No mês em que se comemora o dia do motorista, profissionais analisam o cenário da profissão nos últimos anos
No mês de julho, ocasião em que se comemora o dia de todos os profissionais que atuam no transporte de pessoas e cargas, a CNT (Confederação Nacional do Transporte) apontou que, atualmente, o Brasil possui 74 milhões de motoristas, sendo que 2 milhões são caminhoneiros. A grande maioria destes profissionais se dedicam totalmente à profissão, ou seja, não possuem outra fonte de renda, e ao mesmo tempo, que enfretam as dificuldades, esperam por avanços.
A profissão vem passando por mudanças, tanto na questão tecnológica dos veículos, quanto nas leis de trânsito e até mesmo, no comportamento e escolha da sociedade, como a escolha da profissão. Alguns caminhoneiros que nos falaram de seu dia a dia, relataram também a falta de novos caminhoneiros ou profissionais interessados em crescer com a profissão. Os profissionais deram depoimentos sobre o que conquistaram, capacitação técnica, reconhecimento e satisfação na profissão. Confira a seguir:
João Matheus Fernandes, tem 25 anos de idade, nasceu no Ceará e cresceu ao lado de familiares que também eram caminhoneiros, grande parte da sua trajetória trabalhou com veículos menores para a entrega de mercadorias. Há 3 anos mudou-se para o estado de Santa Catarina e ingressou na empresa GH Solucionador Logístico.
"Quando me mudei para a região Sul, a empresa acreditou no meu potencial e me deu a oportunidade de aperfeiçoar as minhas habilidades e comecei a guiar carretas com grande capacidade de entregas. No começo fiquei um pouco intimidado, mas com o passar do tempo, com base no curso de capacitação que tive no projeto Motorista Profissional aprendi sobre direção defensiva e tive a ajuda de um motorista solidário que me acompanhou na estrada em trajetos mais longos. Isso foi fundamental para a minha vida/profissão. Tenho total suporte da empresa, em relação às condições financeiras, assim como salário digno, seguro de vida, direitos trabalhistas, suporte humanizado".
João afirma que tem orgulho da profissão que proporcionou nos últimos anos, melhores condições financeiras. "Posso dizer que ser caminhoneiro é gratificante e muito bom para mim. Mas, infelizmente, ainda o Brasil como um todo necessita de mais segurança nas estradas, investimentos em infraestrutura e capacitação de mão de obra".
Bolsões nas estradas
Ricardo Alexandre Cardoso tem 43 anos e relatou que quando era criança, seu pai, que também era caminhoneiro e o levava sempre no posto de gasolina quando não estava viajando para lavar e abastecer o seu caminhão. "Sou caminhoneiro há 13 anos e posso afirmar que é uma realização seguir esta profissão. Sempre desejei ser caminhoneiro/carreteiro. Sou graduado em Processamento de Dados, mas sempre quis ser caminhoneiro e isso está no meu sangue. Hoje, sou totalmente realizado profissionalmente e sou muito feliz".
Em relação à situação das estradas, ele comenta que são necessários investimentos contínuos e avanços, além de investimentos contínuos para a conservação das estradas e segurança. "Por exemplo, instalações de bolsões em todo o País para o descanso do motorista, banho e alimentação. A questão de redes de wi-fi que precisam ser instaladas em áreas mais distantes para que o caminhão não perca o sinal do monitoramento evitando saques e roubos."
"Neste dia do Motorista, posso afirmar que hoje trabalho na GH Solucionador Logístico, uma empresa humana e que acredita em sua equipe. Os diretores e gerentes sempre buscam ajudar em situações profissionais e até pessoais. Sempre desejam saber o que é possível fazer para melhorar o nosso trabalho e consequentemente, o atendimento aos clientes. Por isso, me identifico com a empresa que busca sempre evoluir em todos os sentidos", finaliza Cardoso.
Fábio José Corrêa, de 47 anos, atua há 12 anos como caminhoneiro. Para ele, exercer essa profissão é um grande orgulho, pois, é um sonho desde criança. "Tenho familiares que são caminhoneiros, assim como meu padrinho, está no sangue da família. Eu tenho paixão pela profissão: gosto muito e me divirto. Falo isso, pois, assim carrego as riquezas e conheço muitos lugares ricos. Em uma semana, estive no Pará, Maranhão e Bahia e moro no município de Penha (SC)."
Ele afirma que o setor evoluiu muito. "Hoje, temos muitos caminhões confortáveis e tecnológicos. Um exemplo disso, é a GH Solucionador Logístico que sempre investe no setor e está muito atualizada no quesito qualidade de sua frota."
No geral, ele acredita que todos os caminhoneiros brasileiros precisam ter melhores condições de salários e capacitação contínua. As empresas precisam ficar atentas a isso para que o país não tenha um apagão de mão de obra. "Tenho sorte, pois, no meu caso, trabalho há 7 anos na GH e a empresa sempre busca ouvir seus colaboradores caminhoneiros, e pelo menos em Santa Catarina, a empresa está a frente do mercado, quando o assunto é melhores salários e condições de trabalho. A empresa ouve os seus caminhoneiros, pois, carregamos as riquezas deste País. Além disso, oferece capacitação para os seus caminhoneiros."
FUTURO
Fábio destaca que para quem deseja ingressar na profissão, é preciso ter muita responsabilidade, pois tudo que chega nas casas dos brasileiros, somos nós caminhoneiros que carregamos. "Tudo que vestimos e comemos, é o caminhoneiro que leva até os grandes centros de consumo. Portanto, sabedoria, tranquilidade, pensamento rápido são fatores indispensáveis para desbravar as estradas deste País. Tenho 2 filhos e tenho orgulho em ser caminhoneiro".
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