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Paixão que vem de geração: Filha herda do pai o amor por mecânica e caminhões

Paixão que vem de geração: Filha herda do pai o amor por mecânica e caminhões

Hoje caminhoneira e motorista de ônibus, Duda cresceu na oficina do pai e fez dos pesados a sua profissão.

É sempre muito bom conhecer histórias que inspiram, não é? Hoje, um dia importante para os papais - em especial os caminhoneiros - você vai conhecer uma dessas histórias, a da Maria Eduarda Penna, caminhoneira de 20 anos, natural de Campinas, em São Paulo. Ela conta que herdou do pai a paixão por carros e caminhões, e desde que ela era bem pequena, seu pai a levava para passar o dia na oficina em que trabalhava.

Pela frequência no trabalho do pai, a infância de Maria Eduarda foi um pouco diferente da maioria das meninas: embaixo dos veículos e em volta de tudo o que tinha na oficina: “Eu amava entrar debaixo dos carros, me sujar de graxa, ficar ali ajudando ele mesmo sem entender nada na maioria das vezes”, relembra. 

Mesmo sem conseguir entender o porquê, ela conta que gostava daquele universo e se sentia parte dele. Mas, como acontece com todos nós, o momento da brincadeira acabou e chegou a hora de aprender algo mais profundamente e se dedicar a um emprego. E claro que a escolha não poderia ser outra: aos 15 anos, começou a trabalhar na oficina mecânica do seu pai e enquanto isso, aproveitava para aprender cada vez mais sobre aquele universo. 

Mas com o passar do tempo, Duda percebeu que aquele mundo poderia ser ainda mais atrativo: “Comecei a acompanhar meu pai nas guinchadas e fui me fascinando por esse trabalho também. Achava incrível dirigir um caminhão grande, ver ele rebocando carro, me apaixonei!”, conta. Como uma boa curiosa que garante ser, não demorou muito para aprender a dirigir e ainda com 17 anos, já sabia operar outras máquinas da oficina. 

Ainda jovem, a caminhoneira já sabia que poderia fazer da sua paixão a sua profissão e passou a se dedicar ainda mais ao trabalho: “Bem rápido aprendi como dirigir, como usar a plataforma e aos 17 anos, comecei a auxiliar no guincho do meu pai. Desde então, minha paixão por caminhão só foi aumentando”. Maria Eduarda conta que, quando menos percebeu, estava fazendo as guinchadas sem o pai e realizando um dos maiores sonhos e desejos.

Hoje, com 21 anos, ela não dirige somente o guincho da Penna´s Guincho, caminhão da família, mas também um ônibus urbano Mercedes Benz MPOLO Torino U. Mas, segundo ela, seu forte mesmo é o guincho: “Onde eu chego, chamo atenção. Pois convenhamos que, não é comum uma menina de 20 anos já dirigindo e guinchando carros”. Mesmo com a pouca idade, Duda divide seu tempo entre o trabalho na oficina e no guincho, e mesmo com a carga dobrada, assume que ama o que faz: “pode ter certeza que estou feliz da vida e me sinto realizada aos 20 anos de idade”.

Maria Eduarda sabe que nesse segmento, nem tudo é fácil, mas acredita que está preparada para essas dificuldades e que é pouco para fazê-la desistir: “Nesse ramo nem tudo é mil maravilhas. Por ser mulher, fica bem mais difícil nas ruas e nas estradas, pois muitos homens acham que não sou capaz ou que meu lugar é sentada no escritório da oficina, tomando conta apenas das finanças. Mas nunca aceitei esse tipo de situação, lugar de mulher é aonde ela quiser!”

A caminhoneira recorda que essa é uma dificuldade encontrada há anos pelas mulheres, e também em outras situações. Ela mesma garante que desde que começou a trabalhar, enfrenta situações desse tipo: ”O preconceito não é somente por eu dirigir um guincho, mas também por escolher a profissão de Mecânica, pois falam que é trabalho pra homem, já que exige muita força, mas não é bem assim”, desabafa. 

Ela conta que, embora esteja trabalhando em um ambiente de maioria masculina, como cresceu nesse meio, não se intimida: “Muitos falam que somente o homem entende melhor sobre carros. Mas, desde o início da minha carreira dentro de uma oficina mecânica, decidi que eu iria quebrar padrões, e conquistar meu espaço nesse ramo, tanto oficina mecânica como caminhoneira”, explica.  

Duda realmente quebrou padrões e muito disso aconteceu porque, além de acreditar em si mesma, contou com a inspiração, com apoio e com o incentivo do pai, que apresentou o universo dos veículos para ela e não deixou que eses “tabus” fossem maiores que a alegria e os sonhos de sua filha. Maria Eduarda acreditou em si mesma, e seu pai também acreditou nos potenciais da filha e hoje são parceiros de trabalho. 

A história da Duda nos mostra que o exemplo e o apoio dos pais são muito importantes para a formação dos filhos e que também, todos são capazes de realizar seus sonhos. Ela reforça que se não fosse o seu Celso Penna, talvez não se encantasse por veículos e não seria a profissional que é e que almeja ser: “Meu pai sempre foi minha grande inspiração. Me encantei vendo ele trabalhar e hoje me sinto capaz e feliz de fazer o mesmo”, destaca.

Com toda sua dedicação, a motorista também deixou um recado: Não desista! Mesmo que as críticas te façam pensar nisso. “Muitos pensam que através das críticas eu vou desistir, mas o que eles não sabem, é que isso só me deixa motivada para conquistar cada vez mais meu espaço e ser reconhecida pelo meu trabalho e paixão. É assim que vou deixar minha marca por esse país”.

Gostaram de conhecer a história da Duda? Quer ver sua história contada aqui também? Compartilhe essa história com algum papai. Participe com a gente e fique ligado em nossas redes sociais. Conheça a Maria Eduarda e a Penna´s Guincho no Instagram (@pennas_guincho)

Fonte: Movimento A Voz Delas

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