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Sudeste manteve a liderança em roubo de cargas: 50,3% dos prejuízos é em SP

Sudeste manteve a liderança em roubo de cargas: 50,3% dos prejuízos é em SP

São Paulo concentrou mais da metade dos prejuízos por roubo de cargas em 2023; os trechos urbanos foram os mais vulneráveis, somando 45,6%

Em 2023, a região Sudeste se manteve na liderança do ranking de ocorrências de roubo de cargas no Brasil. A região totalizou 82,8% dos registros feitos em 2023. Somente a cidade de São Paulo, concentra 50,3% dos registros realizados pelas soluções de gerenciamento de risco da nstech, uma das mais importantes empresas globais que atuam em toda a cadeia de suprimentos. 

Em segundo lugar está a região Nordeste, com 8,3%. O Sul aparece em terceiro lugar, com 6,5%, à frente do Centro-oeste (2,4%) e do Norte (0,1%). Os trechos urbanos são os mais vulneráveis e correspondem a 34,9% do total de roubos de mercadorias. Os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais somam, juntos, 81,4% das infrações.

Na comparação entre 2022 e 2023, o Sudeste apresentou aumento de 10,5%. O Nordeste reverteu o cenário, passando de 15% para 8,3%. A região Sul apareceu no terceiro lugar do ranking por região, subindo de 3% para 6,5%. Já o Centro Oeste reduziu em 50% os prejuízos com o roubo de cargas. O Norte, por sua vez, caiu de 1,5% para 0,1%. 


Imagem: Divulgação nstech

Mesmo com o alto número de registros relacionados a roubos de carga, somente no ano passado, as soluções da nstech evitaram 74% dos sinistros relacionados a roubo de carga foram evitados, preservando o equivalente a R$ 340 milhões. Os dados foram extraídos do relatório exclusivo anual, "Análise de Roubo de Cargas", desenvolvido pela empresa, que atua com o objetivo de promover estradas mais eficientes e seguras.

Vasco Oliveira, CEO e fundador da nstech, analisa que o ano de 2023 foi muito importante para demonstrar que os esforços feitos pelo mercado em direção à segurança rodoviária estão se refletindo positivamente: “Apesar de ainda termos um caminho extenso pela frente,temos realizado o gerenciamento de risco efetivo e constantes investimentos em inovação, fortalecendo a tríade de soluções que oferecemos para a segurança logística: cadastro, monitoramento e gestão de contratos”, diz. 

O executivo acredita a tecnologia têm ajudado a reduzir os prejuízos relacionados a roubo de carga, mas que para chegar próximo do aceitável, ainda há muito a que se fazer e todo o mercado precisa se unir cada vez mais para continuar desenvolvendo recursos que minimizem o cenário progressivamente e que para isso acontecer, “a colaboração é a melhor saída". Em 2023, foram registradas 17.108 ocorrências de roubos de cargas no Brasil, uma alta de 4,8% em relação ao ano anterior.

 

Ocorrências por estados

São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais permanecem liderando o ranking de prejuízos, assim como em 2022. O Paraná registrou aumento de 2,4 pontos percentuais e subiu da nona posição para o quarto lugar. Outros estados que tiveram crescimento nos prejuízos entre os anos de 2022 e 2023 foram SC (de 0,4% para 1,9%), ES (de 0% para 1,3%), MS (0,3% para 0,6%) e AL (0,2% para 0,6%). Os estados em queda foram BA, PE, GO, RS, MA, PI, CE, MT, PA, PB, AM, RN e TO.

São Paulo concentrou 50,3% dos prejuízos por roubo de cargas em 2023. Os trechos urbanos foram os mais vulneráveis, somando 45,6%. Na sequência aparece a BR-050 (11%). As cidades de Guarulhos e São Paulo somaram 29,8%. As cargas mais visadas foram as fracionadas (41,2%), seguidas por gêneros alimentícios (20,1%), medicamentos (13,4%), cigarros (10%) e eletrônicos (9%). O dia mais crítico foi a quarta-feira (35,4%) e 37,4% dos eventos ocorreram pela manhã.


Imagem: Divulgação nstech

 

Áreas urbanas concentram maior número de ocorrências

As áreas urbanas se mantiveram como os locais com maior concentração de abordagens das quadrilhas de roubo de cargas. As áreas com maiores prejuízos foram nas rotas SP X SP (50,9%) e RJ X RJ (8%). Nos trechos urbanos, as mercadorias mais visadas foram as cargas diversas, cigarros, medicamentos, alimentícios e eletrônicos. Juntos, representaram 89,2% do prejuízo.

Entre as rodovias, a BR-050 registrou 7% de prejuízo local em 2023. O trecho mais vulnerável foi o que liga Goiás e São Paulo, com 31,3% dos prejuízos. Na BR-050, as ocorrências foram concentradas às quartas-feiras, com 34,1% dos prejuízos registrados no período da tarde. As cargas mais visadas foram as fracionadas, com 80,7% dos prejuízos.

Já a BR-116, reconhecida por sua tradicional vulnerabilidade, registrou 6% dos prejuízos com roubo de cargas em 2023. Em 2022, esse percentual era de 13%. As cargas diversas somaram 58,1% do prejuízo, seguida por produtos alimentícios (20,4%) e químicos (8,5%). As ocorrências foram concentradas no período da madrugada, com destaque para as terças-feiras (28,1%) e sextas-feiras (20,6%). As rotas mais vulneráveis na BR-116 foram SP X RJ e SP X PR.


Imagem: Divulgação nstech

Novamente, a BR-050 e BR-116 lideram o ranking de rodovias-alvo das quadrilhas. Juntas, somam 13% dos prejuízos. Somados os prejuízos em trechos urbanos, BR-050 e BR-116, o percentual chega a 47,9%. A BR-101 saltou de 3% em 2022 para 5,1% em 2023. A rota mais crítica foi RJ X ES.

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