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Mulheres incríveis: Histórias de mulheres caminhoneiras que você precisa conhecer

Mulheres incríveis: Histórias de mulheres caminhoneiras que você precisa conhecer

De acordo com a Secretaria Nacional de Trânsito, das cerca de 4,39 milhões de Carteiras Nacionais de Habilitação para veículos pesados, apenas 2,81% são mulheres. Ainda assim, o crescimento constante é um sinal positivo para aquelas que sonham em seguir essa carreira.

As estradas brasileiras estão repletas de histórias inspiradoras de homens e mulheres que, no controle do caminhão, enfrentam inúmeros desafios para sustentar sua família e seguir fazendo o que amam. Mas, nesse dia especial para as mulheres, queremos relembrar algumas histórias de caminhoneiras que deram a volta por cima dos obstáculos, preconceitos, desconfianças, contratempos com muito trabalho, mostrando que podem sim fazer aquilo que quiserem. 

Em um segmento predominantemente masculino, o número de mulheres caminhoneiras ainda pode parecer pequeno, mas, aos poucos elas vão conquistando seu espaço nas operações rodoviárias, à frente de diversos tipos de caminhões, desde VUC´s a rodotrens. E a expectativa das organizações que fazem parte do segmento é de que mais mulheres se sintam confiantes em enfrentar a jornada de uma caminhoneira, o que se confirma através dos números. Segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), em 2023, 25% das contratações na área de transporte foram femininas.

A participação das mulheres no comando de caminhões pelas estradas do Brasil começou aproximadamente em 1950 com Neiva Zelaya, que chegou a trabalhar até na construção de Brasília. Além dela, a icônica Nahyra Schwanke, que de 1957 até 2020 dirigiu seu caminhão pelas estradas brasileiras, sendo considerada uma das caminhoneiras a mais tempo em atuação no país. Essas e outras tantas histórias foram importantes para que mais mulheres se sentissem encorajadas em seguir seu sonho de ser motorista de caminhão. E algumas dessas histórias você vai conhecer agora. 

 

Persistência é tudo: Conheça Cleusa Ximendes

A motorista gaúcha Cleusa Ximendes tem 51 anos, tem três filhos já adultos e quatro netos e sempre diz, orgulhosa, que batalhou para que seus filhos estudassem e tivessem oportunidades na vida. Sua história com caminhão começou meio que por acaso, quando foi trabalhar em uma oficina diesel. Ela tinha habilitação C, mas nunca tinha sequer estacionado um caminhão. Ela usava um Opalão para ir até o cliente entregar os caminhões que a oficina consertava. 

Cleusa via no caminhão uma oportunidade de melhorar sua renda, e decidiu que iria treinar a direção para conseguir dirigir os pesados. Quando teve uma oportunidade, pegou um caminhão trucado e desde então, não largou mais. Trabalhou em diversas empresas de transporte em Porto Alegre, sempre com caminhões truck, mas seu sonho era mesmo dirigir uma carreta e ganhar o mundo pelas estradas do Brasil. 

Mas, para isso, precisava tirar habilitação E, o que no momento era difícil para ela, principalmente devido ao valor. Cleusa já manobrou muita carreta em pátio e fez faxina para ter renda extra e conseguir sua habilitação para a categoria E, até realizar seu sonho de ser motorista de Rodotrem. A caminhoneira conseguiu juntar o dinheiro, tentou cinco vezes e bombou nas cinco. Mas de tanto persistir, realizou seu sonho e hoje trabalha com um cavalinho extrapesado, e puxa um rodotrem grade baixa, transportando leite, arroz e bobinas.
 

  

(Veja a história completa em: https://avozdelas.com.br/historias-das-estradas/uma-gaucha-que-persistiu-e-venceu-no-mundo-do-caminhao-101090)

 

Renascendo das cinzas: Conheça Solange Fênix

 

A caminhoneira Solange Fênix, de Praia Grande, viveu uma verdadeira saga para se tornar motorista de carreta. Até chegar a ser motorista, Solange trilhou um caminho longo e difícil. Por não ser filha, neta e nem parente de caminhoneiro, não teve apoio de ninguém de sua família, muito menos a ensinando a dirigir ou orientando para que ela pudesse se habilitar, ela precisou fazer tudo sozinha.Mãe de uma filha. Ao se divorciar, viu sua realidade mudar quando se divorciou e precisou seguir sozinha mais uma vez. 

Na época, a caminhoneira so tinha habilitação B e não tinha nenhuma perspectiva do que fazer para sustentar sua casa. Chegou a passar fome até receber o incentivo de algumas amigas, a encorajando a trabalhar como motorista. Se informou sobre o que precisava fazer para dirigir pesados e fazer um empréstimo para mudar sua habilitação. Foi primeiro para o transporte de passageiros, dirigindo vans, ainda no final dos anos 90. Porém, sentia que o transporte de cargas poderia ser mais rentável, e resolveu novamente renascer. 

Entrou no transporte de carga sozinha - mais uma vez - e precisou aprender tudo muito rápido. Começou dirigindo um caminhão "Mercedinho" 710 para uma grande empresa de encomendas expressas e depois de juntar dinheiro e fazer sua prova para tirar a CNH E, passou de primeira na prova e foi promovida para dirigir caminhões trucados. Motorista há mais de 23 anos, hoje trabalha como carreteira de tanque em uma empresa paulista e ajuda a movimentar a cadeia de químicos no Brasil.

