Há um ano, a Ativa Logística iniciou a implementação de veículos elétricos em suas operações de distribuição com motoristas mulheres
O Brasil tem aproximadamente 25,8 milhões de motoristas mulheres, o equivalente a 35% do total de Carteiras Nacionais de Habilitação (CNH) válidas no país, de acordo com um levantamento da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), com base em dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) atualizado em 2020. Neste cenário, podemos destacar que a maior participação feminina no setor da logística e do transporte rodoviário de cargas reforça esses números.
A crescente participação da mulher na logística e no TRC tem estimulado mais empresas a aumentarem seus quadros de motoristas contratando mulheres. Caso da Ativa Logística, um dos principais operadores logísticos do País, que possui 412 mulheres em diferentes funções, entre elas, motoristas. E segundo o gerente nacional de operações da empresa, Fernando Daruiche, a função de motorista tem chamado a atenção do público feminino.
Devido a isso, há um ano, motoristas mulheres passaram a operar os veículos elétricos da empresa nas operações de distribuição. A Ativa Logística iniciou a implementação de elétricos com furgões e sprinters, para em seguida expandir para veículos elétricos mais pesados e para outras operações. As três primeiras motoristas contratadas pela empresa, Paula Cristina, Graciana Guedes e Rosana de Freitas falaram sobre o dia a dia da operação e a oportunidade de serem as primeiras profissionais mulheres na função.
Paula Christina da Costa Santos iniciou sua carreira como soldadora e conta que dirigir uma van elétrica é uma experiência nova, pois, o automóvel é muito silencioso. "Pretendo continuar minha vida como profissional na área de logística. É a primeira vez na vida que dirijo um veículo elétrico, e quando estou na rua, as pessoas perguntam se não é preciso abastecer o veículo e mostram bastante curiosidade. Para quem gosta de dirigir é um segmento muito bom para iniciar a carreira. A dedicação e o amor pela profissão podem te levar muito distante", destaca ela.
Rosana de Freitas Ribeiro, que já conheceu o País inteiro como motorista, conta que iniciou sua carreira profissional na área contábil, mas que seu sonho sempre foi dirigir caminhão: "É um segmento com forte presença do público masculino, mas como mulher, destaco que é muito bom trabalhar na área logística, já que o ambiente é apropriado para ambos. E quando você trabalha em uma transportadora como motorista, é possível ter chances de crescimento, basta dedicação".
As motoristas Paula Christina da Costa Santos, Rosana de Freitas Ribeiro e Graciana Guedes Freitas da Ativa Logítica. Foto: Divulgação
Rosana afirma que sempre faz cursos de atualização como motorista e destaca que a importância de atender o cliente com qualidade, além do "saber dirigir", é o caminho para se tornar uma profissional cada vez melhor. A capacitação de motoristas mulheres é um dos pontos importantes no aumento desses profissionais na logística e TRC. Instituições públicas e privadas têm feito cada vez mais ações voltadas à profissionalização desse público nestes setores.
A motorista Graciana Guedes Freitas fala com muito prazer que sempre teve verdadeira admiração pelo volante. Ela contou que já trabalhou com ônibus, caminhão e reboque: "Hoje trabalho como motorista de van elétrica e sou muito realizada". A profissional também relata que faz parte de um setor muito caracterizado pelos homens, mas ao mesmo tempo, no ambiente profissional, sente que pertence a uma grande família.
Graciana explica que sempre trabalhou no segmento, mas é a primeira vez que dirige veículos elétricos: "É muito confortável, não tem ruído e, ao mesmo tempo em que estamos trabalhando, contribuímos para a preservação do meio ambiente. Para mulheres que desejam entrar no segmento, indico força, foco porque lugar de mulher é onde ela quiser", finaliza ela.
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