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Brasil mantém alto índice de sinistros no trânsito causados pela combinação álcool e direção

Brasil mantém alto índice de sinistros no trânsito causados pela combinação álcool e direção

Campanha laço amarelo de julho reforça a importância de evitar o consumo de álcool antes de dirigir para melhorar a segurança no trânsito

O Brasil é um dos países com o trânsito mais perigoso do mundo e por outro lado, também possui uma das legislações mais rigorosas do planeta, em especial o que envolve o consumo de álcool e direção, não permitindo nenhum nível de álcool no sangue. Ainda assim, o país mantém uma média de 1,2 mortes por hora no trânsito, devido a ocorrências causadas por essa combinação perigosa.

Os dados foram divulgados pelo CISA (Centro de Informações sobre Saúde e Álcool), com informações do Ministério da Saúde. Ao todo, em 2021, último ano contabilizado no levantamento, cerca de 10.887 pessoas perderam a vida no país devido à mistura de álcool e direção. O número vem diminuindo no Brasil, chegando a 32% na comparação com 2010, por exemplo. Mas em relação às hospitalizações, os casos cresceram 34% no mesmo período, chegando a 75.983 apenas em 2021.

De acordo com o levantamento do CISA, esse cenário de internações foi influenciado por sinistros com motociclistas e ciclistas e pode ter relação direta com o aumento da frota destes tipos de veículos e suas novas formas de deslocamento no país. Em média, 71 motoristas foram multados, por dia, no ano passado, por embriaguez ao volante, revela o balanço do Detran-DF. De janeiro a março de 2024, foram contabilizadas 5.106 autuações no Distrito Federal


Homem sob efeito de álcool é preso pela PRF após causar acidente na BR-316. Fonte: Portal Gov.br

O público mais afetado é o masculino e jovem, de 18 a 34 anos, que corresponde a cerca de 89% dos óbitos e 85% das internações acontecem com homens nesta faixa etária. Estimativas da OMS (Organização Mundial de Saúde) indicam que no Brasil o álcool é responsável por cerca de 37% dos sinistros entre homens e 23% entre mulheres.

Além do levantamento do CISA, o Ministério da Saúde divulgou em setembro do ano passado uma edição do Vigitel (Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), que também traz informações preocupantes.

Segundo o relatório, que existe desde 2006, o consumo abusivo de álcool pela população brasileira teve um aumento de 18,4% para 20,8% entre 2021 e 2023 e a porcentagem de pessoas que relataram beber e dirigir foi de 5,4% para 5,9%, no mesmo período.

 

Lei Seca 

A Lei nº 11.705, conhecida como Lei Seca, é de 19 de junho de 2008 e passou por algumas alterações durante os anos. Atualmente, o Brasil possui uma das legislações mais rigorosas do mundo, não permitindo qualquer nível de álcool no sangue, sendo considerado crime o ato de dirigir alcoolizado ou sob o efeito de substâncias psicoativas, com punições que vão desde multa à prisão, em casos de sinistros que resultem em homicídio culposo ou lesão corporal.

Vale destacar que não existe nível seguro de consumo de bebida alcoólica antes de dirigir. Até mesmo em pequenas quantidades, o álcool é capaz de influenciar os reflexos e a atenção do condutor, a percepção de velocidade, o tempo de reação, gerar sonolência, reduzir a visão periférica, além de outros aspectos.

A segurança no trânsito é uma responsabilidade de todos. Fiquem sempre atentas quando transitarem pelas vias e protejam principalmente os mais vulneráveis, como pedestres, ciclistas e motociclistas. O Laço Amarelo, um programa desenvolvido pelo Observatório de Segurança Viária, com responsabilidade social que salva vidas no trânsito e que a cada mês, realiza campanhas de conscientização para reduzir mortes e acidentes. 

Matéria oriniginalmente publicada no site do Movimento A Voz Delas

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