Veículos começaram a operar na capital paulista em janeiro de 2023. Objetivo é utilizar o gás gerado a partir da gestão dos resíduos sólidos coletados pela própria empresa.
A Loga (Logística Ambiental de São Paulo), responsável pela coleta, tratamento, transporte e destinação final de resíduos sólidos e de saúde na Região Noroeste da capital paulista, adquiriu dois caminhões movidos a biometano, um combustível renovável, derivado da decomposição de resíduos orgânicos e semelhante ao gás natural, que possibilita a diminuição das emissões de dióxido de carbono e metano na atmosfera.
Os veículos estão operando em um projeto piloto, e que busca o cumprimento da Lei Municipal 16.802/2018, que prevê a obrigatoriedade da redução de emissão de carbono pelas frotas de empresas concessionárias de serviços públicos a partir de 2028: "O combustível será produzido, num processo de economia circular, a partir da gestão dos resíduos sólidos depositados no aterro sanitário de Caieiras", explica Edson Stek, diretor de Operações da Loga.
O diretor explica que no local, está sendo construída uma planta industrial para a obtenção do biometano, por meio de um investimento de R$ 150 milhões. A previsão da empresa é que o gás comece a ser disponibilizado em janeiro de 2024. Por enquanto, na fase de testes, os dois novos caminhões da Loga utilizarão o GNV (Gás Natural Veicular).
Edson comenta que a empresa vem desenvolvendo a tecnologia do biometano há alguns anos: "Já realizamos vários testes com o intuito de conhecer bem o processo e como funciona". A tecnologia é consagrada internacionalmente e o Brasil tem potencial muito grande de produção desse combustível, dado o intenso volume de resíduos sólidos gerados.
Veículos sustentáveis
Os novos caminhões têm como diferencial a capacidade de utilizar qualquer tipo de gás como combustível, sem perda de eficiência. O objetivo da Loga, segundo o executivo, é contribuir para que o ar da cidade de São Paulo seja cada vez mais limpo: “O engajamento de todos é fundamental para alcançar as metas da municipalidade”, finaliza.
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