibotirama (BA)

Mais um trecho de ligação entre Bahia e Minas Gerais na lista dos 10 piores trechos rodoviários do Brasil. Nos quase mil quilômetros que ligam Curvelo (MG) à Ibotirama (BA) os motoristas podem encontrar as mais diferentes condições de via, inclusive com trechos concessionados, mas no resultado final o trecho é avaliado como regular.

Saindo do centro de Minas Gerais e indo até a região centro oeste da Bahia, o corredor atravessa as BRs 122, 135 e 030, além das rodovias estaduais MG-122, BA-160 e BA-030.

Entre Curvelo e Montes Claros, a via é concessionada, e é o único trecho com pavimentação considerada boa em todo o trecho. Entretanto, a concessão não muda a geometria da via, que é considerada regular, por conter muitas curvas e sinuosidades, o que exige atenção dos motoristas.

A partir desse ponto, a vida dos motoristas fica mais complicada. Ao entrar na MG-122, que na Bahia vira BR-122, os motoristas já encontram pavimentação que variam entre regular e ruim, com muitos buracos, além de problemas na geometria da pista, que é considerada péssima entre Janaúba e Espinosa, em Minas Gerais, e segue assim também no trecho baiano, até o início da BA-160.

Contudo, apesar da melhora na geometria, o trecho final do corredor, na BA-160, que chega em Ibotirama, o motorista volta a sofrer com a pavimentação considerada péssima e que oferece muitos riscos aos motoristas que passam pelo trecho.

Com esse combo de problemas, o trecho é o 7º colocado da nossa lista.

6º - Brasília (DF) – Palmas (TO)

O trecho de cerca de 840 quilômetros que ligam a capital federal à cidade de Palmas é mais um dos piores trechos do Brasil.

Conhecida como Belém-Brasília, esse trecho é formado pela BR-010, GO-118, TO-050 e TO-010 e possui uma série de problemas, como trechos sem pavimentação, muitos buracos, falta de acostamentos, entre outros.

Assim que sai de Brasília o motorista que está na BR-010 já encontra uma série de problemas, a via, que também corre como GO-118, possui problemas sérios de pavimentação e de geometria, o que confere ao trecho a condição de ruim, na avaliação da CNT.

Ao entrar no Tocantins a situação piora. A TO-050 vai até Palmas, praticamente em toda a sua extensão com deficiências na pavimentação, geometria e sinalização, o que prejudica demais a segurança dos motoristas que rodam pela região. Não à toa, o trecho é considerado ruim na maior parte de sua extensão, inclusive, com alguns pedaços considerados péssimos.

Por esse motivo, o corredor foi considerado o sexto pior do país.

5ª – Belém (PA) – Guaraí (TO)

A partir da quinta posição a situação começa a ficar crítica, não temos mais nenhum corredor com situação regular, todos são considerados ruins na junção dos quesitos de avaliação.

Este corredor, em específico, tem uma enorme importância econômica para o país, pois liga o porto de Belém, um dos principais do país, à região central do Brasil. Fazem parte do trecho um curto espaço da BR-222 e as rodovias estaduais PA-150, PA-151, PA-252, PA-287, PA-447, PA-475, PA-483 e TO-336.

No que diz respeito a pavimentação, praticamente o corredor inteiro é considerado ruim, com exceção do trecho da TO-336, que é regular e a saída de Belém, através da PA-150, que tem pavimentação considerada boa. O excesso de buracos na via é um enorme problema para a segurança dos motoristas. Além disso, a geometria das rodovias não ajuda a melhorar o problema da segurança. O trecho de Marabá à Guaraí, por exemplo, é considerado péssimo em sua totalidade.

Por causa desses elementos, esse corredor é o quinto pior do país.

4º - Rio Verde (GO) – Iporá (GO)

Novamente um trecho localizado no estado de Goiás entra para o ranking. Nesse caso, estamos falando da rodovia estadual GO-174, em um recorte de 167 Km.

Entre os problemas mais acentuados, podemos destacar a falta de pavimentação, a grande quantidade de buracos e a precariedade de sinalização. Tudo isso, contribui para que a viagem de quem precisa passar por ali seja mais demorada e complicada.

Com pavimentação ruim e geometria péssima, a rodovia é um verdadeiro desafio à segurança de todos aqueles que rodam por ela.

O problema é tão grave que ela já foi intitulada como “rodovia da morte” e também recebe um tráfego intenso de caminhões que escoam a produção de milho para as demais regiões do país.

3º - Marabá (PA) – Dom Eliseu (PA)

Mais um trecho problemático no estado do Pará. A BR-22, que liga Marabá a Dom Eliseu, corta os estados do Piauí e Maranhão, mas é no trecho paraense que a coisa fica complicada.

Pavimentação ruim e geometria péssima em um trecho com cerca de 300 km que é marcado pelo excesso de buracos e pela sinalização precária. Inclusive, em vários trechos da via, a vegetação esconde as placas de sinalização e os buracos cobrem toda a pista.

Com tráfego intenso de caminhões, a rodovia é mais uma das que apresentam sérios riscos aos motoristas que trafegam por ela. Com isso, o corredor ganhou o terceiro lugar dos piores trechos do Brasil.

2º - Jataí (GO) – Piranhas (GO)

O segundo lugar dos piores trechos rodoviários do Brasil é de um corredor no Goiás. São cerca de 190 quilômetros de extensão na BR-158. A rodovia, que sai do Rio Grande do Sul e termina em Altamira, no Pará, tem um de seus piores trechos no estado do Centro Oeste.

Com geometria da pista péssima e pavimentação ruim, ela sempre foi considerada uma das piores vias do Brasil, com muitos problemas e perigos, como o excesso de buracos e falta de sinalização.

Esses elementos são um perigo, visto que Jataí é considerada a “Capital dos Grãos de Goiás” e o trecho é muito utilizado por motoristas que rodam pelo país no transporte da safra.

1º - Natividade (TO) – Barreiras (BA)

A campeão entre os piores trechos liga o Norte e o Nordeste através da BA-460, BR-242, TO-040 e TO-280.

Se você já rodou por esse trecho, provavelmente saberá porque ele é considerado o pior na análise da CNT. Com aproximadamente 380 quilômetros de extensão, a via é deficitária em uma série de quesitos.

Ela até começa bem na Bahia, com trechos bem pavimentados e boa geometria, mas chegando ao oeste baiano, já próximo do Tocantins, o cenário começa a mudar e a vida dos motoristas passa a ficar complicada.

Na BA-460, a pavimentação já fica ruim e, quando entra no Tocantins, pela TO-040, ela vai para péssima, inclusive com trechos sem pavimento. Apenas na TO-280, a situação fica regular, mas o trabalho dos motoristas não fica mais fácil por conta disso.

A grande dificuldade, no trecho, além da pavimentação horrível, é a situação péssima da geometria. Além disso, na extensão da via, a travessia de diversos rios, que durante períodos chuvosos transbordam e deixam o corredor intransitável.

Por essa série de fatores, o corredor foi considerado o pior do Brasil na pesquisa da CNT de 2019.

A entidade deve preparar uma nova pesquisa este ano. Fique ligado que nós traremos os novos resultados para vocês.

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