Até 2026, em países da Europa e nos Estados Unidos, a tendência de aumento dos veículos que avaliam o modo de dirigir é de em média 17% ao ano. 

Os avançados sistemas de telemática, que utilizam a integração da informática, recursos da Internet e da telefonia móvel, têm sido uma solução cada vez mais frequente adotada por transportadoras para proporcionar uma gestão bastante moderna da frota e dos motoristas, além de auxiliar na segurança do veículo e da carga, devido a suas funções de rastreamento e bloqueio.

A solução tecnológica tem sido bastante difundida entre as fabricantes de veículos, compondo os itens de fábrica de um caminhão, mas também, têm sido uma aposta de empresas de tecnologia que desenvolvem produtos para transporte e logística. Um dos exemplos é o Fleetboard da Mercedes-Benz, Volksnet e MAN Guard e outros que já existem no Brasil. A Thinkseg, startup de tecnologia em seguros, é pioneira em oferecer serviços de seguro veicular por assinatura e em utilizar telemática há sete anos no Pay Per Use.

A palavra telemática significa, basicamente, tele (remoto) e metron (medição). Portanto, o termo resume uma tecnologia que permite a medição remota, como um veículo no segmento automotivo, por exemplo. A tecnologia fornece dados precisos sobre consumo do caminhão, seja combustível, uso dos freios, modos de aceleração, velocidade média do percurso entre outros. Porém, além dos dados da máquina sobre rodas, a telemetria pode também detectar aspectos físicos (e dizem que até emocionais) dos caminhoneiros. 

Empresas de todo mundo que terceirizam frotas, dão preferência para modelos que consigam avaliar, acima de tudo, o modo de condução do motorista. Até 2026, em países da Europa e nos Estados Unidos, a tendência no aumento de “caminhões inteligentes”, que avaliam o modo de dirigir do caminhoneiro, é em média 17% ao ano. No Brasil, os veículos que captam o jeito de dirigir, com o uso da telemática, aumentarão nos próximos 10 anos, segundo dados divulgados em fevereiro de 2023 pela consultoria sueca Berg Insight. 

De acordo com o estudo, as empresas que terceirizam frotas de veículos querem saber, não apenas a localização, mas o modo de condução dos motoristas, desde a freada até a aceleração e, recentemente, se o motorista está com a feição cansada no volante. Ao sinal de fadiga, há a sinalização para o motorista parar. 

A expectativa promissora de aumento dos dispositivos telemáticos deve-se, basicamente, a 3 fatores. Em primeiro lugar, o Brasil tem maior número de transportes que passam por ruas e rodovias. A telemática poderia captar dados tanto para desenvolver caminhões ainda mais resistentes, como também, para avaliar possíveis melhorias nas próprias vias. 

O segundo motivo é o baixo percentual, entre 20% e 25% da frota de veículos terceirizados nas empresas no Brasil. A tendência das companhias, em todos os setores, é eliminar o ativo veículo de seu "core business" e aproveitar a compensação fiscal existente com a terceirização da frota. A terceirização de frotas por empresas na Europa e Estados Unidos já alcança a fatia de 50% a 70%.

O terceiro motivo, que estimula empresas nacionais a acompanharem o jeito do motorista dirigir, é a prática ESG (Environmental, Social and Governance). A avaliação do modo de dirigir sinaliza que a corporação trabalha em prol de objetivos sociais, com medidas de segurança ao motorista.

De toda forma, a tecnologia já se faz presente no mercado. A cada ano, surgem veículos cada vez mais conectados e que conseguem extrair dados de diversos níveis, tal como acompanhar o comportamento do motorista no volante. O crescimento dessas soluções também vem ganhando adesão de mais transportadoras e seguradoras que buscam uma direção segura para o motorista e eficiente para os negócios.

O que você acha dessas soluções de telemática? Você acredita que são capazes mesmo de detectar a feição do motorista? Participe com a gente e fiquem ligados em nossas redes sociais.