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Número de veículos eletrificados cresce 38% em 12 meses e mercado acredita em expansão

Número de veículos eletrificados cresce 38% em 12 meses e mercado acredita em expansão

Número de veículos já ultrapassa 149 mil unidades no país. Levantamento inédito da NeoCharge aponta um crescimento de 38%, em 12 meses, no número de veículos eletrificados que circulam no Brasil. 

Os veículos elétricos já estão deixando de ser uma novidade e com esse mercado crescendo rapidamente ao longo dos últimos anos, se tornou comum ver caminhões - e principalmente - carros elétricos na rua. Um estudo realizado pela NeoCharge – empresa referência em soluções para recarga de veículos elétricos, indica que em 12 meses o número de veículos eletrificados que circulam no Brasil cresceu 38%. 

A pesquisa é inédita, e destacou também outros dados importantes sobre a expansão dos elétricos no país. No período entre maio/2022 a maio/2023, as unidades passaram de 92.213 para 149.483, de acordo com dados da Senatran, compilados e categorizados pela NeoCharge. Se fizermos um recorte somente dos caminhões, e comparar com dados da Anfavea, é possível observar um aumento de 9,8% entre abril/2022 a abril/2023, graças principalmente às grandes distribuidoras de bebidas e empresas de logística, realizando entregas em áreas urbanas. 



Os caminhões elétricos e híbridos apresentam uma alternativa real e promissora aos veículos movidos a diesel, já que além de proporcionar os benefícios ambientais, já conhecidos, há também os benefícios econômicos para as empresas. Isso porque já não haveria o custo com combustíveis, já que esses veículos elétricos são alimentados por baterias de alta capacidade e com autonomia suficiente para determinadas operações, oferecendo uma alternativa limpa, “barata” e silenciosa em comparação com os tradicionais caminhões a diesel.
 

Mas porque “barata”, se esses caminhões são mais caros? 

Caminhões 100% elétricos são mais caros devido ao seu alto custo de produção e também, devido a produção das baterias. Além disso, outras tecnologias que ainda estão em desenvolvimento, além de uma escala de produção menor em comparação com os caminhões à diesel, encarece mais o produto. Porém, uma vez adquirido o veículo, não haverá mais gastos com diesel ou outro tipo de combustível.

Nesse caso, a preocupação passa a ser a autonomia e as rotas, na maioria das vezes já programadas - para atender os parâmetros do caminhão. Por enquanto, o mercado se mostra mais promissor para transportadoras ou empresas com grandes frotas de veículos, que conseguem mesclar os dois tipos e ampliar a frota de elétricos no lugar de veículos a combustão aos poucos. Porém, a expectativa é de que se tornem mais acessíveis e uma importante opção para caminhoneiros autônomos ou frotistas menores. 

Isso porque, apesar dos preços elevados no mercado, a projeção da produção brasileira de veículos pesados elétricos e híbridos, feita por empresas e entidades do setor, é de crescimento. É a análise feita por Walter Pellizzari, gerente executivo de estratégia corporativa da Volkswagen Caminhões e Ônibus (VWCO), em entrevista à agência epbr. “O mercado ainda está absorvendo esse aumento de custo, mas entendemos que a produção do elétrico para esse ano e para o ano que vem vão ser maiores”, destacou. 

O executivo ressalta que os caminhões 100% elétricos dependem de uma tecnologia mais cara, mas que vem se tornando acessível ao longo do tempo. O gerente da Volkswagen afirmou que com uma maior utilização desses veículos, os consumidores estão vendo benefícios na eletrificação e assegurou que a alternativa pode ser mais viável financeiramente do que o combustível tradicional numa operação.

Pellizzari explicou como são feitos os cálculos para garantir a economia no caso dos veículos elétricos: “Temos visto que o consumo energético de um veículo elétrico corresponde a 40% do valor equivalente do diesel na operação. O segredo do elétrico, para que ele se pague, é a rodagem. Se você rodar 70, 80 ou 90 km por dia ou até 200 km, dependendo da autonomia da bateria, essa equação já fecha”, apontou. 



Se nos pesados os elétricos estão se estabelecendo, nos veículos de passeio a situação já está mais avançada. No mesmo período, o número de carros 100% elétricos passou de 6.527 para 14.351, híbridos plug-in saltou de 21.109 para 33.326 unidades; e o de híbridos de 64.577 para 101.896 unidades.

O caminhão e-Delivery é um dos elétricos mais vendidos do país, com mais de 500 unidades emplacadas em 2022. A JAC Motors também figura na lista de mais vendidos, com mais de 317 unidades vendidas. Em termos geográficos, a maior quantidade de veículos eletrificados está nas regiões Sudeste e Sul do Brasil, com destaque para São Paulo (estado e capital), que lideram em todas as categorias.

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