Petrobrás anunciou que o preço do litro do diesel vai ficar mais baratos às distribuidoras e informou mudanças na política de preços
A Petrobras anunciou na última terça-feira (16) que os preços do litro da gasolina e do diesel ficarão mais baratos às distribuidoras a partir desta quarta-feira (17). A estatal informou que vai reduzir os preços que estavam acima do mercado internacional. Com isso, o litro da gasolina vai ficar 12,6% mais barato na refinaria, redução de R$ 0,40 por litro. No diesel, a queda é de 12,8%, ficando R$ 0,44 a menos. A mudança alterou também o preço do botijão de gás de 13 kg em 21,3%, chegando a R$ 8,97 a menos.
O último anúncio de redução de 9,9% no valor do diesel no repasse às refinarias, feito no início do mês, já havia refletido nas bombas de abastecimento do país, de acordo com o mais recente Índice de Preços Ticket Log (IPTL). O preço do diesel comum fechou o período de 1º a 12 de maio, a R$ 5,89, com redução de 4,27%.O preço médio do diesel hoje nas refinarias é de R$ 3,46 e passará para R$ 3,02 por litro.
Mas afinal, como essas alterações mudam o preço final para o consumidor e quando haverá, de verdade, a redução nas bombas de combustível? O novo preço dos combustíveis começa a valer hoje, mas a queda nos postos deve levar algumas semanas para aparecer e mesmo que a redução nas bombas pode não ser tão grande, a tendência é que os valores para o consumidor final sofram queda.
Isso porque a composição dos preços finais depende de outros fatores, como impostos, os preços pedidos por esses outros combustíveis e as margens de lucro de cada distribuidora. Segundo a ANP (Agência Nacional de Petróleo), ainda há estoques de combustível comprado com valores antigos e conforme ele é utilizado, sendo substituído pelo mais barato, o preço cai também para o consumidor.
Nova política de preços anunciada
Revogando uma política que vigorava desde 2016, a Petrobras encerrou a prática da paridade de preços de seu petróleo com o mercado internacional. Sobre as novas regras, a estatal informou que "encerra a subordinação obrigatória ao preço de paridade de importação". Essa política, definia que os reajustes da gasolina e do diesel deveriam variar de acordo com a cotação do dólar e com os preços do petróleo no mercado internacional.
Na nova estratégia aprovada nesta semana pela diretoria executiva, continuam levando em conta os preços do mercado exterior, mas retiram o custo do frete internacional em dólar, que tem peso relevante. Além disso, novos itens do mercado serão diluídos nessa conta. Porém, a Petrobrás destaca que o aumento e a redução dos preços vão continuar sem ter uma frequência definida.
Isso quer dizer na prática que, se houver valor menor da concorrência, a Petrobras poderá diminuir o valor de seus produtos para oferecer preços mais baixos. Porém, a nova política ressalta os cuidados e a atenção às margens de lucro, para manter a empresa saudável e conseguir bancar investimentos futuros.
Durante o anúncio, o presidente da estatal, Jean Paul Prates, disse que a referência do mercado internacional não será abandonada, mas a empresa terá autonomia para amortecer possíveis variações: "Não estamos afastando o efeito da referência internacional, mas estamos sim colocando um filtro, uma possibilidade no que a empresa Petrobrás consegue fazer com sua capacidade de refino atual, estabelecida no Brasil, para amortecer esses efeitos.
Para Alexandre Silveira, Ministro de Minas e Energia, essa nova política é a mais adequada a realidade do Brasil, que é a de competir internamente, tornando os preços mais atrativos para o consumidor: "Assim nós conseguimos diminuir o impacto na inflação e pode até mesmo ajudar o Brasil nesse momento, a sensibilizar o Banco Central para que a gente possa diminuir a nossa taxa de juros, uma das maiores do mundo".
Quando vai baixar o preço nas bombas?
Na manhã desta quarta-feira, alguns consumidores estiveram nos postos de gasolina na expectativa de ver a diferença no valor ao abastecer o veículo. Mas a ANP explica que é preciso levar em conta a cadeia de distribuição do combustível, e por isso, o repasse dos novos valores será feito de forma integral e automática, conforme os postos forem adquirindo o produto com novos valores.
A Secretaria Nacional do Consumidor pediu que os Procons de todo o Brasil façam uma fiscalização para verificar se a redução do preço dos combustíveis nas refinarias vai chegar até o consumidor nos postos de combustíveis. O órgão orientou o Procon a monitorar se o anúncio da nova política de preços da Petrobras vai repercutir no valor final na bomba.
Segundo a Senacon, a fiscalização também vai considerar denúncias de que postos aumentaram o preço na véspera da mudança, com a intenção de lesar consumidor. A Secretaria defende que cada dono de posto tem autonomia para definir o preço do litro do combustível para o consumidor, mas orienta que aumentar o valor quando o combustível está prestes a acabar é uma prática abusiva e os postos podem ser autuados.
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