Apesar da alta, na comparação entre setembro e agosto de 2023 houve queda de 8,9%
As vendas financiadas de veículos em setembro somaram 501 mil unidades, entre novos e usados, de acordo com dados fornecidos pela B3, empresa de infraestrutura de mercado financeiro. O número, que inclui veículos leves, motos e pesados em todo o país, representa um crescimento de 6,5% na comparação com o mesmo período de 2022, mas queda de 8,9% em relação a agosto de 2023.
No segmento de automotores leves, a alta foi de 4,3% ante setembro do ano passado. Mas se comparado com agosto, também houve queda: 8,6%. Já o financiamento de veículos pesados foi o único que demonstrou quedas, tanto na comparação com setembro de 2022 (- 5,7%) quanto com agosto de 2023 (-4,5%). A venda de caminhões novos como um todo, recuou 9,81% em setembro, para 11.091 unidades, ante as 12.297 registradas em agosto.
A taxa de juros alta é um dos principais desafios para quem deseja financiar um veículo, em especial caminhões e ônibus, que naturalmente já possuem valores superiores aos veículos de passeoi. Conforme dados da B3, no primeiro semestre de 2023 o número de contratos para a venda de caminhões caiu 3,65% na comparação ao mesmo período de 2022. Porém, o recente corte de 0,5% na Selic animou o mercado.
Segundo dados do mercado fornecidos pela B3, a maior parte das vendas de caminhões e ônibus no Brasil é feita a prazo. De acordo com números do Banco Central, compilados pela ANEF (Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras), 39% dos contratos de financiamento feitos no primeiro trimestre de 2023 utilizam o Finame, do BNDES.Por sua vez, o Crédito Direto ao Consumidor (CDC) representou 31% do total.
O restante das compras foi feito através de outras modalidades de pagamento, como à vista (24%) e via consórcio (6%). Este último não está diretamente atrelado a juros.
Consórcio tem sido opção para aquisição de pesados
Entre as modalidades de pagamento mais utilizadas para a compra de um caminhão novo, o consórcio apresentou números melhores. Conforme a Associação Brasileira de Administradoras de Consórcio (ABAC), foram mais de 90 mil novas cotas de janeiro a setembro. Ou seja, 7,2% a mais que os 81 mil contratos assinados no mesmo período do ano passado. O consórcio representa apenas 6% das opções escolhidas pelos novos proprietários de caminhão.
Segundo números do Banco Central, é um número pequeno na comparação, por exemplo, com as linhas de financiamento Finame, do BNDES, que respondem por 39%. Assim como o chamado CDC (Crédito Direto ao Consumidor), que tem 31% de participação. Porém, o mercado é otimista quanto ao crescimento da modalidade nos próximos anos. A projeção otimista para as vendas de caminhões por consórcio se deve ao maior planejamento da compra, já que queda na taxa de juros não afetará a modalidade.
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