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Aumenta a participação de mulheres na operação de caminhões para setor agrícola

Aumenta a participação de mulheres na operação de caminhões para setor agrícola

Maior capacitação e oportunidades de crescimento profissional incentivam a participação de mulheres na operação de máquinas e caminhões do agronegócio.

 

A crescente participação das mulheres nos transportes, atuando como motoristas de caminhão, já não é mais novidade. Mas, outras áreas ligadas ao transporte, também têm revelado uma forte participação feminina. No agronegócio a presença de mulheres em funções muitas vezes consideradas masculinas, tem aumentado de forma acelerada. Aliadas ao anseio de se inserir em novos mercados, essas profissionais têm dominado a operação de diversas tecnologias que estão presentes no dia a dia do campo.

Lívia Belei é conselheira da Grunner, empresa de montagem industrial e tecnologia agrícola, destaca que ao seu ver, as mulheres têm ocupado mais espaços que antes não eram acessíveis, mostrando tanta competência quanto qualquer outro profissional: “Eu vejo que as coisas avançaram. Antes se tinha muito preconceito com a mulher no agro, enquanto que hoje nós nos posicionamos e estamos cada dia mais presentes nos negócios e contribuindo nas inovações do setor.”


Smart Machine modelo ATR, utilizado para operação no transbordo da colheita da cana. Fonte: Divulgação

Incentivada desde a infância pelo pai, José Armando Belei, ela destaca que a presença feminina no desenvolvimento das tecnologias voltadas para o setor de cana-de-açúcar e agora de grãos e florestal é algo que faz parte do DNA da Grunner. A profissional avalia que, todas essas mudanças têm gerado muitos benefícios: “a cada dia é quebrado o tabu de que só o homem pode fazer esse trabalho no campo”, afirma.

Com grande experiência no desenvolvimento de soluções tecnológicas que dão vida aos modelos das Smart Machines, Livia conta que a presença da mulher na operação das máquinas agrícolas que são comercializadas pela empresa de Lençóis Paulista, tem sido levada em conta pela organização. “No dia a dia, nossos equipamentos facilitam muito a vida as operadoras, o que gera um grande incentivo para as mulheres adentrarem nesse meio”, destaca. 

Belei afirma também que a companhia tem contribuído muito para as mulheres, adquirindo e máquinas que oferecem direção semi autônoma, por exemplo, com muito mais conforto, facilidade e segurança: “Brinco que nós produzimos um escritório remoto, que exige das mulheres apenas o controle dos indicadores e a realização das manobras de cabeceira. O restante, os equipamentos, já trabalham por si só”, explica. Presença feminina também cresceu em novas funções relacionadas ao desenvolvimento de inovações para o agronegócio”, conclui a conselheira. 
 

Elas na direção

Entrando em um mercado em que as funções até então eram associadas aos homens, as mulheres têm se capacitado por meio de cursos que as possibilitam operar máquinas agrícolas. Há três anos a operadora de colheitadeira de cana-de-açúcar Rosa Aparecida Leonel, que tem experiência na operação o modelo ATR da linha de Smart Machines da Grunner, começou a se capacitar e adquirir conhecimentos para estar cada vez mais preparada para atuar na operação de máquinas agrícolas.

A operadora revela que sempre sonhou em trabalhar nessa área e que sente cada vez mais disposta a crescer profissionalmente: “Trabalhar na operação de máquinas de agrícolas é um sonho de muitos anos e quando surgiu a oportunidade de realizá-lo, eu não medi esforços para obter a habilitação, me capacitar e colocar em prática os conhecimentos que obtive”, relata.


Há três anos, Rosa Aparecida Leonel exerce a função de operadora de colheitadeira de cana-de-açúcar. Foto: Divulgação

Começando com uma atividade semelhante a de Rosa, Tatiane de Oliveira também é operadora de colheitadeira de cana e se agarrou às oportunidades que obteve para se capacitar e mostrar cada vez mais o seu potencial. Depois de começar na operação de uma carregadeira de cana-de-açúcar, hoje ela já comanda a direção de um ATR: “Eu comecei operando uma carregadeira na colheita de cana e surgiu a oportunidade de trabalhar como tratorista, na qual operei por dois anos”, relembra. 

Tatiane conta que, logo depois de adquirir certa experiência, pôde iniciar a operação do Smart Machine ATR: “Essa é uma máquina traz muita inovação, tecnologia, com um trabalho semiautomático em que preparamos a marcha e ela realiza todo o processo praticamente sozinha, com muita agilidade e conforto”, considera a operadora. 

E se engana quem pensa que as duas já chegaram onde queriam e estão satisfeitas com as conquistas: “A receita é ter força de vontade, porque pode parecer difícil em alguns momentos, mas não é impossível, principalmente se for o seu sonho”, declara Rosa. Tatiane concorda com a colega e complementa: “A presença da mulher neste meio vem crescendo muito junto com a comprovação da nossa força”.


Tatiane de Oliveira se agarrou às oportunidades que obteve para se capacitar e mostrar seu potencial. Foto: Divulgação

A sensação das profissionais é comprovada em números. Segundo levantamento do Sindicato Rural de Franca (SP), no ano passado, mais de 30 mulheres se capacitaram em cursos para operar máquinas agrícolas. Já o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT) aponta que 292 mulheres obtiveram habilitação para operar os equipamentos. Segundo os órgãos, antes de 2018, a quantidade de mulheres nesse tipo de capacitação era praticamente irrisória.

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