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Empresa transforma Mercedes Axor em veículo elétrico com capacidade de 120 toneladas

Empresa transforma Mercedes Axor em veículo elétrico com capacidade de 120 toneladas

VIX Logística lança primeiro veículo com capacidade máxima de tração (CMT) de até 120 toneladas. Equipamento passará por período de testes, operando dentro da sede empresa

A VIX Logística, empresa especializada em soluções logísticas customizadas do Grupo Águia Branca, lançou um caminhão elétrico com tração de 120 toneladas. Batizado de Atlas, o veículo é o primeiro no país a atingir esta capacidade. A solução faz parte do portfólio do Viva – VIX Veículos Autônomos - nova vertical de negócios da empresa voltada para inovação e criação de tecnologias sustentáveis focadas em logística. 

Além da solução em si, o lançamento do veículo é também, mais uma iniciativa ESG da empresa e da busca por soluções que atendam às necessidades dos clientes, já que as questões de sustentabilidade, social e governança, estão entre os temas mais debatidos dos últimos anos. Nesse primeiro momento, o caminhão realizará testes para calibração de softwares e de desempenho em alguns dos clientes VIX.

A plataforma utilizada para o desenvolvimento do veículo foi um chassi de fabricação Mercedes Benz, Modelo Axor 3344, que passou por um processo de adaptação para ser operado com propulsão elétrica. Após a customização, o veículo plataforma deixa de ser movido a combustíveis fósseis e passa a atuar com o suporte de baterias de fosfato de ferro-lítio (LFP). Um caminhão deste porte, quando convertido para elétrico, deixa de consumir, mensalmente, até cerca de 8.300 litros de diesel em algumas rotas e pode evitar a emissão de quase 21 toneladas de CO2 por mês.



Elias Alves, diretor da VIX e responsável pelo Viva, explica que a iniciativa faz parte da cultura da empresa, que mantém um ambiente aberto a novas ideias: "Ter um drive de inovação dentro da empresa nos permite testar soluções e colocar em prática maneiras criativas e arrojadas para os desafios que surgem na integração de alguns equipamentos. Além disso, a adoção de tecnologias mais eficientes e sustentáveis é uma grande tendência do mercado”, ressalta. 

O diretor afirma que o Viva e todos os investimentos no desenvolvimento de veículos elétricos, assim como os equipamentos autônomos, tornam a empresa e o projeto pioneiros desse movimento e continuam mantendo um passo à frente no setor de logística, buscando tornar o segmento cada vez mais eficiente e sustentável. Elias explica que, para conseguir chegar à capacidade de tração de 120 toneladas, a equipe do Viva precisou desenvolver tecnologias para aumentar o desempenho sem comprometer a eficiência energética, criando um conjunto de tração específico para atender a este requisito. 

Foram utilizados rígidos protocolos de segurança da indústria automotiva que serviram de sustentação para as metas criteriosamente definidas no desenvolvimento do projeto. "O objetivo é encontrar o melhor equilíbrio entre capacidade de tração de carga, autonomia e dimensões dos packs de bateria. Replicar a mesma capacidade de tracionamento de carga de um veículo a combustão interna e superá-la é um grande desafio técnico e é o que perseguimos com esse projeto", destaca o executivo.

Para a recarga, o caminhão necessita de um ponto específico de energia, com corrente contínua que permita a opção de recarga rápida. Essa é uma mobilização relativamente simples no caso de operações realizadas em áreas industriais e que possuem geração própria de energia elétrica.

Atlas é o novo caminhão elétrico produzido no Brasil

Os pack's de baterias possuem um sistema de autocontrole de temperatura, assim como um robusto sistema de supressão de incêndio, além da estrutura de contenção mecânica de proteção e isolamento de todo o conjunto. O veículo conta também com sensores espalhados por todo os elementos que foram integrados durante sua construção, permitindo o monitoramento da operação e garantia da segurança.

Segundo Marcos Nunes, gerente do Viva, o veículo possui potencial para aplicação em diversos tipos de operações, "como em movimentação interna [in bound], tais como transporte interno de madeira [Baldeio], transporte de produtos siderúrgicos [placas e bobinas de aço] em áreas portuárias, movimentação em pátios de armazenagem de materiais de apoio em áreas no setor de óleo e gás, movimentações internas de rechego de materiais 'graneis' em áreas de mineração e siderúrgicas e movimentação de materiais em pátios de matéria prima para alimentação de processos industriais [pátios de sucata, plantas de processamento e armazéns de carga geral]".

Mercedes-Benz confirma fim da linha Axor no Brasil
Mercedes-Benz confirmou fim da produção da linha Axor no Brasil em 2022. Foto: Divulgação

 

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