A escassez de motoristas de caminhões no mundo segue aumentando, alimentada pelo aumento da demanda de transporte e pelo envelhecimento dos profissionais
A defasagem de caminhoneiros e a alta demanda por profissionais especializados têm sido um problema no Brasil e em diversos países pelo mundo. Isso porque a falta de caminhoneiros já chega a 3 milhões de profissionais no mundo todo. A pesquisa realizada pela União Internacional dos Transportes Rodoviários (IRU) só confirma uma tendência apontada há alguns anos: há mais vagas para menos motoristas.
O número, em um primeiro momento, é bastante impactante, mas reflete uma realidade que quem trabalha rodando nas estradas conhece bem. O artigo da IRU divulgou os dados de uma pesquisa realizada com 4,7 mil empresas de 36 países, que apontou a falta de caminhoneiros profissionais e com capacitações específicas.
Com base nesses dados, o estudo apontou também um outro dado muito importante: a falta de caminhoneiros tem aumentado ao longo dos últimos anos. Ou seja, a cada ano, maior é a demanda de vagas e menor é a disponibilidade de profissionais. De acordo com os números apresentados no relatório, a previsão é que até o ano de 2028, a falta seja de aproximadamente 7 milhões de motoristas de caminhão.
MAS, POR QUE ISSO ACONTECE?
De acordo com a pesquisa, diversos fatores influenciam esses números e explicam bem o cenário. Fatores como SALÁRIO, principalmente se considerarmos os perigos que a estrada pode oferecer, como os riscos de acidente, violência e etc. Além de outras coisas como INSTABILIDADE DO MERCADO, ALTOS CUSTOS DA PROFISSÃO.
Um dos fatores apontados como mais relevante é em relação ao perfil da população, que ainda tem muito impacto em quem dirige pesados. Segundo a pesquisa, atualmente, só 12% dos condutores têm menos de 25 anos. Ou seja, mais de 80% dos motoristas são mais velhos. Isso quer dizer que a profissão não é exercida por muitos jovens.
Outro ponto é que, em alguns lugares do mundo, essa parte da população, ou seja, os mais jovens, não podem ocupar essas vagas excedentes por restrições legais, já que, diferente do Brasil, a idade mínima para conduzir um caminhão pode variar de 21 a 26 anos.
E O QUE PODE SER FEITO PARA REDUZIR O PROBLEMA?
Na contramão desse cenário está a participação feminina. O número de caminhoneiras segue crescendo no mundo todo, porém, as mulheres ainda ocupam uma parcela bem menor no setor. Nos dois países que lideram essas estatísticas, na China, apenas 6% do total de motoristas profissionais são mulheres e, nos EUA, o número chega a 8%.
Algumas ações e projetos também podem ajudar a resolver esse cenário. Como, por exemplo, subsídios para motoristas autônomos e pequenos empresários do setor de transportes. Além disso, facilitar o acesso à profissão e oferecer isenções para jovens motoristas podem ser algumas soluções para reduzir o número de vagas disponíveis.
E você, o que acha que pode ser feito para aumentar o número de motoristas nas estradas? Qual o futuro da profissão? Conte para a gente nos comentários suas dúvidas e opiniões sobre esse assunto
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