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Produção de veículos fecha 2024 com alta de 9,7% e país recupera 8ª posição no ranking global de fabricantes

Produção de veículos fecha 2024 com alta de 9,7% e país recupera 8ª posição no ranking global de fabricantes

Soma de vendas de novos e usados atinge 14,2 milhões de unidades, melhor resultado da história da indústria; 

A indústria automotiva brasileira apresentou um panorama significativo quanto a produção e emplacamento de veículos em 2024, registrando uma produção total de 2,550 milhões de unidades, número 9,7% maior se comparado a 2023, fazendo com que o Brasil voltasse ao lugar de oitavo maior produtor de veículos em 2024, posto que estava sendo ocupado pela Espanha. Os dados são da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA). Foram produzidos este ano 1,9 milhão de carros de passeio, 485,6 mil comerciais leves, 141,3 mil caminhões e 27,7 mil ônibus.

Nos emplacamentos, o fechamento foi de 2,635 milhões de unidades, volume 14,1% mais alto que o do ano anterior, e bem superior à média global, que foi de +2%. Nenhum grande mercado do mundo cresceu tanto quanto o brasileiro em 2024. Esse, aliás, foi o maior aumento no ritmo de vendas internas desde 2007. O fato mais representativo de 2024 foi que a soma de vendas de novos e usados chegou à marca de 14,4 milhões de veículos leves vendidos, maior resultado na história do país.



Produção de veículos comerciais

Para 2024, a Anfavea projetou a produção de 160 mil caminhões e ônibus no Brasil. Esse número representa um aumento de 32,1% em relação a 2023, quando foram fabricados 121 mil veículos. Porém, embora a projeção feita no início do ano não tenha sido atingida, os números de produção e venda de caminhões e veículos leves o desempenho do setor automotivo foi positivo, alcançando 141,3 mil caminhões produzidos, uma alta de 40,5%. 

No primeiro semestre de 2024, a produção de caminhões cresceu 36,5% em relação ao mesmo período de 2023, o que garantiu uma boa margem de crescimento entre um ano e outro. Porém, a própria Anfavea destaca que a produção anual ainda está cerca de 15% abaixo do que a registrada antes da pandemia. Por isso, a expectativa das entidades do setor é de um 2025 mais produtivo, impulsionado pelo setor do agro e construção civil. 

Segundo Márcio de Lima Leite, Presidente da Anfavea, 2024 foi marcado pelo aumento do número de caminhões em setores como construção civil e agronegócio: “O mercado se aqueceu por causa das vendas de caminhões pesados e semipesados. Porém, atendendo mais as operações de bens e serviços, como o de construção. Para este ano, a indústria vai voltar a produzir para o agro”, destacou.


Exportações e importações

As exportações de dezembro confirmaram o forte viés de alta do segundo semestre, que compensaram o fraco desempenho do primeiro e praticamente igualaram o resultado de 2023, indicando um 2025 de recuperação nos embarques. Ao todo, 398,5 mil autoveículos foram enviados para outros países. Argentina e Uruguai foram os destaques em termos de crescimento, a ponto de compensar as quedas de envios para todos os outros países da América Latina.

Já as importações tiveram o melhor período entre os últimos 10 anos, com 466,5 mil emplacamentos, alta de 33% impulsionada pela entrada maciça de eletrificados, em especial da China. "Neste ano é preciso reequilibrar os volumes de exportações e importações, de forma a evitar um novo déficit na balança comercial, como ocorreu em 2024. Temos um Imposto de Importação muito baixo para elétricos e híbridos, o menor entre países que fabricam veículos, o que nos torna um alvo preferencial de empresas importadoras, em prejuízo de nosso parque industrial e dos nossos empregos", explicou o Presidente da Anfavea.

A Anfavea aproveitou a coletiva com os jornalistas para revelar sua agenda de atuação no ano de 2025, destacando quais serão as prioridades da entidade, seus principais focos de atuação junto ao governo, aos parceiros, à academia e à sociedade em 2025. São eles:

  • Ampliar o mercado interno e a produção, retomando o patamar de 3 milhões de unidades vendidas até o próximo ano;
     
  • Reequilibrar a balança comercial, ampliando as exportações e contendo o excesso de importações;
     
  • Qualificar compras públicas de máquinas e veículos sem prejuízo à indústria local, ao emprego e à inovação;
     
  • Promover a descarbonização com foco na matriz energética e nos recursos brasileiros, com participação destacada do setor na COP 30, este ano em Belém (PA);
     
  • Reforçar o laço com os trabalhadores brasileiros em termos de capacitação e ambiente de trabalho;
     
  • Criar uma política perene de renovação da frota com foco na sustentabilidade e na segurança;
     
  • Priorizar o desenvolvimento e a produção de novas tecnologias no Brasi

Ranking global de fabricantes de veículos

Conforme divulgado pela Anfavea, os números registrados em 2024 elevaram a colocação do Brasil no ranking global de fabricantes de veículos, ocupando a 8ª posição, ocupando a posição da Espanha. No ranking ainda estão China (31,3 milhões de unidades); Estados Unidos (11,9 milhões); Japão (8,2 milhões); Índia (5,6 milhões); México (4,3 milhões); Coreia do Sul (4,2 milhões); e Alemanha (4,2 milhões).

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