Para analista do setor, o poder público detém ação predominante na infraestrutura das vias e das rodovias
De acordo com o relatório Acidentes de Trânsito no Transporte de Cargas: Estatísticas e Prevenção, desenvolvido pelo Instituto Paulista do Transporte de Carga (IPTC), homens na faixa etária de 36 a 50 anos são os que mais sofrem acidentes no trânsito, com uma incidência de 90,2%. Em comparação, as mulheres aparecem com 6,2% dos casos, e em 3,8% dos acidentes o gênero não foi informado ou foi ignorado, como consta no relatório. Pessoas entre 21 e 35 anos também aparecem no relatório, representando 25,8% dos casos.
Existem duas explicações para esse dados e a primeira delas é quantidade de homens no setor, já que representam maior porcentagem em cargos no transporte. Outra explicação está nas diferenças comportamentais ao volante, pois de acordo com diversas pesquisas de entidades do setor, as mulheres no geral, adotam uma postura mais prudente e defensiva ao volante. . Apesar da tendência de atribuir acidentes no trânsito a falecimentos, esta é a menor consequência, com 4% dos casos. Dos acidentes sofridos, 61,8% saem ilesos, e lesões leves apresentam cerca de 21,5%.
Para Ricardo Henrique, analista de dados do IPTC, as principais causas de acidentes no transporte rodoviário de cargas são atreladas a reação tardia, a imprudência e a baixa qualificação dos motoristas, problemas mecânicos no veículo, condições climáticas adversas e a infrações de trânsito. Para ele, a prevenção é a chave para evitar incidentes e para tornar o setor ainda mais seguro para os colaboradores.
"As empresas do segmento de transporte rodoviário de cargas têm trabalhado para reduzir esses índices por meio de várias iniciativas, incluindo investimentos em treinamento contínuo para os motoristas, abordando temas como direção defensiva, segurança no trânsito, prevenção de acidentes, manutenção preventiva e regular dos veículos e tecnologia de segurança, como o sistema de frenagem de emergência, controle de estabilidade e assistência à condução", enfatiza Henrique.
As análises contemplam a região ou as estradas onde mais acontecem esses acidentes, e os casos normalmente ocorrem na BR-116 e BR-101 devido à falta de infraestrutura dos locais, que são de responsabilidade do poder público. "É importante que o poder público possa estar alinhado com o setor do transporte de cargas a fim de obter a melhor gestão do setor, uma vez que o transporte movimenta mais de 65% das mercadorias produzidas no país”, comenta o analista.
De acordo com Henrique, o poder público pode agir em diferentes frentes para melhorar a logística e a segurança dos motoristas do transporte rodoviário de cargas (TRC), atuando em frentes como fiscalização, melhoria da infraestrutura, campanhas educativas e incentivos para a segurança. De maneira geral, a saída para a diminuição dos índices de acidente pode estar atrelada a uma abordagem que envolva empresas do segmento e o poder público.
Isso inclui investimentos em educação, em conscientização e em tecnologia de segurança, além de garantir que as estradas estejam em boas condições e que as leis de trânsito sejam rigorosamente aplicadas: "A cultura de segurança no transporte rodoviário de cargas deve ser fortalecida para que os motoristas e as empresas estejam comprometidos em seguir práticas seguras e responsáveis no trânsito. Além disso, é fundamental uma colaboração entre todos os envolvidos para promover um fluxo mais seguro e consciente", finaliza Ricardo.
O Instituto Paulista do Transporte de Cargas (IPTC), realiza estudos e análises voltadas ao transporte rodoviário de cargas em todo o país, com ferramentas que auxiliam colaboradores e contratantes do segmento. Além disso, capta dados para apresentar a evolução do setor em uma perspectiva geral e com embasamento técnico, sendo uma importante fonte para conhecer e para aprimorar os serviços do TRC em suas diversas vertentes.
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