Busca por esses equipamentos impulsiona o desenvolvimento de novas tecnologias, com mais sustentabilidade, maior isolamento térmico e mais durabilidade
Nos últimos anos, o mercado de baús frigoríficos tem crescido no Brasil, principalmente devido ao aumento da demanda por produtos perecíveis e ao desenvolvimento cada vez mais intenso e constante da indústria de logística e transporte. No primeiro trimestre de 2023, foram vendidos 6.825 baús refrigerados contra 6.238 em 2022, acréscimo de 9,5%. De acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários -- ANFIR, em 2022 foram comercializados 27.577 baús refrigerados no país entre reboques, semirreboques e carrocerias sobre chassi.
Segundo a Anfir, a indústria de implementos rodoviários registrou crescimento de 4,3% no primeiro trimestre de 2023 em relação ao mesmo período do ano passado, ano registrado como o segundo melhor da história do segmento. Nos três primeiros meses do ano foram comercializados 37.532 produtos, ante 35.986 unidades no primeiro trimestre de 2022.A busca por equipamentos mais eficientes e sustentáveis tem impulsionado a inovação e o desenvolvimento de novas tecnologias nesse setor.
Os baús frigoríficos são equipamentos utilizados para o transporte de cargas perecíveis e sensíveis à temperatura, como alimentos, medicamentos e produtos químicos, que precisam ser mantidos refrigerados ou congelados durante o transporte, segmento que teve grande expansão no período de pandemia, em que o mundo exigiu ainda mais das entregas via transporte rodoviário: o volume de carga transportada por rodovias aumentou 62% em 2020 e em 2021 chegou a 70%.
De acordo Rogério Sanches, gerente de Desenvolvimento de Negócios da Armacell, empresa fabricante de isolamentos térmicos, acústicos e materiais estruturais, um produto desenvolvido com vistas nesse mercado são as espumas AmaPET Eco nas densidades de 50 kg/m³ a 70 kg/m³, que atendem esta demanda de acordo com os requisitos técnicos dos projetos, inclusive com certificação.
De acordo com o executivo, o produto ArmaPET Eco combina propriedades do isolamento térmico e integridade estrutural: “eles garantem a eficiência energética do produto por décadas de uso ao evitar que a umidade reduza sua eficiência, o que não acontece com produtos que estão hoje no mercado". Ele afirma que outra vantagem sobre a concorrência, segundo Sanches, é o fato de 100% da solução ser reciclada.
Rogério explica que o ArmaPET Eco é a primeira solução totalmente reciclada e reciclável para o mercado de isolamento estrutural: “Utilizamos apenas garrafas pet que são recolhidas por nossos parceiros, trituradas e transformadas em pellets que serão transformados no produto”, destaca. Ele ainda lembra que o produto contribui para uma utilização racional do plástico e ajuda a economizar energia e reduzir as emissões de CO², gás de efeito estufa, na atmosfera.
ArmaPET Eco é a primeira solução totalmente reciclada e reciclável para o mercado de isolamento estrutural
Vantagem competitiva
O executivo destaca também outros diferenciais tecnológicos e as vantagens do produto Armacell em relação a outros tipos de isolamentos térmicos usados no mercado, como a estabilidade em longo prazo das propriedades de isolamento e baixa condutividade térmica: "Desta forma, ele mantém um isolamento seguro para toda a vida do produto, ao contrário de outras espumas isolantes térmicas que sofrem com a umidade e perdem suas capacidades de manter a temperatura necessária".
A estrutura de célula fechada do produto, segundo Sanches, minimiza a penetração de umidade e degradação por roedores e insetos: "Seu baixo peso também permite construir veículos mais leves e maximiza a carga útil, além de ter uma excelente retenção do parafuso que facilita métodos de fixação nas construções dos baús." Ao lançar o produto no mercado brasileiro, Sanches explica que a Armacell foca nas principais empresas que atuam com baús frigoríficos no país: Ibiporã, Facchini, Rodofrio, Librelato e Truckvan, entre outras.
A empresa também está fazendo o mapeamento de fabricantes de painéis sanduíches, que utilizam espumas como material de núcleo e fornecem para os fabricantes de baús frigoríficos. "Estamos, inclusive, trabalhando junto com o nosso distribuidor, que também desenvolve e produz painéis sanduíches em compósitos, no desenvolvimento junto a dois fabricantes de baús frigoríficos", revela Sanches.
Por se tratar de um produto recém-lançado no mercado, Sanches afirma que a participação do ArmaPET Eco no segmento ainda é pequena. "Além disso, existe a forte presença das espumas em PUR/PIR, que são referências neste tipo de aplicação, no entanto, ficam devendo com relação às propriedades mecânicas e longevidade das mesmas."
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