 

(Veja a história completa em: https://avozdelas.com.br/historias-das-estradas/uma-caminhoneira-que-renasceu-das-cinzas-101100)

 

De escritora a caminhoneira: Conheça a história de Cheila Oliveira

Cristal, mãe de três filhos e filha de caminhoneiro, Cheila Oliveira da Silva sempre gostou muito de caminhões e além de admirar o trabalho do pai, quando maior, acompanhava sempre o marido nas viagens, até descobrir que estava grávida. Com o nascimento do primeiro filho, veio também a descoberta de que seu bebê tinha autismo. Morando em uma casinha velha e cheia de cupim, a família ia para debaixo da cama quando dava temporal com medo da casa cair em cima de todos. 

Mesmo com dificuldades, a rotina da família era a estrada. Para facilitar a rotina do marido, Cheila ia junto com ele nas viagens levando o filho, já que não tinha uma rede de apoio que pudesse ficar com ele nesses momentos. As dificuldades na rotina, claro, eram grandes, mas ao invés de se desesperar, Cheila fez da estrada seu refúgio e de suas experiências, e lançou um livro: “Caminhoneiro – A realidade”, que fala sobre a vida nas estradas e conta suas experiências, que são as mesmas de quase todas as mulheres que têm maridos que viajam. Sua história foi uma das vencedoras da Primeira edição da Promoção na Direção dos seus sonhos, em 2020, proporcionando à Cheila sua tão sonhada habilitação.
 

(Veja a história completa em: https://avozdelas.com.br/historias-das-estradas/de-escritora-a-caminhoneira-101283)


Caminhoneira de farda: A história da Sargento Juliana Paz

A 3º Sargento Juliana Coques Paz, de Clevelândia, no Paraná, trabalha no comando de um caminhão extrapesado e é responsável por toda a operação do equipamento, formado por um cavalo mecânico que puxa uma prancha de quatro eixos, com 60 toneladas de capacidade de cargas. Herdou o amor por caminhões de seu marido, e encontrou nos pesados mais que uma profissão. Começou nos caminhões médios e depois passou para os articulados, até se tornar a primeira mulher do Comando Militar do Sul, e de todo o Brasil, a transportar blindados. 

Mas, quem pensa que é só guiar o pesado (como se fosse pouco!), está enganado. Em sua lista de tarefas, está transportar cargas excedentes e extrapesadas, formadas pelos brutos blindados Leopard e Guepard, verdadeiros tanques de guerra, com mais de 48 toneladas de peso total e operar na logística de toda a condução. Ela é responsável por coordenar o embarque e o desembarque, dirigir a carreta, pela manutenção e pelo zelo com o equipamento.

(Veja a história completa em: https://avozdelas.com.br/historias-das-estradas/caminhoneira-de-farda-sim-senhor-101567)

 

72 anos e 2 décadas de profissão: Conheça a Dona Katsue Takei

Katsue Takei, moradora de Mogi das Cruzes, no Estado de São Paulo, tem 72 anos e desde criança era apaixonada pelo ronco dos motores de caminhão. Mesmo não tendo nenhuma ligação com os pesados ou com os transportes, sempre foi fascinada por este universo e alimentava seu sonho de ter o próprio bruto.Porém, somente após completar 50 anos, decidiu se habilitar para pesados e adquiriu seu primeiro caminhão que seria usado para auxiliar nas despesas de casa. 

Com o apoio do marido dos filhos, escolheu um Mercedes-Benz 1313 para iniciar sua trajetória que já dura mais de 20 anos. Após o acidente de um dos motoristas que operava o caminhão que a família usava para transportar bagaço de cana, resolveu ela mesma assumir o volante para não parar a empresa. Já passou por situações complicadas, e sofreu várias vezes com assaltos: uma vez foi na Dutra: umas dez vezes na Fernão Dias, duas vezes na Castelo Branco e muitas vezes na Marginal Tietê. Mas o maior susto foi em 2012, quando passou por um sequestro relâmpago. 

No alto dos seus 72 anos, Dona Katsue ainda se levanta de madrugada para pegar a estrada, acordando à 1h da madrugada e retornando somente por volta das 18h. Hoje viúva, mora com a irmã, de 85 anos e além dos filhos, está prestes a ser avó pela primeira vez.Trabalhar com seu Atego 2430 é o que deixa Dona Katsue feliz e com a sensação de realização. Ela garante que ama a profissão e que nas estradas se sente livre.

(Veja a história completa em: https://avozdelas.com.br/historias-das-estradas/caminhoneira-de-72-anos-recebe-homenagem-por-mais-de-duas-decadas-de-profissao-102028)

Essas histórias são inspiradoras e mostram a força dessas mulheres que não tem medo de enfrentar os desafios e as dificuldades para realizarem seus sonhos e sustentarem sua família. Isso acontece graças ao apoio de empresas, colegas de profissão e profissionais do setor que buscam criar um ambiente mais inclusivo para todos que trabalham nas estradas do país. Você pode ver essas histórias na íntegra no site do Movimento A Voz Delas, na aba "Histórias". Se quiser contar sua história, envie um texto para o WhatsApp (11-98921-6632). 

Até a próxima.

 

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