Dados da Abepam também apontam que crescimento acentuado do serviço acelerou as discussões e início de testes para o pedágio "free flow". Benefícios oferecidos são atrativos para novos clientes.

O pagamento automático de pedágio não é nenhuma novidade no Brasil. Há anos que o se utilizam sistemas de "tags" para pagamento desse serviço, como o Sem Parar. Durante o mês de fevereiro, por exemplo, o aplicativo Sem Parar (Android, iOS) atingiu a marca de mais de 3 milhões de usuários únicos. Em um ano, o crescimento alcançou mais de 85% na taxa de acesso. Três a cada quatro clientes utilizam o app diariamente.

Dados atuais da Associação Brasileira das Empresas de Pagamento Automático para Mobilidade (Abepam), mostram que mais de 12 milhões de motoristas já optaram pela praticidade dos pagamentos automáticos proporcionada pelo uso de uma tag eletrônica no veículo. De acordo com a entidade, esse número representa um crescimento de cerca de 50%, em relação aos dados observados no começo de março de 2020, antes do início da pandemia da covid-19.

Durante a pandemia, a tendência do pagamento eletrônico teve um aumento bastante alto e surgiram diversas empresas oferecendo o serviço, oferecendo aos usuários diversas opçõs, muitas até mesmo voltadas a categorias específicas, como caminhoneiros ou motoristas de ônibus de viagens, etc. Planos com dispensa de mensalidade, por exemplo, estão nas opções oferecidas pelas coletoras, que usam etiquetas adesivas (as tags) para a identificação eletrônica de veículos em trânsito pelas cabines automáticas.  

Além das facilidades oferecidas para o pagamento automático do pedágio, as empresas que ofereçem a tag eletrônica também fornecem benefícios para abastecimento, utilização ou reservar de uma vaga de estacionamento, entre outras outras ações. E apesar de ainda existiruma maioria de praças físicas de pedágio, por diversas razões, muitos usuários ainda escolhem - ou precisam - pagar suas tarifas usando as cabines manuais nas rodovias. Para quem precisa continuar utilizando a cobrança manual, o grau de automação também avançou um pouco mais nos últimos meses, com a oferta de pagamentos Pix pela aproximação do celular, além das possibilidades dos cartões de débito e de crédito na maioria das cabines. 

Porém, isso ainda é uma questão que depende da empresa concessionária de cada rodovia, que possuem cada uma seus própriosmétodos de pagamento e nível de automação e algumas - acredte - só é possível pagar em dinheiro, o que pode causar problemas para quem é pego de surpresa ou acaba tendo imprevistos. Justmente tentando padronizar tanto a questão dos pagamentos, quanto a questão da automatização dos pedágios, o Projeto de Lei 886/2021, que tramita no Senado, prevê a implantação do sistema de livre passagem na cobrança de pedágios em rodovias e também em vias urbanas.

O "free Flow", como é conhecido, já está em testes, mas ainda precisa de validação e de discussão de pontos relacionados aos pedágios de cobrança manual, tornando lei a necessidade de diferentes formas de pagamento. Nesse sistema, a tarifa seria proporcional para quem usa trechos menores de uma rodovia. O veículo circula livremente pela via, mas sua presença é captada sistema de radiofrequência associado a um adesivo tag instalado ou por câmeras com sistema de reconhecimento automático de placas.

Criada em dezembro de 2021, a Associação Brasileira das Empresas de Pagamento Automático para Mobilidade (Abepam) reúne as principais empresas do setor – ConectCar, Greenpass, Move Mais, Sem Parar e Veloe – e tem a missão de contribuir com a agenda pública de mobilidade do país. O objetivo é criar um ecossistema mais eficiente e competitivo, fomentando o desenvolvimento de soluções inovadoras que impulsionem o desenvolvimento saudável do mercado em benefício da sociedade. 

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